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sexta-feira, 30 de maio de 2014

Evangelho no Lar - Aula juventude - 24/05/2014

Tema central: PLANEJAMENTO FAMILIAR                                    Data: 24  mai  2014

Tema da aula: Evangelho no Lar

Objetivo Formativo: Conscientizar-se de que a família é a base do equilíbrio moral e social da sociedade.
Objetivo Informativo: Reconhecer que a formação da família cumpre determinação divina.

Objetivo da aula: Explorar os efeitos em nossos corpos, familiares e casa quando fazemos o evangelho no lar conforme Jesus nos ensinou.

Prece inicial: 03´

Incentivo Inicial: Monte seu próprio Evangelho no Lar - 15’

Iniciar a aula perguntando aos evangelizandos:

- Quem já tomou vacina de gotinhas?
- Porque quando criança devemos tomar essa vacina?
(explorar a proteção que a vacina proporciona contra doenças, algumas delas, muito sérias)

Assim como a vacina nos protege das doenças, quando realizamos o Evangelho no Lar com frequência, é como se estivéssemos nos vacinando semanalmente para nos proteger dos desequilíbrios energéticos em nossos corpos e lar causados por momentos em que passamos por crises de angústias, inquietações que nos levam à agressividade, raiva, tristeza e sensação de culpa persistentes, e outros desequilíbrios de diversas ordens que passamos rotineiramente.

O Evangelho no Lar é o antídoto que nos leva a compreender e esclarecer estes pontos, nos preenchendo com coragem para reparar nossos erros, interromper perturbações, predispor à paz e ajudar em nossa renovação, entusiasmo, liberdade e proteção contra a ausência da luz. (Adaptado de Joanna de Ângelis, Celeiro de Bênçãos, p. 16)

Em uma mesa colocar os seguintes itens:
- Jarra com água, vela, toalha branca, vaso com flor e um livro (Jesus no Lar).

Pedir que escolham os itens desta mesa para preparar o evangelho no Lar.

Desenvolvimento: Reflexão sobre o Evangelho e seus efeitos - 35’

O Evangelho no Lar é uma reunião em família não apenas para a realização de uma oração, mas também, é um momento de estudo, conversação nobre e reflexão elevada.

Os judeus na época de Jesus já praticavam a oração semanal em família e até hoje, se reúnem às sextas-feiras para a noite, antes do jantar, para este momento religioso e, fazem uma leitura pelo chefe ou líder da casa, de um texto dos Profetas e depois, fazem comentários. Eles costumam fazer um pequeno ritual acendendo vela em castiçal e outras práticas.

Nosso amigo Jesus nos mostrou que este momento em nosso lar, com nossa família é muito importante: Certo dia ele nos deixou o testemunho de sua apreciação a respeito desse momento, na casa de Simão Pedro quando estava hospedado lá e aproveitou a ocasião para mostrar o que é essencial nessa reunião de família, tirando tudo aquilo que não era essencial, como o uso de velas e de um ritual que consistia em distribuir um pedacinho de pão e um pouco de vinho a cada participante. Ele os reuniu em torno da mesa e deixou registrado que não se tratava apenas de oração, mas sim de estudo, conversação e reflexão elevada, e que a consulta aos “escritos da sabedoria” se faz necessária. (conforme for contando essa história, ir retirando os elementos da mesa e deixar somente o livro.

Para fazer o evangelho no lar não é preciso estes elementos (velas, flores, toalhas). E, para atingir o objetivo e receber os benefícios do evangelho, livros como este podem nos ajudar bastante.

É comum mantermos por perto um copo, garrafa ou jarra de água durante o evangelho. Alguém sabe por quê?

A água é dos corpos materiais o mais simples e receptivo da Terra. É como a base pura em que o remédio que vem de Deus possa ser fixado através de recursos do nosso mundo material que são muito importantes para a saúde e amparo do nosso corpo e alma, embora todo esse processo seja invisível aos nossos olhos físicos. (Adaptado de Emmanuel, Segue-me!... 7.ed., 129-130).

Durante a explicação sobre a água, passar na frente da jarra um papel celofane verde e demonstrar que conforme pensamos e sentimos, colocamos em movimento energias (onda vibratório de certa frequência) que assumem características como, por exemplo, as cores, então, por exemplo: quando estamos trabalhando com cura ou estudando sobre a cura de alguma enfermidade produzimos energias que assumem a coloração esverdeada. Essa energia é facilmente captada pelas moléculas de água e, um copo de água que esteja perto de você no momento em que está emanando essa energia, fica carregado com essa vibração de luz. Assim, a pessoa que tomará essa água receberá em seu corpo essa vibração energética e, caso tenha alguma enfermidade, esse fluído esverdeado o ajudará no processo de cura.

Enquanto fazemos o evangelho, amigos desencarnados de luz ficam próximos a nós, dentro de nossos lares e aproveitam este momento em que estamos mais receptivos à luz, já que a leitura e a reflexão nobre sobre os ensinamentos de Jesus fazem com que emanemos mais luz própria, para emitir a qualidade de luz que necessitamos diretamente sobre nossos corpos físico, períspirito e espírito, e também, materializando esse fluído de luz na água que deixamos por perto e que beberemos ao final do evangelho. Ex: se precisamos de mais sabedoria e compreensão, e estamos buscando isso, cargas de luz amarela / dourada serão impressas / fixadas em nós e na água que beberemos.

Por tudo isso o que acontece durante o momento do evangelho e da oração e, pela presença dos amigos de luz que vem ao nosso encontro, especialmente neste momento, para nos abastecer do que precisamos, é que se faz necessário mantermos uma frequência e horários de início e término do evangelho sempre fixo. Afinal, esses espíritos também têm outros afazeres e precisam se programar para estarem conosco. Quando atrasamos ou deixamos de fazer o evangelho, estes espíritos acabam perdendo o precioso tempo que poderia ser dedicado à outra tarefa de luz. É como se marcássemos o horário no dentista e faltássemos na consulta. Aí, o dentista deixou de atender outra pessoa que estava precisando, pois achou que estaria com você naquele horário...

Assim como nossos corpos e a água se iluminam durante o evangelho, nosso lar também é beneficiado, pois todas as paredes, móveis e objetos também recebem a carga de luz que estamos gerando e atraindo dos espíritos de luz, assim, toda a casa fica iluminada e protegida. Quanto mais sério e frequente é o evangelho que fazemos em nosso lar, mais luz permanente fica em nós e em nosso lar. Neste caso, espíritos de luz assumem a guarda da nossa casa e barram a entrada de espíritos que praticam a maldade e estejam carregados de fluidos energéticos / vibrações negativas.

Quanto mais forte é a luz que um lar iluminado emana, mais casas vizinhas e da rua são também beneficiadas com a luz. Assim como, quanto mais nos iluminamos praticando pensamentos e sentimentos elevados, mais luz emanamos para as pessoas que estão próximas à nós e, mais espíritos de luz atraímos, aumentando nossa autoproteção. E, uma das formas de cada vez mais elevarmos nossos pensamentos e sentimentos, é a prática do Evangelho no Lar.



Fixação: Mentalização – 5’

Então, agora vamos tentar perceber qual é a qualidade da vibração de luz que estamos emitindo, para isso, vamos começar identificando quais são os pensamentos e sentimentos que produzimos no dia de hoje... fechem os olhos para se concentrem em perceber qual foi seu pensamento de hoje quando acordou ou que você teve até chegar aqui, teve alguma preocupação, incomodo, algo que gerou ansiedade ou teve qualquer outro tipo de emoção e pensamento?
Tente encontrar isso em você, afinal, nossos pensamentos não param de funcionar, a não ser que forcemos essa situação de ausência de pensamentos... Mesmo que seja um pensamento frequente e normal para você, encontre qual é esse pensamento...
Façam sim ou não com a cabeça caso tenham encontrado esse pensamento e ou sentimento e abram os olhos.
Talvez alguns de vocês tenham percebido pensamentos e energias mais leves e positivas, mas também alguns de vocês podem ter identificado energias mais pesadas ou negativas...

Agora, vamos iniciar uma mentalização para transformar as energias negativas em luz: fechem os olhos novamente.
Todos os pensamentos e sentimentos que foram identificados por vocês ou pelos colegas ao seu lado e, que estejam fluindo como uma energia pesada ou negativa e, que estão com uma coloração escura, são agora colocados no centro desta roda. Envolta desta coloração escura existe um grande círculo de luz violeta, bem forte e radiante. A luz violeta vai formando uma cúpula envolta da energia densa e escura e, a medida que a luz violeta toca a escuridão, toda a energia mal qualificada se transforma em luz branca, bem brilhante.

A luz violeta vai transformando, transmutando em luz branca toda a energia escura e negativa. Quanto mais vocês se concentram nessa luz violeta, mais luz branca é transformada. Essa transformação vai ganhando cada vez mais força. Nossos mentores também estão ajudando nessa transformação...

E, agora, todo o centro desta roda está feito de pura luz. Essa luz que foi requalificada retorna aos nossos corpos e nos preenche com tudo o que precisamos.

Encerrar com a prece final.

Prece Final



Prof. Isis

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Gravidez na adolescência e contracepção - juventude - 10/05/2014

Tema central: PLANEJAMENTO FAMILIAR                                     Data: 10  mai  2014

Tema da aula: Gravidez na adolescência e contracepção

Objetivo Formativo: Conscientizar-se de que a família é a base do equilíbrio moral e social da sociedade.
Objetivo Informativo: Reconhecer que a formação da família cumpre determinação divina.

Objetivo da aula: Transmitir os ensinamentos espíritas sobre o sexo, gravidez na adolescência, aborto e contracepção, buscando conscientizar os jovens sobre suas responsabilidades em torno destes assuntos.

Prece inicial: 03´

Incentivo Inicial: Continue essa história - 15’

Iniciar a aula contando a seguinte história:

Quem nunca viu uma adolescente grávida no colégio, na rua e às vezes até mesmo dentro da casa da gente com nossas amigas, primas e irmãs? Para saber como é ser mãe na adolescência, a jovem Joana foi entrevistada, ela tem 17 anos, estuda na 2ª série do ensino médio de um colégio e hoje trabalha como atendente de lanchonete. Ela tem um filho de 1 ano e 4 meses.

Quando e como aconteceu a sua gravidez, Joana? Eu tinha 14 anos e não estava esperando, eu achava que não ia acontecer comigo. Fazia um ano que eu estava namorando o pai do meu filho. Eu tinha ido ao médico e ele me receitou a pílula contraceptiva. Só que eu a tomava e sentia vontade de vomitar. Então, fui deixando e não tomava. Sem contar que algumas vezes eu me esquecia de tomar...

