NÍVEL - Jardim (3 a 6 anos)
1) Prece Inicial
2) Incentivação
Fazer uma brincadeira
(técnica) para que os evangelizandos percebam o que acontece quando guardamos
mágoas, ressentimentos, quando não nos perdoamos por algo que fizemos de
errado.
- Começar explicando aos evangelizandos que alguém
atirou uma pedra neles e cada evangelizando resolveu ficar com a pedra
para devolvê-la quando a pessoa aparecer. Só que essa pedra não pode ser
largada nunca. Assim, todas as atividades que eles realizarem devem estar
carregando a pedra em uma das mãos.
- O evangelizador deve levar pedras de acordo com o
número de evangelizandos (não muito grande e nem muito pequenas) e
distribuir uma pedra para cada criança.
- Com uma das mãos sempre segurando a pedra, realizar
as seguintes atividades: bater palmas, fazer um círculo de mãos dadas,
fazer de conta que estão tomando banho (pedra não é sabonete), jogar
videogame, passar a bola sem largar a pedra.
Mesmo que
alguns digam que acharam fácil, deve ser ressaltada a dificuldade.
3) Perguntação
E se guardaram a pedra para
devolver a pessoa que atirou e ela nunca mais apareceu? Adiantou guardar a
pedra? Solicitar que as crianças imaginem que o que eles seguraram não foi uma
pedra, mas uma ofensa, uma mágoa que não foi perdoada.
4) História – A FAMÍLIA DE
TICO-TICOS
Era uma vez uma família de
tico-ticos: o Papai, a Mamãe e os três filhinhos tico-ticos.
Um dia, o Papai tico-tico chegou
com uma triste notícia para a família.
- Soube, no bosque – disse ele –
que terão que derrubar a nossa árvore para abrirem uma estrada bem larga.
- Assim sendo – disse Mamãe
tico-tico – temos de nos mudar imediatamente.
Logo, todos começaram a arrumar
suas coisas: Papai juntou as palhas do ninho, Mamãe os grãozinhos, e os
filhinhos, de um lado para outro, também ajudavam a família.
No dia seguinte, de manhãzinha, a
família partiu a procura de outro lugar onde pudesse fazer um novo ninho. E
procuraram, procuraram, procuraram. Percorreram todo o bosque, olharam em cima
de todas as árvores, mas nada! Nenhuma arvorezinha sequer! Tudo ocupado!
Já cansados de tanto procurar,
viram, num cantinho afastado, na parte mais escura do bosque, um tronco
abandonado. Papai foi na frente e a Mamãe com os filhinhos vieram atrás,
curiosos para olhar o local. Quando se aproximaram, chegaram bem pertinho e
viram uma aranha tecendo suas teias.
- Como está Dona Aranha? –
Perguntou o papai tico-tico.
- Bem, obrigada, desejam alguma
coisa? Indagou ela, meio desconfiada.
- Sim – respondeu Mamãe – estamos
procurando uma árvore onde fazer nosso ninho. Meu marido soube, no bosque... (
e começou a contar o porquê da procura de um outro lugar).
Enquanto isso Papai tico-tico e
os pequenos voavam em volta do tronco, piando, piando.
- Como ficaria bom nosso ninho
aqui, que bom se pudéssemos fazê-lo bem aqui neste lugar.
- Será que a senhora, dona
Aranha, se importaria se fizéssemos a nossa casa aqui? – perguntaram todos. –
Seria tão bom – acrescentaram.
- Vocês me desculpem, mas eu não
gosto de tico-ticos: eles fazem muito
barulho quando dormem; eles piam muito.
- Mas, dona Aranha – disse Mamãe
tico-tico – este é o único lugar que encontramos depois de muito procurar.
Deixe-nos ficar, dona Aranha, eu sei que a senhora não é má. Prometemos que não
vamos atrapalhá-la, nem sequer tocar num só fio de sua teia. Deixe-nos ficar
aqui, por favor!
- Não! Decididamente não! Eu não
quero ninguém perto de mim. Quero ficar sozinha! Arranjem outro lugar porque
aqui não é possível! – concluiu ela.
E outra vez saiu a família de
tico-ticos à procura de um lugar onde pudesse morar.
