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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Religião e Religiosidade - juventude - 26/04/2014


Aula Religião e Religiosidade

Tema do mês: MUNDO ESPÍRITA                                                   Data: 26Abril 2014

Tema Central: Religião e Religiosidade

Objetivo Formativo: Desenvolver sentimento de gratidão e reverência a Deus.
Objetivo Informativo: Reconhecer que a essência divina está presente em todo o universo.
Objetivo da aula: Concluir que a religiosidade é vivenciar os ensinamentos de Deus nas atitudes do cotidiano de cada um.


Prece inicial: 03´

Incentivo Inicial: O que isto significa pra mim? 15’
Distribuir as frases entre os jovens e pedir para eles interpretarem a frase sob sua ótica e sentimento.

"Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor de sua pele, ou seus antepassados, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender a odiar, e se elas podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar, porque o amor chega mais naturalmente ao coração do homem do que o seu oposto." – Mandella


"Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível." São Francisco de Assis


Desenvolvimento: Roda viva: a religião e eu – 35 minutos
Vamos formar uma grande roda e ela será viva porque estamos vivos e ávidos pela troca de experiências e conhecimentos.
Nesta roda, cada um vai colocar uma pergunta e escolher quem dará a resposta e daí vamos conhecer o e discorrer sobre o tema da aula.

1.     Para você o que é religião ?
2.    Você acredita que o Espiritismo é a única religião que nos salvará dos males que trazemos conosco ao longo da nossa caminhada espiritual ? Por que ?
3.    O que você entende por religiosidade ?
4.    Podemos afirmar que toda pessoa que tem uma religião é religioso ? Por que ?
5.    Você concorda em prejudicar algum elemento da Criação Divina em nome da tua fé ? Por que ?
6.    Como você acha que podemos vivenciar o Evangelho de Jesus ?

Fixação: Um encontro com Jesus
Propor que todos fechem os olhos e juntos faremos uma caminhada para reencontrar amigos queridos.
Relaxemos confortavelmente na cadeira, fechemos os nossos olhos e vamos imaginar que estamos todos juntos caminhando num jardim muito grande, vemos árvores verdes e frondosas, grandes, mal conseguimos enxergar sua altura; vemos flores coloridas das mais diversas espécies, podemos sentir o cheiro do seu perfume. Também temos um céu azul, um sol gostoso que nos aquece e uma boa brisa para refrescar o nosso caminhar...
Há também lindos passarinhos que nos acompanham cantarolando, eles ficaram felizes com a nossa chegada.
E daí vamos caminhando ao longo deste jardim e avistamos um lago grande de águas límpidas e transparentes, ele até parece azul pelo reflexo do céu. Ao chegarmos perto dele nos deparamos com mais outros jovens, amigos que não vemos há muito tempo e estavam nos esperando. Decidimos fazer uma grande roda em volta do lago e damos as mãos, incrível o quanto somos muitos e podemos sentir a energia positiva da força da amizade e do amor entre nós.
Decidimos fazer uma prece de agradecimento ao Mestre Jesus pela oportunidade deste reencontro feliz; eis que surge caminhando do outro lado do jardim em nossa direção o próprio Jesus. Sentimos sua luz, seu amor e seu abraço grande, forte em cada um de nós e Ele nos afirma com seu olhar que está muito feliz em nos ver juntos e que tudo que fizermos pelo bem e pelo amor dará certo.
E nos propõe a rezar a oração dominical que Ele nos ensinou: vamos, todos juntos rezar o Pai Nosso.
E assim com os corações reabastecidos pela Luz Maior, retornamos calmamente pelo jardim à nossa sala de aula.

Prece Final

Bibliografia:        
RELIGIÃO E DEUS
(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)
 