Qual foi a sua reação quando descobriu que estava grávida? Chorei bastante. Fiquei assustada, com medo do meu pai, da gravidez. Foi complicado.

Qual foi a reação de seu pai? (INTERROMPER E PEDIR QUE UM EVANGELIZANDO CONTINUE A HISTÓRIA COMO SE ELE PRÓPRIO FOSSE A PROTAGONISTA DA HISTÓRIA E, ASSIM POR DIANTE COM OS DEMAIS)

HISTÓRIA REAL: No começo ele me deu um sermão, depois ficou do meu lado e pediu para eu não fazer besteira. A minha irmã mais velha não me apoiou. Ela não falava comigo. Depois que o meu filho nasceu, a gente voltou a se falar.

E a reação do pai da criança? Ele não reagiu bem, queria que eu abortasse, mas eu resolvi assumir. Depois que eu falei com o meu pai e que eles conversaram, a gente terminou o namoro. Mas ele assumiu a criança, registrou e dá pensão.

E ele te pressionou para fazer o aborto? Antes de eu contar para o meu pai, sim. Ele não queria que eu contasse, falou que a gente ia dar um jeito. A namorada de um amigo dele já tinha abortado com um remédio. Só que eu ia estar me arriscando tomando esse remédio. Podia acontecer alguma coisa e eu ir parar no hospital e o meu pai ia ficar sabendo e seria pior. Então eu preferi contar para o meu pai, sabia que ele não ia me deixar fazer isso.

Quais eram os seus sonhos antes e depois da gravidez? A vida muda. Depois da minha gravidez, mudou completamente. Tive que abrir mão das minhas coisas para ir atrás das coisas do meu filho. Eu não tinha nenhum sonho. Tudo o que eu queria era continuar minha vida normal, estudar e trabalhar. Por enquanto, está indo bem . Quando estou trabalhando, o meu filho fica com meus pais e, quando estou na escola, ele fica com minha irmã, agora ela passou a aceitar mais.

E o pai do nenê, como reagiu? Ele tem a minha idade e pensou: "Pô, eu tenho uma vida para curtir e agora eu vou cuidar de um filho".

Ao longo das novas histórias que forem surgindo, incluir alguns novos elementos para os estimular a falarem sobre seus dúvidas e pensamentos a respeito deste tema, por exemplo: você está com a barriga grande (8 meses) e quando entra na sala de aula, todos a olham estranho...





Desenvolvimento: Debatendo - 25’

A partir do momento em que vários pensamentos começarem a se expor, separar o grupo em dois (se tiver número suficiente de meninos e meninas, separá-los assim, caso contrário, fazer dois grupos mistos).

Um grupo deverá fazer perguntas para que o outro as respondam. Auxiliar as respostas e introduzir conceitos a respeito do tema durante a discussão destas respostas.

Entregar as seguintes perguntas para cada grupo:
Grupo 1
- O que é sexo?
(A origem da palavra está no latim sexu-, relacionado com secare (“dividir, cortar”), dado que o sexo nos divide em duas partes: machos e fêmeas.
Explorar que o sexo existe em função da vida e não a vida em função do sexo, que o sexo é patrimônio do espírito e que se deverá ter para com ele o mesmo carinho que se tem por qualquer outro órgão, que um dia deveremos dar conta de tudo que possuímos e que nos foi dado por empréstimo. O sexo é um órgão que tem função específica e é portador de exigência graves na área dos deveres, que irão aparecer como consequências do seu uso. Que ao se envolver com alguém você cria vínculos que não poderão, ou melhor, não deverão ser rompidos levianamente, pois muitas tragédias têm início nas rupturas abruptas da afetividade despertada pelo interesse simplesmente sexual.
Falar sobre a atração dos espíritos que incentivam o prazer momentâneo se for que também estamos buscando. Uma boa relação sexual é com alguém que tem algum valor para nós, com alguém a quem alimentamos e somos alimentados, com alguém que podemos trocar energias, pois o sexo é transfusão de energias psíquicas).

- O que significa ter um filho com a idade atual?
(Adolescência é um período de transição, onde começamos a nos descobrir em um corpo que inicia uma forma de adulto, tudo no corpo e no espírito vai mudando. Assim, se mal conseguimos nos conhecer e nos cuidar, como cuidar de outro mais facilmente? A transição para a vida adulta ocorre muito mais rapidamente, e depois vem a sensação de não ter aproveitado tudo o que poderia na adolescência. A maternidade é o momento superior de dignificação da mulher, quando todos os valores do sentimento e da razão se conjugam para o engrandecimento da vida. Faltando, à adolescente, experiência e conhecimento dos valores existenciais durante a gravidez, o período é atormentado, sendo transmitido ao feto inquietação e desassossego, quando não a revolta pela concepção indesejada. Os pais têm por missão desenvolver o progresso de seus filhos por meio da educação).

Grupo 2
- O que fazer para evitar uma gravidez?
(Explorar sobre métodos contraceptivos e a importância de ser disciplinado em sua utilização. Passar o vídeo de relato de adolescente que utilizava o método contraceptivo de maneira incorreta e acabou engravidando aos 14 anos. Explicar que o preservativo-camisinha (métodos de barreira) deve sempre ser utilizado, mesmo que se utilize pílulas ou injeção de hormônio, pois além de gravidez, ele protege de doenças sexualmente transmissíveis que também têm consequências para o resto da vida, porém, bastante ruins. Explicar, também, porque a pílula do dia seguinte é um método contraceptivo abortivo).

- O aborto é uma saída para casos de gravidez na adolescência?
(Passar os ensinamentos de Kardec sobre o crime que é o aborto e o único caso em que este é considerado uma saída, sobre o que acontece com os pais que o decidem e o espírito que tem a formação de seu corpo interrompida).





Fixação: Vídeo de encerramento – 10’

Passar trecho do vídeo Espiritismo em Ação_Sexualidade Precoce da Infância (11:14 min até 18 min), abrir para alguma pergunta e encerrar com incentivo de que procurem seus pais para mais esclarecimentos sobre o sexo ao invés de tentar tirar dúvidas com os colegas que acabam conhecendo tanto ou menos que eles próprios.

Prece Final

Bibliografia:        

Capítulo 21 A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA (livro ADOLESCÊNCIA E VIDA PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS)

A gravidez na adolescência é um dos grandes problemas-desafio da atualidade, em razão do número crescente de jovens despreparadas para a maternidade, que se deparam em situação deveras perturbadora, gerando grave comprometimento social.

Dominados pela curiosidade e espicaçados por uma bem urdida estimulação precoce, que faculta a promiscuidade dos relacionamentos, os adolescentes facilmente se entregam às experiências sexuais sem nenhuma preparação psicológica, menos ainda responsabilidade de natureza moral.

Desconhecendo os fatores propiciatórios da fecundação e sem qualquer orientação cultural em torno do intercâmbio sexual, permitem-se o intercurso dessa natureza com sofreguidão e sob conflitos, tendo de enfrentar o gravame da concepção fetal.

Ao darem-se conta da ocorrência inesperada, recorrem a expedientes perigosos, a pessoas inescrupulosas, quase sempre interessadas na exploração da ignorância, e culminam na execução do crime covarde do aborto clandestino, com todos os riscos decorrentes dessa atitude cruel.

Iniciada a malfadada fuga, novas ocorrências criminosas têm lugar, porque o adolescente perde a identidade moral e, aturdido, deixa-se arrastar a novos tentames, cujos resultados são sempre infelizes. Quando isso não
ocorre, porque destituídos do sentimento de amor, que os poderia unir, são as futuras mães deixadas a mercê da família ou da própria sorte, trazendo ao mundo os desamparados rebentos que experimentarão a orfandade, não obstante os pais desorientados permaneçam vivos.

Despertando lentamente para os sentimentos mais graves, e dando-se conta da alucinação juvenil, agora irreversível, essas jovens imaturas e frustradas atiram-se nos resvaladouros do descalabro, perdendo o senso da dignidade feminina e tornando-se objetos de fácil posse, quando não recorrem às fugas desordenadas pelas drogas químicas, pelo álcool, pela prostituição destruidora.

Urgem atitudes que possam despertar os adolescentes para a utilização do sexo com responsabilidade, na idade adequada, quando houver equilíbrio fisicopsíquico, amadurecimento emocional com a competente dose de compreensão dos efeitos que decorrem das uniões dessa natureza.

O sexo é um órgão com função específica e portador de exigências graves na área dos deveres, que aparecem como consequência do seu uso.

Quando utilizado com insensatez, sem o contributo da razão, por desejos infrenes, ao envolver os parceiros estabelece um vínculo emocional que não deve ser rompido levianamente. Muitas tragédias dos sentimentos têm início nas rupturas abruptas da afetividade despertada pelo interesse sexual. Pode uma das pessoas não estar realmente interessada na outra, não obstante a recíproca pode não ser verdadeira, e, ao sentir-se a sós, aquele que se encontra abandonado passa a experimentar tormentos e conflitos muito perturbadores, quando não se rebela contra a função sexual, gerando problemas mais profundos, que irão comprometer-lhe toda a existência, em razão da leviandade de quem se foi, indiferente pelo destino de quem ficou...

Na adolescência, porque os interesses giram em torno da identidade, da sexualidade, da afirmação da personalidade, além de outros, a atração entre os jovens é inevitável, produzindo grande empatia e estímulos que devem ser cultivados, porquanto isso faz parte da formação do seu conceito de sociedade e de autorrealização. Todavia, é indispensável insistir quanto aos cuidados que devem ser tomados pelos moços em razão da precipitação em assumir atitudes e compromissos para os quais não estão preparados, tornando-se fáceis vítimas da imprudência e do desconhecimento.

Sob outro aspecto, porque os sentimentos ainda não estão maduros e o desconhecimento da função sexual é total, o ato não corresponde à expectativa ansiosa do adolescente, que se sente defraudado, receando novas
experiências ou precipitando-se em outras tantas a fim de descobrir os encantamentos a que as demais pessoas se referem com entusiasmo e que ele não vivenciou.

A educação sexual, portanto, tem regime de grande urgência, ao lado de um programa de dignificação da função genésica muito barateada por personagens atormentadas, que se tornam líderes da massa juvenil, e que, fugindo dos próprios conflitos perturbadores, estimulam-lhes o uso desordenado. Outras vezes, mediante caricaturas perversas, procuram influir na conduta juvenil, massificando todos no mesmo nível de comportamento estranho e inquietador, deixando-os insaciáveis e cínicos, enquanto afirmam que a única função da vida é o prazer imediato, sendo o sexo a válvula de escapamento para a insegurança, a insatisfação emocional e o fracasso de que se sentem possuídos, mesmo quando se sentam nos tronos dos triunfos ilusórios que a mídia lhes proporciona, sem os realizarem interiormente.

