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domingo, 8 de junho de 2014

Aula Bem-Aventurados os Misericordiosos

NÍVEL - Jardim (3 a 6 anos)

1) Prece Inicial

2) Incentivação
Fazer uma brincadeira (técnica) para que os evangelizandos percebam o que acontece quando guardamos mágoas, ressentimentos, quando não nos perdoamos por algo que fizemos de errado.
  • Começar explicando aos evangelizandos que alguém atirou uma pedra neles e cada evangelizando resolveu ficar com a pedra para devolvê-la quando a pessoa aparecer. Só que essa pedra não pode ser largada nunca. Assim, todas as atividades que eles realizarem devem estar carregando a pedra em uma das mãos.
  • O evangelizador deve levar pedras de acordo com o número de evangelizandos (não muito grande e nem muito pequenas) e distribuir uma pedra para cada criança.
  • Com uma das mãos sempre segurando a pedra, realizar as seguintes atividades: bater palmas, fazer um círculo de mãos dadas, fazer de conta que estão tomando banho (pedra não é sabonete), jogar videogame, passar a bola sem largar a pedra.
Mesmo que alguns digam que acharam fácil, deve ser ressaltada a dificuldade.

3) Perguntação
E se guardaram a pedra para devolver a pessoa que atirou e ela nunca mais apareceu? Adiantou guardar a pedra? Solicitar que as crianças imaginem que o que eles seguraram não foi uma pedra, mas uma ofensa, uma mágoa que não foi perdoada.

4) História – A FAMÍLIA DE TICO-TICOS
Era uma vez uma família de tico-ticos: o Papai, a Mamãe e os três filhinhos tico-ticos.
Um dia, o Papai tico-tico chegou com uma triste notícia para a família.
- Soube, no bosque – disse ele – que terão que derrubar a nossa árvore para abrirem uma estrada bem larga.
- Assim sendo – disse Mamãe tico-tico – temos de nos mudar imediatamente.
Logo, todos começaram a arrumar suas coisas: Papai juntou as palhas do ninho, Mamãe os grãozinhos, e os filhinhos, de um lado para outro, também ajudavam a família.
No dia seguinte, de manhãzinha, a família partiu a procura de outro lugar onde pudesse fazer um novo ninho. E procuraram, procuraram, procuraram. Percorreram todo o bosque, olharam em cima de todas as árvores, mas nada! Nenhuma arvorezinha sequer! Tudo ocupado!
Já cansados de tanto procurar, viram, num cantinho afastado, na parte mais escura do bosque, um tronco abandonado. Papai foi na frente e a Mamãe com os filhinhos vieram atrás, curiosos para olhar o local. Quando se aproximaram, chegaram bem pertinho e viram uma aranha tecendo suas teias.
- Como está Dona Aranha? – Perguntou o papai tico-tico.
- Bem, obrigada, desejam alguma coisa? Indagou ela, meio desconfiada.
- Sim – respondeu Mamãe – estamos procurando uma árvore onde fazer nosso ninho. Meu marido soube, no bosque... ( e começou a contar o porquê da procura de um outro lugar).
Enquanto isso Papai tico-tico e os pequenos voavam em volta do tronco, piando, piando.
- Como ficaria bom nosso ninho aqui, que bom se pudéssemos fazê-lo bem aqui neste lugar.
- Será que a senhora, dona Aranha, se importaria se fizéssemos a nossa casa aqui? – perguntaram todos. – Seria tão bom – acrescentaram.
- Vocês me desculpem, mas eu não gosto de tico-ticos:  eles fazem muito barulho quando dormem; eles piam muito.
- Mas, dona Aranha – disse Mamãe tico-tico – este é o único lugar que encontramos depois de muito procurar. Deixe-nos ficar, dona Aranha, eu sei que a senhora não é má. Prometemos que não vamos atrapalhá-la, nem sequer tocar num só fio de sua teia. Deixe-nos ficar aqui, por favor!
- Não! Decididamente não! Eu não quero ninguém perto de mim. Quero ficar sozinha! Arranjem outro lugar porque aqui não é possível! – concluiu ela.
E outra vez saiu a família de tico-ticos à procura de um lugar onde pudesse morar.
Dias e dias se passaram quando, já cansados e quase desanimados, viram, perto de um riacho, uma árvore muito alta: um eucalipto. Eles foram se aproximando, se aproximando, deram volta em torno dela, piando, piando, e, contentes, exclamaram:
- Que ótimo! Aqui ainda não mora ninguém: podemos fazer nosso ninho. Que bom!
E, finalmente, a família de tico-ticos pode fazer seu ninho. E que lindo ninho foi feito no topo do eucalipto!
Muito tempo se passou. Um dia, Mamãe e Papai se ocupavam de seus afazeres e os pequeninos estavam brincando, aproximou-se deles, cansada e machucada, dona Aranha, a mesma dona Aranha que um dia eles tinham encontrado no bosque.
- Oh! Meus passarinhos – disse, chorando, dona Aranha. – Agora sou eu que fiquei sem casa. O tronco onde estava minha teia foi arrancado do bosque e atirado ao rio. Quase me afogo nas águas. Com grande sacrifício consegui salvar-me. E agora fiquei sem casa. Que será de mim?
- Não precisa se preocupar, dona Aranha. Venha morar conosco. A senhora pode tecer sua teia ao lado do nosso ninho.
E assim, dona Aranha, envergonhada por ter sido tão ruim com seus amiguinhos, chorou arrependida, pedindo mil desculpas, agradecendo por ter sido perdoada.