Dias e dias se passaram quando,
já cansados e quase desanimados, viram, perto de um riacho, uma árvore muito
alta: um eucalipto. Eles foram se aproximando, se aproximando, deram volta em
torno dela, piando, piando, e, contentes, exclamaram:
- Que ótimo! Aqui ainda não mora
ninguém: podemos fazer nosso ninho. Que bom!
E, finalmente, a família de
tico-ticos pode fazer seu ninho. E que lindo ninho foi feito no topo do
eucalipto!
Muito tempo se passou. Um dia,
Mamãe e Papai se ocupavam de seus afazeres e os pequeninos estavam brincando,
aproximou-se deles, cansada e machucada, dona Aranha, a mesma dona Aranha que
um dia eles tinham encontrado no bosque.
- Oh! Meus passarinhos – disse,
chorando, dona Aranha. – Agora sou eu que fiquei sem casa. O tronco onde estava
minha teia foi arrancado do bosque e atirado ao rio. Quase me afogo nas águas.
Com grande sacrifício consegui salvar-me. E agora fiquei sem casa. Que será de
mim?
- Não precisa se preocupar, dona
Aranha. Venha morar conosco. A senhora pode tecer sua teia ao lado do nosso
ninho.
E assim, dona Aranha,
envergonhada por ter sido tão ruim com seus amiguinhos, chorou arrependida,
pedindo mil desculpas, agradecendo por ter sido perdoada.
5) Roda de conversa
Será que uma mágoa, uma
ofensa atrapalha a vida de quem a carrega? Sim. Será um peso, como a pedra.
Machuca como a pedra, impede quem a carrega de fazer uma porção de coisas boas.
Como perdoar? Esquecendo a
ofensa. Não ficar lembrando, não ficar contando o que aconteceu para todas as
pessoas que encontrar, não desejar o mal. Se relembramos, sofremos de novo.
Perdoar com o coração.
Quando perdoar? Sempre.
Lembrar da passagem em que
Pedro se aproxima de Jesus e lhe pergunta: Senhor, quantas
vezes perdoarei ao meu irmão quando pecar contra mim? Será até sete vezes?
Jesus lhe respondeu: Não vos digo que apenas sete vezes e sim setenta vezes
sete vezes (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. X, item 1 a 4).
O que Jesus quis dizer com
essas palavras? Que não há limites para o perdão. Jesus nos ensina a
perdoar sempre.
O que acontece quando não
perdoamos? Fica um peso em nosso coração, causando tristezas, nos impedindo
de fazer muitas coisas boas. É como se carregássemos uma pedra na mão sempre. É
como se um veneninho fosse aos poucos entrando no nosso corpo, podendo nos
causar doenças.
Lembrar da oração do Pai Nosso, a
passagem em que diz: Perdoa as nossas faltas e imperfeições, dá-nos o
sublime sentimento do perdão para com aqueles que nos tem ofendido. Lembrar
que devemos agir com os outros da mesma maneira que queremos que os outros nos
tratem.
Se erramos e nos arrependemos de
verdade, devemos pedir perdão. Se o ofendido não nos perdoar, não é nossa
responsabilidade, pois fizemos a nossa parte quando pedimos perdão com
sinceridade.
A quem perdoar? A todas as
pessoas e quantas vezes for necessário. Devemos nos perdoar também
(auto-perdão), pois todos nós erramos.
O que acontece com a gente
quando perdoamos alguém? Emitimos bons sentimentos. Tiramos um peso das
costas (a pedra), sentimos um alívio, inclusive nossa saúde melhora.
6) Repetir a atividade inicial
sem as pedras OU jogar batalha naval com a dona aranha e o tico-tico OU eles
fazem um desenho deles após terem perdoado alguém e ao redor do desenho colamos
sentimentos coloridos (AMOR, PERDÃO, FÉ, CARINHO, PAZ, COMPREENSÃO, ALEGRIA,
RESPEITO, BONDADE. O evangelizando poderá escrever outros exemplos como: SAÚDE,
AMIZADE).
7) Prece Final
Olá, irei dar essa aula amanhã. Gostaria de saber como é esse jogo batalha naval. Grata!
ResponderExcluirExcelente aula....Parabéns
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