A maternidade é o momento superior de dignificação da mulher, quando todos os valores do sentimento e da razão se conjugam para o engrandecimento da vida. Faltando, à adolescente, experiência e conhecimento dos valores existenciais durante a gravidez, o período é atormentado, sendo transmitido ao feto inquietação e desassossego, quando não a revolta pela concepção indesejada.

Raramente acontece o fenômeno da compenetração maternal, quando se trata de Espírito afim, que volve ao regaço da afetividade de maneira inesperada, recompondo o passado de lutas e desares, com que ambos se
encontram nos caminhos do amor: mãe e filho.

A maternidade na adolescência é dos mais tormentosos fenômenos que o sexo irresponsável produz, face às conseqüências que gera. Orientar o adolescente quanto aos valores do sexo, ante a vida e o amor, é dever que todos os indivíduos se devem impor, auxiliando a mentalidade juvenil a encontrar o rumo de segurança para a felicidade, sem as cargas aflitivas provindas da leviandade do período anterior.


Livro dos Espíritos – Pergunta 208

Os pais têm por missão desenvolver o progresso de seus filhos por meio da educação.


Palestra de Regina Ferreira – Portal do Espírito - RJ

http://www.espirito.org.br/portal/palestras/irc-espiritismo/palestras-virtuais/pv070901.html

O sexo existe em função da vida e não a vida em função do sexo, que o sexo é patrimônio do espírito e que se deverá ter para com ele o mesmo carinho que se tem por qualquer outro órgão, que um dia deveremos dar conta de tudo que possuímos e que nos foi dado por empréstimo. O sexo é um órgão que tem função específica e é portador de exigência graves na área dos deveres, que irão aparecer como conseqüências do seu uso. Que ao se envolver com alguém você cria vínculos que não poderão, ou melhor, não deverão ser rompidos levianamente, pois muitas tragédias têm início nas rupturas abruptas da afetividade despertada pelo interesse simplesmente sexual. A incidência de gravidez na adolescência é grande e assustadora e não ocorria, digo não ocorria dessa maneira como acontece nos últimos anos, esse fenômeno sexual que podemos dizer não atinge somente o jovem, mas também o adulto que ainda não processou um amadurecimento mental e espiritual correspondente à idade. Porque amadurecer é difícil, dá trabalho. Não será porque a prática da sexualidade vem sendo promovida como o valor máximo a ser alcançado por homens e mulheres, independente da idade que possuam.

Na adolescência os interesses estão girando em torno da identidade, sexualidade, afirmação da personalidade, além de outros fatores gerados pelos meios de comunicação que mostra claramente aos jovens que seu valor está calcado em se ter um físico perfeito, que você tem poder quando consegue seduzir, que você é poderosa ou poderoso na arte da conquista, que você recebe grandes homenagens da sociedade na arte do sexo, vemos claramente nos canais competentes a troca de relacionamentos, a total desvalorização de sentimentos, mostrando claramente que se você sente vontade de seduzir ou se realizar não importa os meios, não importa se é amigo ou namorada ou namorado do amigo ou amiga, cunhada etc... importante que seus objetivos sejam alcançados e aí insistimos que o homem não pode ser um produto do meio, o homem é fruto da educação. A adolescente não sai de casa para transar, pois o jovem sexual-mente ativo, já se previne de antemão, acredito que o que surge é o arrastamento e ele não quer ficar fora do grupo, não quer se sentir diferente. O jovem sai de casa para encontrar-se com o grupo e a pressão acontece e ele não sabe dizer NÃO. É necessário o amor e a informação de qualidade, mostrar que a realização do ser humano não está na prática sexual, que o que faz uma relação rica e satisfatória para ambas as partes, não é somente a prática do sexo, que o companheirismo, a confiança etc... tem valores mais reais.

Necessário passar para os nossos jovens que uma boa relação sexual é com alguém que tem algum valor para nós, com alguém a quem alimentamos e somos alimentados, com alguém que podemos trocar energias, pois o sexo é transfusão de energias psíquicas. A educação global, mas principalmente a educação sexual tem regime de grande urgência, ao lado de um programa de dignificação da função genésica muito barateada por atormentados, que se tornam muitas vezes ídolos da grande massa juvenil, e que muitas vezes fugindo dos próprios conflitos, estimulam o uso desordenado.

Mesmo quando um dos responsáveis abandona o seu dever e nega-se a assumir a responsabilidade - o outro embora com muitos sacrifícios, deverá assumir, pois na prática do dever, o ser humano pode sempre esperar a ajuda do Alto. Pior para o que recua diante da responsabilidade, melhor para àquele que a cumpre a qualquer custo. Orientar o adolescente quanto aos valores do sexo, ante a vida e o amor, é dever que todos nós, devemos nos impor, auxiliando a mentalidade juvenil a encontrar o rumo de segurança para a felicidade, sem cargas aflitivas provindas de leviandade.

A gravidez na adolescência deve ser evitada? Se sim, qual a melhor maneira dos pais agirem para ajudarem seus filhos?
Buscar se informar, se esclarecer nas revistas, nos núcleos religiosos, estar ao lado do jovem participando do gosto dele, não de modo a restringi-lo quanto ao que ele vê, mas de modo a criar um senso crítico, fazendo com que ele libere a opinião dele com relação ao que ele está vendo, se ele acha legal, se ele acha que aquilo é durável, tende a permanecer. A gravidez na adolescência deve ser evitada porque ainda não se atingiu a responsabilidade, a maturidade física, emocional necessárias para se cuidar de uma criança como se deve? Como você pode passar os valores que você ainda não pôde administrar em você próprio? Como o jovem pode administrar a vida de uma criança se ele ainda não pode administrar a própria vida?

Você poderia comentar qual deveria ser a posição dos evangelizadores, em relaçao ao esclarecimento ao jovem espírita, nas reuniões da mocidade e pré-mocidade?
Da mesma forma que para os pais e para os educa-dores em geral pois a Doutrina Espírita tem um acervo muito grande de informações na área da educação, da educação moral, educação sexual para recorrermos, e também muitas mensagens trazidas pelos espíritos a respeito de desencarnados com desvios da sexualidade, relatos dolorosos que nos faz tentar sermos mais precisos no trabalho no bem pois só queremos a felicidade de quem nós amamos e sabemos que a influência dos que desencarnam tão dolorosamente nos desvios sobre os encarnados é grande e temos que estar atentos a esta subjugação mesmo que eles exercem em cima dos jovens imprevidentes que ainda não amadureceu, que ainda não buscou fortalece-mento moral para estes desvios. (t)

A mídia contribui bastante para esta mentalidade mais irresponsável quanto aos relacionamentos, não é mesmo?
Acho que a mídia contribui na medida em que o jovem não traga valores de casa, da família. Quando não impedimos que ele veja as coisas, mas ao mesmo tempo de sua parte você vem fazendo o seu trabalho baseado em valores, em conhecimentos, em informações de qualidade o grupo, a própria mídia influencia de uma maneira menos agressiva, porque na hora em que ele se colocar numa situação de risco ou mesmo de dúvida, com certeza os valores recebidos de pessoas que o amam terão mais peso do que os amigos ou os próprios meios de comunicação. Como dizem os espíritos, nós estamos no mundo, mas não precisamos necessariamente participara de tudo o que o mundo nos oferece no sentido em que gerará dor e sofrimento. (t)

Suponhamos um filho com 17 anos e uma namorada de 16...o filho pede liberdade para ter relacionamento sexual em casa. Como lidar com esta situação?
Você está consciente de que ele é sexualmente ativo. Eu deixaria. Desde o momento que eu sei que quer praticar, lá em casa é mais seguro. Eu não quero ver, eu não vou entrando. Eu vou bater na porta antes. Eu não tenho este tipo de preconceito. Eu esclareci as minhas filhas porque eu não quis que outro fizesse no meu lugar, como uma amiga irresponsável ou mesmo algum meio de comunicação e eu pudesse ter problemas mais tarde quanto a isto. Eu tenho um pensamento e não sei quanto ao pensamento dos pais da menina. Será que eles estão cientes de que ela é sexualmente ativa? Eu procuraria conversar com meu filho a este respeito porque eu estou respondendo pela educação que eu passei para os meus e não pela educação que os outros receberam. Isto não quer dizer que dentro da minha modernidade eu tenha forçado uma barra que já não estivesse na mente deles, porque eu sei que mais cedo ou mais tarde, essas questões teriam que ser discutidas e foi interessante que depois que minha filha já estava ha algum tempo com o namorado e nós pais observamos muito as mudanças, percebi que só beijinhos e abraços seriam insuficientes e quando coloquei para ela foi assim muito emocionante, porque ela me abraçou e disse que já vinha pensando na prevenção de uma gravidez, de uma doença, mas achava que o meu discurso não seria aplicado em casa. Que ele seria só para os de fora. Foi um momento muito bonito que nos aproximou ainda mais. (t)

O filho ou a filha adolescente, chegam com a noticia da gravidez... como se manifestar diante dessa notícia? o q fazer c essa situação?

Minhas amigas acham também que o meu trabalho no NVG - Núcleo de Valorização da Gravidez -, perderia um pouco o sentido quando fosse eu a envolvida. Eu não discordo delas no sentido de que seria um choque, mas eu pediria uns minutos para mim, nos quais eu me recolheria para poder trabalhar em mim esse acontecimento, mas acredito que minha reação seria normal, pois como disse nas minhas considerações iniciais, meu maior medo, medo mesmo, seria ver minhas filhas envolvidas com drogas de um modo geral ou uma doença, que saberia que haveria muito sofrimento, muita dor, além de saber que não fui omissa nas informações, nos esclarecimentos e que com certeza se foi consentido por Deus que tudo sabe, que tudo vê, acredito que grandes lições tiraremos dessa gravidez e prepararia meu coração para dar ainda mais amor, mais carinho, mais compreensão para minha filha e para aqueles que com certeza nos discriminarão, até que tanta informação não serviu para nada. Sempre acreditei que a minha vida em família diz respeito a nós e não aos outros, pois se eu pensasse diferente, provavelmente minha filha teria engravidado sem conhecimento nenhum. (t)

Sendo a gravidez um fato consumado, como lidar com os jovens pais, uma vez que o período de gravidez é também de preparação pra pais e filho (reencarnante)?
Acreditamos que já havia um compromisso deste espírito reencarnante com esta família e que as vibrações de amor ou de rejeição de todos irão influenciar muito no espírito reencarnante de acordo com as vibrações poderemos transformar tristezas em alegrias. Tem uma mensagem de um espírito que pede a uma mulher que teria sido sua mãe, mas que por abortos e depois por métodos contraceptivos, ele não pode chegar até ela como seu filho, mas que agora ele teria oportunidade de nascer como seu neto, pois seu amor por ela é tamanho, que ele quer se ver nos braços dela, já que não pode chamá-la mãe, ele quer chamá-la "minha que-rida vovozinha". (t)

A gestante adolescente geralmente interrompe os estudos. Do ponto de vista espírita como deve ocorrer a educação da gestante?
Eu não vejo necessidade de se interromper um trabalho quando gravidez não é uma doença. A gravidez só dura nove meses. Sabemos que é complicado, mas o ser humano precisa de apoio uns dos outros. Se a adolescente não encontrar pessoas que digam para ela que ela está estragando a vida dela, que tudo agora vai ser muito complicado e a apoiarem, carregando-a no colo, fortalecendo este coração de mãe quanto ao futuro, sob o ponto de vista espírita, continuamos o aprendizado além da vida física. Por que interromper por uma gravidez?