5) Roda de conversa
  Será que uma mágoa, uma ofensa atrapalha a vida de quem a carrega? Sim. Será um peso, como a pedra. Machuca como a pedra, impede quem a carrega de fazer uma porção de coisas boas.
Como perdoar? Esquecendo a ofensa. Não ficar lembrando, não ficar contando o que aconteceu para todas as pessoas que encontrar, não desejar o mal. Se relembramos, sofremos de novo. Perdoar com o coração.
Quando perdoar? Sempre. Lembrar da passagem em que Pedro se aproxima de Jesus e lhe pergunta: Senhor, quantas vezes perdoarei ao meu irmão quando pecar contra mim? Será até sete vezes? Jesus lhe respondeu: Não vos digo que apenas sete vezes e sim setenta vezes sete vezes (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. X, item 1 a 4).
O que Jesus quis dizer com essas palavras? Que não há limites para o perdão. Jesus nos ensina a perdoar sempre.
O que acontece quando não perdoamos? Fica um peso em nosso coração, causando tristezas, nos impedindo de fazer muitas coisas boas. É como se carregássemos uma pedra na mão sempre. É como se um veneninho fosse aos poucos entrando no nosso corpo, podendo nos causar doenças.
Lembrar da oração do Pai Nosso, a passagem em que diz: Perdoa as nossas faltas e imperfeições, dá-nos o sublime sentimento do perdão para com aqueles que nos tem ofendido. Lembrar que devemos agir com os outros da mesma maneira que queremos que os outros nos tratem.
Se erramos e nos arrependemos de verdade, devemos pedir perdão. Se o ofendido não nos perdoar, não é nossa responsabilidade, pois fizemos a nossa parte quando pedimos perdão com sinceridade.
A quem perdoar? A todas as pessoas e quantas vezes for necessário. Devemos nos perdoar também (auto-perdão), pois todos nós erramos.
O que acontece com a gente quando perdoamos alguém? Emitimos bons sentimentos. Tiramos um peso das costas (a pedra), sentimos um alívio, inclusive nossa saúde melhora.

6) Repetir a atividade inicial sem as pedras OU jogar batalha naval com a dona aranha e o tico-tico OU eles fazem um desenho deles após terem perdoado alguém e ao redor do desenho colamos sentimentos coloridos (AMOR, PERDÃO, FÉ, CARINHO, PAZ, COMPREENSÃO, ALEGRIA, RESPEITO, BONDADE. O evangelizando poderá escrever outros exemplos como: SAÚDE, AMIZADE).


7) Prece Final

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