Gostaria que você comentasse a respeito de gravidezes evitadas por casais a título de controle de natalidade impedindo assim a encarnação de espíritos e a estratégia da espiritualidade em aproveitar a situação dos adolescentes em relação a estes Espíritos q deveriam encarnar?
Sabemos que os espíritos precisam chegar de alguma forma. Estamos sempre torcendo de que esta forma seja planejada até com as adolescentes. Não gostaria de saber que eles chegaram por meios de não planejamento pela espiritualidade e venha a chegar até mim ou até meu irmão em humanidade, através do roubo, do assassinato, do homicídio, do estupro ...(t)

Na adolescência, depois de ter feito de tudo para convencer uma amiga, na época adolescente a desistir do aborto, não consegui abandoná-la e a acompanhei até a clinica. Não consegui abandoná-la mesmo sendo o fato totalmente contra meus princípios. Por anos me senti cúmplice, mas sempre me pergunto como poderia ter agido diferente!?....Qual a visão da doutrina neste caso?
Joanna de Ângelis nos diz que o passado passou, que não deveremos ficar paralisados pelos nossos equívocos ou porque não dizer, erros, porque da mesma forma que erramos, também acertamos, da mesma forma que odiamos, também amamos, e que sempre haverá um meio de ressarcirmos estes mesmos equívocos e que se você informou, procurou ajudar e não conseguiu, você fez a sua parte como amiga, e como amiga você continuou se portando. Sua amiga usou do livre arbítrio dela e tomou a decisão dela e você como amiga que era não a deixou sozinha neste momento. Você teve vá-rias oportunidades e demonstrou em todas a sua amizade e a sua lealdade. Quem sabe que tudo o que foi dito e no momento não foi aproveitado, não o terá sido mais tarde?

Considerações finais do palestrante:

Jovens e adolescentes! Pensem que desde o primeiro desabrochar de sonhos românticos, desde os primeiros anseios de satisfação sexual e afetiva, podem estar junto de vocês, invisíveis e atentos, os Espíritos destinados a nascer como seus filhos! Não decepcionem suas esperanças, não traiam os compromissos assumidos no Plano Espiritual! Eles esperam que se conduzam com dignidade e responsabilidades diante do sexo, que se unam à alma que lhes está destinada a ser mãe e pai. Com que tristeza ficarão se vocês se entregarem a relacionamentos passageiros, a paixões desregradas: se vierem a ferir sentimentos alheios e se desviarem do caminho previsto! Sintonizem com os Espíritos de seus futuros filhos, para que possam preparar dignamente a família que os deverá receber. Procurem nos Espíritos do Bem inspiração para que possam vencer os arrastamentos das más tendências, das paixões inferiores. A luta é árdua, sabemos todos! Os impulsos do sexo, muitas vezes nos atormentam, nos torturam! E mais que de sexo, temos sede de companhia, de compreensão, de carinho, de amor! Então nos atiramos às conquistas, queremos forçar o destino, a nossa natureza, pensando encontrar aqui e ali realizações dos nossos anseios mais profundos! Vemos o outro sexo com interesses exagerado! Pensamos que iremos encontrar satisfação em vários relacionamentos! Busquemos o autocontrole e o equilíbrio. Através de preces, de estudos, do trabalho no bem, podemos sempre elevar nossos sentimentos e encontrar a lucidez para enxergar para onde de fato deve nos levar o nosso destino espiritual. Se mantivermos o deseja sincero de nos reformarmos, de evoluirmos já estaremos dando um grande passo rumo a nossa meta. (t)


http://www.espiritismo.net/content,0,0,930,0,0.html

Com o bebê no colo, não tem jeito, as responsabilidades irão brotar e nessa fase uma grande mudança ocorre no comportamento da jovem família. "A transição para a vida adulta ocorre muito mais rapidamente. E depois vem a sensação de não ter aproveitado tudo o que poderia na adolescência", relata Talita Biason, hebiatra (a profissional especialista em adolescentes) do Hospital Santa Catarina.

De acordo com a médica Talita, a maioria dos pais adolescentes abandona os estudos - mesmo que temporariamente - e tende a se inserir no mercado de trabalho mais cedo. "Há estudos, principalmente norte-americanos, que dizem que pais adolescentes ganham menos que outros profissionais. E, a longo prazo, tem um perda maior da renda", diz a hebiatra. "Isso é um reflexo da falta de preparo, provocada pelo abandono da escola", completa.

Talita concorda que dificilmente uma pessoa com menos de 18 anos irá pensar nessas conseqüências. No entanto, é necessário que pais e professores alertem para as mudanças provocadas por uma gravidez antes que ela aconteça. "É preciso ajudar o jovem a planejar melhor sua vida", reitera.



prof. Wilma

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Religião e Religiosidade - juventude - 26/04/2014


Aula Religião e Religiosidade

Tema do mês: MUNDO ESPÍRITA                                                   Data: 26Abril 2014

Tema Central: Religião e Religiosidade

Objetivo Formativo: Desenvolver sentimento de gratidão e reverência a Deus.
Objetivo Informativo: Reconhecer que a essência divina está presente em todo o universo.
Objetivo da aula: Concluir que a religiosidade é vivenciar os ensinamentos de Deus nas atitudes do cotidiano de cada um.


Prece inicial: 03´

Incentivo Inicial: O que isto significa pra mim? 15’
Distribuir as frases entre os jovens e pedir para eles interpretarem a frase sob sua ótica e sentimento.

"Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor de sua pele, ou seus antepassados, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender a odiar, e se elas podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar, porque o amor chega mais naturalmente ao coração do homem do que o seu oposto." – Mandella


"Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível." São Francisco de Assis


Desenvolvimento: Roda viva: a religião e eu – 35 minutos
Vamos formar uma grande roda e ela será viva porque estamos vivos e ávidos pela troca de experiências e conhecimentos.
Nesta roda, cada um vai colocar uma pergunta e escolher quem dará a resposta e daí vamos conhecer o e discorrer sobre o tema da aula.

1.     Para você o que é religião ?
2.    Você acredita que o Espiritismo é a única religião que nos salvará dos males que trazemos conosco ao longo da nossa caminhada espiritual ? Por que ?
3.    O que você entende por religiosidade ?
4.    Podemos afirmar que toda pessoa que tem uma religião é religioso ? Por que ?
5.    Você concorda em prejudicar algum elemento da Criação Divina em nome da tua fé ? Por que ?
6.    Como você acha que podemos vivenciar o Evangelho de Jesus ?

Fixação: Um encontro com Jesus
Propor que todos fechem os olhos e juntos faremos uma caminhada para reencontrar amigos queridos.
Relaxemos confortavelmente na cadeira, fechemos os nossos olhos e vamos imaginar que estamos todos juntos caminhando num jardim muito grande, vemos árvores verdes e frondosas, grandes, mal conseguimos enxergar sua altura; vemos flores coloridas das mais diversas espécies, podemos sentir o cheiro do seu perfume. Também temos um céu azul, um sol gostoso que nos aquece e uma boa brisa para refrescar o nosso caminhar...
Há também lindos passarinhos que nos acompanham cantarolando, eles ficaram felizes com a nossa chegada.
E daí vamos caminhando ao longo deste jardim e avistamos um lago grande de águas límpidas e transparentes, ele até parece azul pelo reflexo do céu. Ao chegarmos perto dele nos deparamos com mais outros jovens, amigos que não vemos há muito tempo e estavam nos esperando. Decidimos fazer uma grande roda em volta do lago e damos as mãos, incrível o quanto somos muitos e podemos sentir a energia positiva da força da amizade e do amor entre nós.
Decidimos fazer uma prece de agradecimento ao Mestre Jesus pela oportunidade deste reencontro feliz; eis que surge caminhando do outro lado do jardim em nossa direção o próprio Jesus. Sentimos sua luz, seu amor e seu abraço grande, forte em cada um de nós e Ele nos afirma com seu olhar que está muito feliz em nos ver juntos e que tudo que fizermos pelo bem e pelo amor dará certo.
E nos propõe a rezar a oração dominical que Ele nos ensinou: vamos, todos juntos rezar o Pai Nosso.
E assim com os corações reabastecidos pela Luz Maior, retornamos calmamente pelo jardim à nossa sala de aula.

Prece Final

Bibliografia:        
RELIGIÃO E DEUS
(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)
 
Quantos são os caminhos para encontrar Deus? De quantas estradas é feito o nosso trilhar para entender as coisas de Deus? Quais são os caminhares que nos levam a Deus?
Não houve na História da Humanidade cultura alguma que não tivesse nos seus valores o entendimento de Deus.
As formas de interpretação da Divindade variaram às centenas, porém, nenhum povo houve que negasse a existência de uma força maior a comandar os desígnios do Universo.
Assim, crer na existência de Deus transcende o aspecto cultural e se insere na essência do sentimento humano de que existe um Criador a gerar a vida, do macro ao microcosmo.
E, ao longo da História, vários foram os ensaios para se explicar e entender Deus.
Seja o deus castigo e vingança das civilizações antigas, ou o deus concebido em forma humana, como nas mitologias greco-romanas, ou ainda o deus natureza dos celtas, sempre foram tentativas do homem de entender Deus.
E hoje, como entendemos Deus?
Provavelmente as suas respostas e explicações acerca da Divindade estão pautadas em uma explicação doutrinária ou religiosa.
E é exatamente para isso que as religiões se estruturam: para nos ajudar a redescobrir Deus, Suas Leis, Seus desígnios e para Ele nos voltarmos.
Desta forma, podemos entender a religião não como um fim e sim um meio. O meio que encontramos para entender Deus e tê-Lo na nossa vida diária.
E, sendo a religião o meio que usamos para reencontrar Deus, é natural que cada um de nós tenha necessidade de um caminho que seja coerente e próprio em relação ao seu amadurecimento emocional, seus valores e conceitos.
Por isso, cada um de nós escolhe essa ou aquela escola religiosa, esse ou aquele caminho para chegar a Deus.
Porém, para Deus, todos os caminhos que levem a Ele são dignos de respeito. Toda doutrina, toda religião que nos torne melhores, é válida.
Além disso, devemos lembrar que a religião por si só não basta em nossa vida. Como também, para sermos pessoas de bem, a religião não é imprescindível.
Há inúmeras pessoas que, sem professarem nenhuma religião, têm uma vida de respeito ao próximo, de conduta ilibada, de retidão de caráter inquestionável.
E outras, apegadas a essa ou aquela escola religiosa, se mostram só preocupadas com a externalidade da religião, cuidando muito pouco do seu mundo íntimo.
Se a religião que escolhemos nos faz pessoas melhores, nos ajuda a entender as Leis de Deus, a nos entender e a entender ao próximo, essa é a melhor religião para nós.
Porém, se ainda nos vinculamos a uma religião, preocupados com o que os outros estão vendo ou pensando, somente para satisfazer vaidades ou expectativas nossas ou de outros, há que se repensar como estamos construindo nossa relação com Deus.
O mais significativo para nós deve ser perceber que a religião que adotamos é o meio que encontramos de construir a religiosidade em nós, do entendimento de Deus, respeitando o próximo nos caminhos que ele escolher para compreender  Deus e trazê-Lo para dentro de si.
Redação do Momento Espírita.
Em 28.05.2010.
Religião
É o elo que une Criador à sua Criatura, e vice-versa.
Este elo tem como característica principal, o sentimento da criatura, embasado em valores morais e princípios éticos, muitas vezes norteados pela cultura e história de um povo, e muito também pelo grupo família.
O principal meio de contato estabelecido entre Criatura e Criador ocorre pela força mental do pensamento, chamada de Oração - em alguns meios a oração é seguida de rituais, cantos e até de eventos em dias específicos.
Os princípios religiosos estão em torno de:
- Deus, como fonte criadora do todo, também chamado de Pai e/ou Senhor.
- Seus atributos.
- Um livro sagrado, que representa a palavra literal de Deus.
- O sentimento da Fé.
Através de nomenclaturas diferentes, os diferentes tipos de religiões buscam tocar o seu seguidor quanto à sua conduta moral, a qual deve se espelhar na perfeição de seu Pai.
'Todas as religiões  são unânimes em reconhecer um único Deus, diferentes, são os caminhos de alcançá-lo'.

Como surgiu este elo entre Criador e Criatura?

- Alguns pesquisadores espíritas dizem que, no momento da individualização do princípio inteligente, surgindo assim os espíritos, vimos e registramos em nossa memória espiritual, a imagem de Deus e por ele, estabelecemos um vínculo.

Como surgiu a religiosidade na humanidade?

- Emmanuel, no livro à Caminho da Luz, narra que os exilados de Capela foram reunidos em uma grande colônia espiritual e, Jesus, em determinado momento, foi acolhë-los, dizendo que  no momento oportuno, estaria presente junto à eles, levando ensinamento e esperança, para a grande obra de evolução. Assim, grupos de espíritos encarnam com forte sentimento de perda de paraíso, do messias prometido, e aí começam a surgir as primeiras escrituras, também inspiradas por espíritos empenhados na evolução destes irmãos exilados.

O amadurecimento do sentimento religioso pode passar por fases como panteísmo, ateísmo, politeísmo, monoteísmo.

Algumas religiões presentes na Humanidade:

Judaísmo – livro Bíblia (antigo testamento), profeta Moisés. Variação: diferentes vertentes denominadas evangélicas.
Cristianismo – livro Bíblia (novo testamento), profeta Jesus. Variação:  vertentes entituladas como protestantes.
Islã – livro Corão, profeta Maomé ( o último profeta direcionado por Deus), escrito em 630 d.C – aberto à todos que desejarem seguir.
Doutrina Espírita.
Hinduísmo.
Budismo.


1 – Segundo Jesus, no Evangelho de João, futuramente haverá na Terra “um rebanho e um pastor”, dando a entender que haverá uma única religião. Podemos dizer que essa religião será o Espiritismo?
As religiões atendem à diversidade humana, envolvendo país, região, cultura, tradição e outros aspectos. Demandará milênios essa realização preconizada por Jesus, com os homens irmanados em torno de seu nome e de sua doutrina.

2 – Qual o papel do Espiritismo, em favor dessa realização?
A Doutrina Espírita vem numa vanguarda de idéias, oferecendo-nos uma visão bastante objetiva a respeito das indagações existenciais. Mostra de onde viemos, por que estamos na Terra, e para onde vamos. Fatalmente exercerá influência na reformulação teológica das religiões tradicionais.

3 – Os princípios espíritas serão assimilados por outras religiões?
Sem dúvida. Mais cedo ou mais tarde, a Reencarnação, a Lei de Causa e Efeito e a Sintonia Mediúnica, que distinguem a Doutrina Espírita, serão reconhecidos como leis naturais.

4 –Não são meras idéias…
Exatamente. Assim com Newton não inventou a lei de gravitação universal, apenas a definiu, o Espiritismo apenas enuncia essas leis, que regem nossa evolução.

5 – Os princípios espíritas trilharão o mesmo caminho? Serão reconhecidos primeiro como leis naturais, pela Ciência, e depois assimilados pelas religiões?
Sim. Será algo semelhante ao que ocorreu com a questão envolvendo a Terra como centro do universo, dogma religioso que foi rompido pela ciência, a partir de Nicolau Copérnico e Galileu Galilei. Poderia ser mais fácil se não existisse o dogma, a fechar as portas à razão, no enunciado do pensamento religioso tradicional.

6 – Quais as conseqüências disso, em relação às religiões ortodoxas?
Haverá uma revolução teológica. Idéias como a unicidade da existência, o inferno, as penas eternas, os eleitos de Deus e o juízo final, cederão lugar a uma visão mais coerente com a bondade e a justiça de Deus, mostrando o homem como um passageiro da eternidade, a caminho de gloriosas realizações.

7 – E quanto ao Evangelho?
O Evangelho é o código universal. A moral ensinada e exemplificada por Jesus indica o melhor comportamento para que possamos cumprir a Vontade de Deus. Está para os princípios espíritas como código de ética médica está para o exercício da medicina.

8 – Qual a relação?
Um médico pode conhecer profundamente a técnica e a teoria inerente ao seu trabalho, mas será um mau profissional se não orientar-se pelo código de ética que rege a Medicina. Os princípios espíritas explicam os mecanismos da existência. O Evangelho ensina a ética da Vida. É importante conhecer as leis que nos regem. Indispensável nos ajustarmos a elas, algo que não pode ser realizado sem a vivência evangélica.

O ESPIRITISMO E AS OUTRAS RELIGIÕES

A palavra ‘religião’ vem do latim, do verbo 'religare', que significa 'religar'. A partir de sua própria etimologia, a função de uma religião deve ser a de tentar levar seus seguidores a estabelecer ligação com o plano espiritual. Hoje religião se mostra tão somente como um conjunto de sistemas culturais e de crenças, além de visões de mundo, que estabelece os símbolos que relacionam os seus seguidores com a espiritualidade e seus próprios valores morais. Muitas religiões têm narrativas, símbolos, tradições e histórias sagradas que se destinam a dar sentido à vida ou explicar a sua origem e do universo. As religiões tendem a derivar a moralidade, a ética, as leis religiosas ou um estilo de vida preferido de suas ideias sobre o cosmos e a natureza humana, passando a ser tão somente um sistema regulador da moral daqueles que a professam, através de constantes ameaças de punição. É uma tentativa de agradar a um deus desconhecido que “precisa” ficar satisfeito para não se encolerizar e mandar castigos para aqueles que se rebelam contra sua suposta lei. Lembremo-nos que Deus É. Consequentemente, Ele não precisa de mim, nem de ninguém. Nós, na verdade, somos os necessitados. Toda religião ensina e tenta tornar seus seguidores em pessoas éticas. A ética da convivência pacífica e honesta. Ora, como se pode então conceber alguém que se diz católico, ou evangélico ou espírita e leva uma vida de desonestidades, de falta de respeito para consigo mesmo e, sobretudo, para com os seus semelhantes? Como se pode compreender alguém que professa uma ética religiosa e vive uma vida de orgulho, prepotência e arrogância? E muitos ainda ainda argumentam que assim são e os outros que os aceitem assim. Onde ficam, então, as propostas do Cristo a quem dizem ser seguidores que nos convocam a mudanças íntimas para que possamos alcançar a verdadeira felicidade? A palavra religião é muitas vezes usada como sinônimo de fé ou sistema de crença, mas a religião difere da crença privada na medida em que tem um aspecto público. A maioria das religiões tem comportamentos organizados, incluindo hierarquias clericais, uma definição do que constitui a adesão ou filiação, congregações de leigos, reuniões regulares ou serviços para fins de veneração ou adoração de uma divindade ou para a oração, lugares (naturais ou arquitetônicos) e/ou escrituras sagradas para seus praticantes. A prática de uma religião pode também incluir sermões, comemoração das atividades de um deus ou deuses, sacrifícios, festivais, festas, transe, iniciações, serviços funerários, serviços matrimoniais, meditação, música, arte, dança, ou outros aspectos religiosos da cultura humana. A pergunta feita atualmente e com certa frequência é “Religião salva?”. E a resposta é “NÃO”. Nem o Espiritismo ou qualquer outra religião salva. Primeiro, entendamos que ‘salvar’ é um verbo que inclui ‘de que’. Salva-se de um perigo, por exemplo. Se uma religião insiste em salvar é porque existe uma ameaça declarada ou velada para me levar a um determinado comportamento. ‘Salvar’ é tomar consciência da Verdade e o que faz o Espírito se salvar, nesse sentido, é o esforço da pessoa em praticar boas ações, instruir-se para vencer suas más inclinações, adquirir sabedoria e fazer todo o bem possível ao seu próximo. O que salva é a doutrina de Jesus, explicitada em seu Evangelho. Para os que ainda não sabem, Jesus é a entidade, ou espírito, responsável pelo nosso planeta Terra. Ele esteve aqui, no plano físico para revelar a Lei na sua maior clareza. Todo aquele que a compreende e a vivencia em espírito e verdade, entrará no Reino de Deus, ou seja, no mundo do entendimento da realidade. Antes de partir, depois de Sua experiência entre nós, Jesus Cristo nos prometeu o Consolador Prometido e o Consolador Prometido por Jesus é a Doutrina Espírita. Ela veio fazer renascer no mundo a doutrina do Cristo, o Cristianismo, que estava esquecida, abafada pela falta crença(ceticismo) do século XIX.. Trouxe as explicações necessárias às palavras de Jesus, que permaneceram envoltas em um véu desde o seu aparecimento. Alargou os horizontes do conhecimento humano falando ao homem de suas origens, de seu destino e de seu objetivo como Espírito imortal. O Espírito de Verdade é a expressão do pensamento divino manifesto nos Espíritos Superiores responsáveis pela Codificação kardequiana. É um grupo de Espíritos que trabalham em nome do Bem e para estabelecimento do Reino de Deus na face da Terra. O Espiritismo é, pois, uma doutrina cristã. O Espiritismo é muito mais do que uma religião. No Evangelho Segundo o Espiritismo, há um texto do Espírito de Verdade, no capítulo VI, item 5, que assim nos fala: "Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram são de origem humana...". E ainda um comentário de Alan Kardec, no capítulo XVII, item 4, que resume: "O Espiritismo não cria uma nova moral, mas facilita aos homens a compreensão e a prática da moral do Cristo ao dar uma fé sólida e esclarecimento aos que duvidam ou vacilam". Rejeitar o caráter cristão do Espiritismo é rejeitar toda a essência da doutrina, que é a mesma da doutrina de Jesus. Os intelectuais, de uma maneira geral, rejeitam secularmente a religião ou tudo o que se envolve com ela, pois julgam que tais instituições são castradoras da liberdade. Mas, no caso de intelectuais espíritas, tal atitude é incompreensível. Os ensinamentos dos Espíritos superiores resumem a questão, dizendo que o Espiritismo não só é cristão, como é o próprio Cristianismo que ressurge mais forte, trabalhando com a racionalidade, ampliando o conhecimento do homem e endereçando o mesmo ao entendimento de si mesmo.
O que mais é motivo de rejeição por parte dos adeptos de outras religiões, católicos e evangélicos, é a REENCARNAÇÃO. Exatamente o fato que fundamenta a justiça divina e dá mais lógica e sentido às nossas vidas. Para entender o Espiritismo, é preciso saber que a base de toda a religião está exposta nas cinco obras de Allan Kardec. O Espiritismo é uma fé e uma doutrina cujas manifestações – contato com espíritos, regressões a vidas passadas e textos psicografados – poderiam ser comprovadas através do método dedutivo herdado da ciência. Segundo o Espiritismo, todo homem é um médium, um canal de comunicação entre os vivos e os espíritos. Por isso, não existe um papa espírita nem qualquer tipo de hierarquia dentro da religião (a ausência de paramentos e cerimoniais também é uma característica “racionalista” dentro da fé espírita). Nos centros espíritas, por exemplo, a função de liderança geralmente está reservada ao médium mais experiente ou ao próprio fundador do centro. A simplicidade pregada pelo Espiritismo também estaria explicitada pela inexistência de grandes rituais de passagem como casamentos, batismos e enterros. Isso porque os espíritas acreditam ser desnecessário o vínculo com Deus – “a inteligência suprema”, como prega Allan Kardec. Céu, inferno e diabo virtualmente não existem no horizonte espírita. Isso porque o Bem e o Mal podem estar dentro de cada um, sem que haja a necessidade de uma localização para cada um. “Fora da caridade não há salvação”, prega a mais famosa frase de Allan Kardec. Pode-se discordar ou mesmo refutar desdenhosamente os princípios do Espiritismo. Porém, é virtualmente impossível fazer troça ou ignorar o legado de respeito ao próximo difundido por essa religião. Um princípio que, tranquilamente, pode ser seguido por qualquer um que habite o nosso planeta. Acredite em Deus ou não. A religião espírita não é a religião do maravilhoso, do sobrenatural, do mágico, do oculto, do mistério, pois “toda a sua extensão é alcançável através do conhecimento” (A. Grimm). Na visão espírita, a interpretação religiosa não está isolada de outros segmentos de entendimento humano, como a ciência e a filosofia. A ciência, a filosofia e a religião são interdependentes e se completam, resultando em um quadro muito mais amplo de entendimento do ser humano e da vida do que cada uma delas consideradas isoladamente. Para a Doutrina, a religião não necessita de templos, de cultos, de cerimônias, de rituais, de fórmulas, de prescrições, de sacrifícios, de promessas, de sacramentos. Ser religioso, para a Doutrina, não é pertencer a uma igreja, a uma instituição formal. Não há necessidade de sacerdotes; não há intermediários na ligação entre pessoa, criatura, e o seu Criador, Deus. O Espiritismo NÃO vincula a si, como as outras religiões fazem, os conceitos de salvação, de culpa, de castigo, de pecado, mas sim aos de consciência, responsabilidade, avaliação crítica dos atos praticados. A religião espírita é uma religião interior. É transformação individual e isso significa que ninguém poderá fazer algo por mim, para que eu me salve. O Espiritismo prega ,de maneira intensa e extensa, a modificação de comportamento da pessoa segundo valores que ampliam a consciência de sua unidade com o Criador. Modificar não para agradar a Deus, mas para que possa assim alcançar a felicidade que tanto deseja. O Espiritismo não é a doutrina da negação, da condenação, do não, mas a doutrina da responsabilidade e da transformação.


Palestra (ainda não ouvi)


O Espiritismo e as religiões
Grupo Espírita Bezerra de Menezes
Só o Espiritismo salva?
Não é o Espiritismo ou qualquer outra religião que salva. O que faz o Espírito se salvar (tomar consciência da Verdade) é seu esforço em praticar boas ações, instruir-se para vencer suas más inclinações, adquirir sabedoria e fazer todo o bem possível ao seu próximo. O que salva é a doutrina de Jesus, entidade responsável pelo planeta, que esteve no plano físico para revelar a Lei na sua maior clareza. Todo aquele que a compreende e a vivencia em espírito e verdade, entrará no Reino de Deus, ou seja, no mundo do entendimento da realidade.
Porque o Espiritismo teve seu início na Europa e não se desenvolveu? O Brasil é a maior pátria espírita no mundo?
No princípio, quando surgiu a Doutrina Espírita, havia um espírito da época, onde se achava que os ensinamentos da Espiritualidade iriam transformar o mundo para melhor em alguns anos. Certos Espíritos que trabalharam na Codificação e o próprio Allan Kardec assim pensavam. Porém, a história tomou outro rumo. O planeta ainda iria ter de conviver com uma forma bem mais perniciosa de materialismo, ou seja, aquela que hoje predomina na sociedade, onde o ser humano é tratado como mero objeto de consumo. O positivismo da época relativa ao nascimento do Espiritismo desapareceu. Infelizmente o sistema planejado pelo Codificador para dar corpo ao movimento espírita nascente não foi criado. Sem método, sem organização racional e homens de coragem, a doutrina simplesmente desapareceu da Europa. Transferida para o Brasil por alguns intelectuais, a Doutrina continuou não encontrando espaço para se desenvolver conforme esperava Kardec. Transformou-se num movimento caracterizado pela total ausência da metodologia kardequiana, com tendências católicas e segmentos fanáticos que cultivam a idolatria de vivos. Um espírito chamado Ismael, ligado às teses do advogado francês Jean Baptiste Roustaing, usando de uma política católica chamada "unificação" (que mantém a unidade na Igreja), sufocou todos os esforços em se kardequizar o sistema. Pode-se dizer que o Brasil é o maior país espírita do mundo. Mas não é por nenhuma razão especial. Simplesmente é porque quase não há "Espiritismo" em outros lugares do mundo. Enquanto aqui existe cerca de oito mil casas espíritas, no resto do mundo elas não passam de alguns centenas.
Quem é o Consolador Prometido por Jesus: Espírito de Verdade? Jesus? A Doutrina?
O Consolador prometido por Jesus é a Doutrina Espírita. Ela veio fazer renascer no mundo a doutrina do Cristo (cristianismo) que estava esquecida, abafada pelo ceticismo do século XIX.. Trouxe as explicações necessárias às palavras de Jesus, que permaneceram envoltas em um véu desde o seu aparecimento. Alargou os horizontes do conhecimento humano falando ao homem de suas origens, de seu destino e de seu objetivo como Espírito imortal. O Espírito de Verdade é a expressão do pensamento divino manifesto nos Espíritos Superiores responsáveis pela Codificação kardequiana. É uma plêiade de Espíritos que trabalham em nome do Bem e para estabelecimento do Reino de Deus na face da Terra.
Algumas pessoas pretendem retirar o caráter religioso do Espiritismo. O que vocês acham? O Espiritismo é Cristão ou não?
Transcreveremos abaixo a opinião do Espírito de Verdade, encontrada no Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo VI, item 5: "Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram são de origem humana...". E ainda um comentário de Alan Kardec, no capítulo XVII, item 4, que resume esta polêmica a zero: "O Espiritismo não cria uma nova moral, mas facilita aos homens a compreensão e a prática da moral do Cristo ao dar uma fé sólida e esclarecimento aos que duvidam ou vacilam". Rejeitar o caráter cristão do Espiritismo é rejeitar toda a essência da doutrina, que é a mesma da doutrina de Jesus. Os intelectuais, de um maneira geral, rejeitam secularmente a religião ou tudo o que se envolve com ela, pois julgam que tais instituições são castradoras da liberdade. Mas, no caso de intelectuais espíritas, tal atitude é incompreensível. Os ensinamentos dos Espíritos superiores resume a questão, dizendo que o Espiritismo não só é cristão, como é o próprio Cristianismo que ressurge mais forte, trabalhando com a racionalidade, ampliando o conhecimento do homem e endereçando o mesmo ao entendimento de si mesmo.
Como é a hierarquia do movimento espírita? Como o movimento faz para se defender de seitas que se intitulam espíritas e que não seguem o kardecismo?
Não há hierarquia no Movimento Espírita. Todos são livres para praticarem o Espiritismo como bem entendem. Isso, por um lado tem vantagens, mas apresenta também seus problemas. A liberdade excessiva e a falta de compromisso com alguma coisa superior, levou ao enfraquecimento das práticas, dando origem a distorções, condutas e pensamentos que envolvem os adeptos da Doutrina Espírita. Os espíritas nada fazem para se defender daqueles que se intitulam "espíritas", sem o ser. Na maioria das vezes, esperam que o tempo resolva o problema ou freqüentemente nem se importam com isso.
A Religião deve temer a Ciência?
Ciência e Religião é igual a razão e fé. Toda fé deverá ser fundamentada na razão, caso contrário sucumbirá às evidências do progresso da ciência. Allan Kardec nos diz que "fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade". Com o progresso da humanidade, ciência e religião caminharão juntas. Assim é a Lei. Infelizmente, muitas religiões ainda têm a ciência como inimiga da fé.
Como os espíritas celebram o Natal (nascimento de Jesus Cristo) e a Páscoa (ressurreição de Jesus Cristo)?
Da mesma forma que qualquer cristão, com o respeito que as datas merecem. Entretanto, não se pode esquecer que essas datas estão inseridas em um contexto comercial, com forte apelo consumista, que deve deixar alerta qualquer pessoa sensata. Sabe-se que a data do Natal foi criada muito depois do nascimento de Jesus, no ano de 749, quando o imperador Bernardino, o Pequeno, por ocasião da inauguração da Nova Roma, aproveitou a data festiva (25 de dezembro) e instituiu como o dia do nascimento de Jesus. Embora a data comemorada não seja a real, pois na verdade não se sabe ao certo o dia em que nasceu o Mestre, ela tem seu valor por concentrar um número grande de bons pensamentos nessa época, onde as pessoas, por seus sentimentos inatos de religiosidade, ficam mais dóceis, amáveis e fraternas. A Páscoa é uma festa judaica que comemora a saída do povo hebreu do Egito. Como nesse dia foi realizada a crucificação de Jesus, os cristãos absorveram, desde aí, como comemoração de Sua imolação. Deve ser vista apenas como um festa cultural religiosa, sem maiores conseqüências.
Como os espíritas avaliam as diversas religiões orientais espiritualistas, que desenvolvem, também, um trabalho voltado para a evolução do ser humano tendo o altruísmo como ensinamento básico?
O Espiritismo é a doutrina de Jesus e, como tal, oferece aos homens a possibilidade de libertar-se da situação de ignorância espiritual, através de Seus ensinamentos, que se sustenta basicamente no exercício do amor ao próximo. Portanto, todas as doutrinas que professem o mesmo sentimento podem levar o homem a compreender melhor sua essência divina. Entretanto, as religiões orientais por desconhecerem os ensinos libertadores de Jesus, embora tenham conhecimento da imortalidade do Espírito, permanecem presas ao atraso material e intelectual reinante nas regiões onde se localizam. Certamente, são religiões que foram criadas para atender um fim específico, ligado ao desenvolvimento de Espíritos encarnados em determinadas áreas do planeta. Mas, de um modo geral, não se coadunam com a modernidade do mundo ocidental, nem com as necessidades dos seus habitantes. A doutrina de Jesus é superior a elas em todos os sentidos, pois não se atrela a ritualismos, exterioridades, nem fanatismos.
É normal que nos Centros Espíritas haja imagens de "preto-velho" ou qualquer tipo de imagens e quadros?
A Doutrina Espírita direciona o homem em busca do entendimento de si mesmo, libertando-o da ignorância das coisas essenciais. As imagens de qualquer natureza denotam o apego do homem à idolatria e aos costumes de suas antigas crenças. Não faz sentido existir imagens em centros espíritas, quer sejam de pretos-velhos, Nossa Senhora ou Jesus, quer sejam quadros de Espíritos benfeitores como comumente se vê. A casa que acolhe esse costume com naturalidade, certamente está ainda sob o jugo do atraso. Falta-lhe o hábito do estudo libertador. Como o costume católico está impregnado na consciência dos espíritas, comumente se vê nos centros quadros dos grandes luminares do Movimento Espírita, alguns ainda encarnados, o que denota uma condição de fanatismo e idolatria.
O que o Espiritismo entende a respeito do que é o Espírito de Verdade?
O Espírito de Verdade é um corpo de idéias trazidas para nós por iluminados missionários de Deus, sob a égide de Jesus Cristo. Não é uma única entidade como a igreja fez crer por longos anos (e ainda acredita até hoje), mas uma plêiade de Espíritos que trabalham em nome do Bem. O Espírito de Verdade e o Espírito Santo são a mesma coisa, ou seja, esse conjunto de idéias que move o mundo em direção à Verdade, à Justiça e à Paz.
Por que a Doutrina Espírita não aceita o Antigo Testamento, como um livro confiável, sendo que Jesus testifica todos eles como inspirados por Deus?
A Doutrina Espírita aceita a Bíblia como um livro de muita sabedoria, pois é lá que estão todos os fundamentos da mensagem de Deus aos homens. Allan Kardec e os Espíritos superiores tratam das Escrituras Sagradas com muito respeito e com o devido valor. O Velho Testamento se ocupa da Lei antiga e o Novo Testamento, da Boa Nova que Jesus, o Cristo, trouxe à humanidade, para todos os tempos. Não sabemos onde você ouviu esta informação, mas saiba que ela não é verdade. Os espíritas que acham que a Bíblia não é confiável estão equivocados e muito longe da compreensão da profundidade da Doutrina Espírita.
Qual a importância de Moisés? Podemos, como espíritas, nos ocupar de seus escritos?
Moisés foi o homem escolhido por Deus para semear entre os primitivos a lei de todos os tempos e de todos os povos. Estruturou-a em Dez Mandamentos, resumindo os deveres que fariam das criaturas, homens de bem. Ao lado disso, porém, estabeleceu leis disciplinares que pudessem deter uma comunidade de homens primitivos dentro de um sentido mínimo de convivência. Há, portanto, que se separar o que é divino (Lei de Deus) do que é humano (lei disciplinar) na obra desse legislador hebreu. A grande missão dele foi preparar o terreno para que mais tarde Jesus pudesse semear a mensagem da fraternidade universal. Recebeu, portanto, a Primeira Revelação de Deus aos homens. A Lei disciplinar de Moisés está contida nos cinco livros atribuídos a ele: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. A Lei divina são os Dez Mandamentos. Como espíritas temos o dever de saber a gênese de nossa doutrina que não é outra senão a do Cristo, que por sua vez, veio desdobrar os Dez Mandamentos da Lei de Deus.
Porque diz-se que o Espiritismo é a Terceira Revelação?
O Espiritismo é a Terceira Revelação de Deus aos homens. Antes dela vieram a Primeira, com Moisés e a Segunda, como Jesus Cristo. É uma Revelação porque mostra a existência e natureza do mundo espiritual e suas relações com o mundo material; desenvolve, completa e explica o que foi dito de forma alegórica por Jesus; dá um sentido à vida e explicação lógica ao sofrimento e dificuldades vivenciadas pelas criaturas e abre um vasto campo de possibilidades de crescimento e dá ao homem a definitiva certeza de sua imortalidade e universalidade. Allan Kardec diz: “Ele (o Espiritismo) é portanto obra do Cristo, que o preside, assim como preside ao que igualmente anunciou: a regeneração que se opera e que prepara o Reino de Deus sobre a terra” – (Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 1, 7).
O que é niilismo. O que se entende por postura niilista da vida?
O niilismo é a doutrina do nada. A postura niilista da vida é a maneira imediatista do homem ver a vida, sem a salutar confiança no futuro. A idéia de que a vida se resume entre o nascer e o morrer tem sido a grande razão pela qual a humanidade se mantém no atraso moral. A dúvida sobre o futuro faz com o que o homem concentre seus pensamentos apenas na vida terrena. Sem idéia do porvir, dedica-se inteiramente ao presente, depositando sobre ele todas as suas esperanças de felicidade. Considera os bens terrenos muito preciosos e sua perda causa-lhe pungente dor e sofrimento.
A idéia da nulidade é o mais grave engano da humanidade, o que leva o homem a posturas de extremo egoísmo que tem caracterizado o comportamento em todos os tempos. Com esse pensamento, o homem elaborou seu alicerce em valores transitórios, dando à vida uma importância calcada unicamente na aquisição de riquezas materiais, único bem a que se dispõe adquirir. Tivesse a idéia da conseqüência danosa desse pensamento para a sociedade e para a edificação de seu Espírito imortal, trataria de rever urgentemente seu ponto de vista. Sem perspectivas de futuro (para o Espírito) todas as suas lutas resumem-se em superar o outro, em contraponto com o verdadeiro objetivo da vida, que é a superação de si mesmo. Como a idéia da vida futura lhe é vaga, e às vezes resume-se apenas a frágeis concepções religiosas ou filosóficas, trata de suprir apenas o presente, esbaldando-se em esforços nas conquistas da matéria, única coisa real e justificável em sua ótica niilista.
Qual o papel do Espiritismo no mundo de regeneração?
O Espiritismo tem preponderante papel nesse processo. Deverá oferecer aos homens as ferramentas para a compreensão das leis de Deus. Ou seja, dar aos homens as condições de entendimento a fim de que possa promover a paz pessoal e coletiva. Os centros espíritas poderão ser estruturados de forma a ensinar a conduta cristã aos homens, que a absorverão com facilidade e rapidez. Serão, no mundo de regeneração, o que deveriam ser hoje, ou seja, núcleos equilibrados onde o homem possa abastecer-se da mensagem de Deus, sem os fanatismos, sem fantasias e idolatrias de vivos, próprios de mundos atrasados. Templo e escola, oferecendo os saberes humano e divino. O Espiritismo oferece um vasto horizonte de crescimento, explicando ao homem sua origem e a origem de seus males. Através da compreensão de seus princípios de reencarnação e da lei de causa de efeito, a humanidade poderá mudar seu ponto de vista e assim melhorar suas condições de vida terrena.
Como proceder para realizar o Culto do Evangelho no lar?
O culto do Evangelho no lar é muito simples e traz grandes ensinamentos e equilíbrio para a família. Deveria ser um hábito de todos as pessoas que se dizem cristãs. Não existe uma fórmula, mas pode-se dar alguns conselhos nesse sentido. Faz-se uma prece no início, pedindo a proteção de Jesus. Lê-se um trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo, do Novo Testamento ou de livros e mensagens de procedência idônea. Faz-se breves comentários, de maneira que todos exponham seus pensamentos sobre a lição. Depois, o mais experiente fecha o comentário, se houver necessidade. A seguir realiza-se a prece de encerramento e está feito. Dura, no máximo, 30minutos (de 15 a 30). Numa reunião dessa natureza não comporta manifestações de Espíritos, mesmo que sejam supostos guias familiares. Se houver insistência dos Espíritos para essa prática deve-se ter cautela e observar duas coisas: ou o grupo está sob influência de Espíritos pouco esclarecidos ou conta com a presença de alguma pessoa em desequilíbrio de sua mediunidade. O lugar de manifestações de Espíritos é nas reuniões criadas para esse fim, nas casas espíritas.
Tenho um colega, que já foi espírita e hoje é presbiteriano, que afirma ter evoluído ao abraçar a nova doutrina espiritual. Diz, ainda, o referido rapaz, que as lembranças de vidas passadas, tão bem documentada pela Doutrina Espírita, não passam de recordações provenientes do inconsciente coletivo, fato cientificamente comprovada. Sempre ouvi dizer que a nossa doutrina caminha lado a lado com a ciência e isso foi o que me trouxe a ela. Como argumentar?
Em primeiro, dizemo-lhe que não adianta argumentar as teorias da Doutrina Espírita com os irmãos protestantes. Embora seja uma crença séria e muito ligada aos valores do Espírito (exceção feita às pentecostais, que mercadejam com as coisas de Deus), eles se apegam demais à letra das Escrituras e não adentram no espírito dela. E como diz nosso mestre Paulo de Tarso, a letra mata e o espírito (da letra) vivifica.
Não nos causa surpresa a afirmativa dele de que tenha evoluído ao deixar a Doutrina e entrar no presbiterianismo, que é de muita seriedade. Deve ter tido contato com algo que nada tem a ver com o Espiritismo, como estamos cansadas de ver por esse país a fora. Pois, digo-lhe que quem compreende de fato a Doutrina dos Espíritos dela não quer mais se afastar. Mas nem sempre é assim.
A certeza da reencarnação é única e exclusivamente a crença na justiça divina. Se Deus é bom, justo e perfeito, jamais criaria um mundo de desigualdades, sem que suas criaturas tivessem novas chances de se redimir de seus erros. Seria injusto e incompreensível. A tese do inconsciente coletivo é usada largamente pelas ciências psíquicas, que sem acreditar em nada além desta vida, acharam este gancho para explicar os tantos fatos inexplicados de loucura, desajustes, acessos de ódio, violência etc. Essa tese anula a individualidade após a morte e me admira que doutrinas tão belas como o protestantismo, defenda isto que nada mais é que o materialismo escondido por trás da ciência, que lhe dá o aval de seriedade. É a condição de atraso da humanidade. Sugiro que não procure argumentar, mas leia o capítulo IV do Evangelho Segundo o Espiritismo e o Livro dos Espíritos, no capítulo VI também, perguntas 166 a 221.
Qual a visão espírita com respeito a centenas de pessoas que morrem em acidentes naturais como o que ocorreu no terremoto da Turquia há pouco tempo? Como explicar um acidente de avião onde outras centenas de pessoas morrem? Será que todas tinham que morrer daquela maneira? E o que dizer de um motorista que dorme ao volante de um ônibus levando todos os passageiros à morte? Esse motorista foi um instrumento, quer dizer ele estava fadado a cometer esse ato, causando a morte dessas pessoas que tinham que morrer? Ou será que o descuido do motorista levou todas aquelas pessoas à morte sem necessidade?
Para bem compreender o tema sugerimos a leitura do capítulo VI de O Livro dos Espíritos, sobre guerras, destruição e flagelos. As mortes nem sempre estão programadas, pois muitas vezes são conseqüências do descuido e irresponsabilidade de alguns. Mas, nos grandes acidentes, muitos expiam seus débitos. De todo modo, no mundo atual, devido à situação de dificuldade moral que se vive, muitas pessoas retornam prematuramente por conta dos excessos de toda ordem. Os acidentes por negligência não estão programados e seria injusto se o fossem, mas nessas situações alguns se encontram em situação de resgate, outros já terminaram mesmo sua jornada e outros vão antes da hora. Em tudo , a Lei de Deus, mesmo que nos escape ao entendimento. Sugerimos o estudo de todo o capítulo IV de O Livro dos Espíritos.
Atualmente, temos visto muitos problemas com comunidades carentes e formamos uma Instituição cujo objetivo principal é a filantropia. Estamos atendendo semanalmente 40 (quarenta famílias), sendo estas de diferentes religiões. Seria prudente entrarmos com a divulgação de nossa doutrina?
Existe um equívoco quanto ao que se faz em todo o Brasil em termos de Espiritismo. Por toda parte se pratica apenas assistencialismo. A Doutrina Espírita não veio à humanidade para assistir o homem em suas necessidades materiais. Sua missão principal é a de esclarecer a respeito da verdade em todas as suas conseqüências. Isso, pouca gente sabe fazer de maneira produtiva.
A assistência social deve ser praticada pelos grupos espíritas, mas como conseqüência do entendimento de que é preciso fazer alguma coisa para ajudar quem tem fome. Mas, se não ensinarmos aos homens o caminho do Evangelho, quando desencarnarem, permanecerão em trevas. Concluí-se daí, que o verdadeiro alimento é o conhecimento. O verdadeiro espírita não faz apenas filantropia sem ensinar a Doutrina que liberta o Espírito.
Como interpretar o culto do Candomblé?
O Candomblé é um culto africano. Os negros africanos, ao chegarem ao Brasil, trouxeram um culto primitivo, oriundo de sua pátria, conhecido como Candomblé. Cultuavam alguns deuses chamados por eles de "orixás". Essas divindades seriam, por um lado, ligadas à natureza e por outro aos homens. Praticantes seculares do mediunismo, os negros adeptos do Candomblé, não aceitavam e não aceitam até hoje, a "incorporação" em seus médiuns de Espíritos de "mortos". No Candomblé um Espírito errante é chamado de "egum". Nos terreiros de Candomblé, só se manifestam mediunicamente as divindades chamadas de "orixás".
O Panteão Africano constitui-se basicamente por sete Orixás Maiores e ainda por muitos Orixás Menores. Os primeiros, são voltados para o lado mais divino da obra de Deus. Os últimos, são mais ligados à própria criatura humana.
Os "orixás", ao presidirem a própria natureza através de seus agentes, trariam em si características de personalidade que os ligariam a determinados estados evolutivos da espécie humana. A vibração provocada pelo tipo de personalidade de um certo indivíduo, vai colocá-lo sob a influência de determinado "Orixá". Diz-se, então, que ele é oriundo daquela faixa psíquica, ou como fazem no Candomblé, que ele é "filho de Santo". Nada tem a ver com Espiritismo.
Gostaria de saber se em um centro espírita, onde tudo foge da Doutrina de Allan Kardec como: não tem hora para começar e nem terminar, assuntos supérfluos, moral do dirigente inadequada, consultas nos trabalhos mediúnicos, etc., um médium pode se afastar da tarefa por não concordar com o trabalho? Haverá influência negativa em sua vida? A mediunidade ficaria desequilibrada? Seria falta de caridade?
A respeito de suas perguntas, e levando em consideração seu relato, temos a dizer que estará melhor longe desse grupo, pois está sob jugo de Espíritos atrasados. Procure um grupo sério onde você possa estudar a Doutrina com dedicação e discernimento. Se não encontrar, estude em casa e visite os sites sérios sobre o Espiritismo, lendo os trabalhos escritos sobre as atividades doutrinárias. Estará melhor assistida e terá mais proveito, sem dúvida. Se puder esclarecer outras pessoas de lá sobre essas coisas, tanto melhor. Alguns não sabem que estão se prejudicando nesse tipo de núcleo em completo desequilíbrio. Existem muitos assim, sem dúvida.
Os Adventistas do Sétimo dia e os Judeus têm o dia do Sábado como dia escolhido por Deus para a louvação. Faz parte dos Dez Mandamentos das Antigas Escrituras. Gostaria de saber mais a respeito disso, pois tenho parentes adventistas e amigos judeus, que combatem o Catolicismo por "guardarem" o Domingo.
Guardar o sábado ou o domingo é apenas uma questão de forma. Quando as Leis vieram através de Moisés, o sábado já era um dia reservado à adoração pelos povos antigos. Santificar o dia de Sábado, na verdade quer dizer que pelo menos um dia da semana o homem teria que se dedicar às coisas de Deus. Mas tanto pode ser sábado, como domingo, como qualquer outro dia. É apenas uma questão de forma. Na verdade o homem de bem teria que se dedicar a observar a Lei todos os dias. Mas ainda somos atrasados para compreender isso. Que seja pelo menos em um dia. Não faz sentido achar que é neste ou naquele. Pensar assim é grande sinal de atraso espiritual ainda.
Porque o Espiritismo não aceita banhos, velas, sal, talismãs e outras coisas e usa água fluidificada e passes? Onde Kardec falou desse procedimento?
Importante se definir sob qual orientação espiritual queremos nos manter. O Espiritismo é uma doutrina codificada por um missionário chamado Allan Kardec. Em todos os seus ensinamentos, ele e os Espíritos superiores que trabalhavam com ele, nunca prescreveram qualquer tipo de talismã ou objetos que pudessem servir para ajudar uma pessoa na solução dos seus problemas. Ora, quando examinamos os ensinamentos do Cristo, também encontramos o mesmo espírito. Kardec afirma que certas pessoas utilizam de objetos materiais para despertar a sua fé. Mas deixa claro que isso é uma estreiteza de visão desses Espíritos. Claro, uma doutrina não pode nivelar seus conceitos por princípios ligado à transitoriedade e relatividade das coisas. Quem precisa de objetos para despertar sua fé está mais atrás na senda do progresso e não deve, em hipótese alguma, ser tomado como exemplo a ser seguido.
O passe nada mais é que a imposição das mãos, ensinada por Jesus e muito utilizada na época do Codificador para magnetizar enfermos e obsediados. Quanto à água fluidificada, ela fundamenta-se no princípio de que os objetos materiais podem ser magnetizados. No caso da água, supõe-se que ela seja o elemento mais fácil de receber energias, por causa de sua natureza etérea. Daí nasceu a idéia de se magnetizar esse elemento, para os enfermos pudesse utilizá-los no tratamento de suas doenças. Nas Obras Básicas e na Revista Espírita, Allan Kardec fez longos e sérios estudos sobre o magnetismo e natureza e utilização dos fluidos humanos e espirituais.
A Bíblia condena o Espiritismo?
A Bíblia não condena o Espiritismo, pois o termo Espiritismo surgiu em 1857 com Kardec. O que a Bíblia proíbe, e com justiça, é a pratica da mediunidade de forma incorreta. E a mediunidade não é exclusividade do Espiritismo. Este comentário existe porque Moisés proibiu a evocação dos mortos, pois essa prática havia se tornado um abuso entre os judeus, com videntes sendo consultadas a todo instante, por motivos fúteis, causando grande confusão na coletividade.

 Prof. Wilma