Quantos são os caminhos para encontrar Deus? De quantas estradas é feito o nosso trilhar para entender as coisas de Deus? Quais são os caminhares que nos levam a Deus?
Não houve na História da Humanidade cultura alguma que não tivesse nos seus valores o entendimento de Deus.
As formas de interpretação da Divindade variaram às centenas, porém, nenhum povo houve que negasse a existência de uma força maior a comandar os desígnios do Universo.
Assim, crer na existência de Deus transcende o aspecto cultural e se insere na essência do sentimento humano de que existe um Criador a gerar a vida, do macro ao microcosmo.
E, ao longo da História, vários foram os ensaios para se explicar e entender Deus.
Seja o deus castigo e vingança das civilizações antigas, ou o deus concebido em forma humana, como nas mitologias greco-romanas, ou ainda o deus natureza dos celtas, sempre foram tentativas do homem de entender Deus.
E hoje, como entendemos Deus?
Provavelmente as suas respostas e explicações acerca da Divindade estão pautadas em uma explicação doutrinária ou religiosa.
E é exatamente para isso que as religiões se estruturam: para nos ajudar a redescobrir Deus, Suas Leis, Seus desígnios e para Ele nos voltarmos.
Desta forma, podemos entender a religião não como um fim e sim um meio. O meio que encontramos para entender Deus e tê-Lo na nossa vida diária.
E, sendo a religião o meio que usamos para reencontrar Deus, é natural que cada um de nós tenha necessidade de um caminho que seja coerente e próprio em relação ao seu amadurecimento emocional, seus valores e conceitos.
Por isso, cada um de nós escolhe essa ou aquela escola religiosa, esse ou aquele caminho para chegar a Deus.
Porém, para Deus, todos os caminhos que levem a Ele são dignos de respeito. Toda doutrina, toda religião que nos torne melhores, é válida.
Além disso, devemos lembrar que a religião por si só não basta em nossa vida. Como também, para sermos pessoas de bem, a religião não é imprescindível.
Há inúmeras pessoas que, sem professarem nenhuma religião, têm uma vida de respeito ao próximo, de conduta ilibada, de retidão de caráter inquestionável.
E outras, apegadas a essa ou aquela escola religiosa, se mostram só preocupadas com a externalidade da religião, cuidando muito pouco do seu mundo íntimo.
Se a religião que escolhemos nos faz pessoas melhores, nos ajuda a entender as Leis de Deus, a nos entender e a entender ao próximo, essa é a melhor religião para nós.
Porém, se ainda nos vinculamos a uma religião, preocupados com o que os outros estão vendo ou pensando, somente para satisfazer vaidades ou expectativas nossas ou de outros, há que se repensar como estamos construindo nossa relação com Deus.
O mais significativo para nós deve ser perceber que a religião que adotamos é o meio que encontramos de construir a religiosidade em nós, do entendimento de Deus, respeitando o próximo nos caminhos que ele escolher para compreender  Deus e trazê-Lo para dentro de si.
Redação do Momento Espírita.
Em 28.05.2010.
Religião
É o elo que une Criador à sua Criatura, e vice-versa.
Este elo tem como característica principal, o sentimento da criatura, embasado em valores morais e princípios éticos, muitas vezes norteados pela cultura e história de um povo, e muito também pelo grupo família.
O principal meio de contato estabelecido entre Criatura e Criador ocorre pela força mental do pensamento, chamada de Oração - em alguns meios a oração é seguida de rituais, cantos e até de eventos em dias específicos.
Os princípios religiosos estão em torno de:
- Deus, como fonte criadora do todo, também chamado de Pai e/ou Senhor.
- Seus atributos.
- Um livro sagrado, que representa a palavra literal de Deus.
- O sentimento da Fé.
Através de nomenclaturas diferentes, os diferentes tipos de religiões buscam tocar o seu seguidor quanto à sua conduta moral, a qual deve se espelhar na perfeição de seu Pai.
'Todas as religiões  são unânimes em reconhecer um único Deus, diferentes, são os caminhos de alcançá-lo'.

Como surgiu este elo entre Criador e Criatura?

- Alguns pesquisadores espíritas dizem que, no momento da individualização do princípio inteligente, surgindo assim os espíritos, vimos e registramos em nossa memória espiritual, a imagem de Deus e por ele, estabelecemos um vínculo.

Como surgiu a religiosidade na humanidade?

- Emmanuel, no livro à Caminho da Luz, narra que os exilados de Capela foram reunidos em uma grande colônia espiritual e, Jesus, em determinado momento, foi acolhë-los, dizendo que  no momento oportuno, estaria presente junto à eles, levando ensinamento e esperança, para a grande obra de evolução. Assim, grupos de espíritos encarnam com forte sentimento de perda de paraíso, do messias prometido, e aí começam a surgir as primeiras escrituras, também inspiradas por espíritos empenhados na evolução destes irmãos exilados.

O amadurecimento do sentimento religioso pode passar por fases como panteísmo, ateísmo, politeísmo, monoteísmo.

Algumas religiões presentes na Humanidade:

Judaísmo – livro Bíblia (antigo testamento), profeta Moisés. Variação: diferentes vertentes denominadas evangélicas.
Cristianismo – livro Bíblia (novo testamento), profeta Jesus. Variação:  vertentes entituladas como protestantes.
Islã – livro Corão, profeta Maomé ( o último profeta direcionado por Deus), escrito em 630 d.C – aberto à todos que desejarem seguir.
Doutrina Espírita.
Hinduísmo.
Budismo.


1 – Segundo Jesus, no Evangelho de João, futuramente haverá na Terra “um rebanho e um pastor”, dando a entender que haverá uma única religião. Podemos dizer que essa religião será o Espiritismo?
As religiões atendem à diversidade humana, envolvendo país, região, cultura, tradição e outros aspectos. Demandará milênios essa realização preconizada por Jesus, com os homens irmanados em torno de seu nome e de sua doutrina.

2 – Qual o papel do Espiritismo, em favor dessa realização?
A Doutrina Espírita vem numa vanguarda de idéias, oferecendo-nos uma visão bastante objetiva a respeito das indagações existenciais. Mostra de onde viemos, por que estamos na Terra, e para onde vamos. Fatalmente exercerá influência na reformulação teológica das religiões tradicionais.

3 – Os princípios espíritas serão assimilados por outras religiões?
Sem dúvida. Mais cedo ou mais tarde, a Reencarnação, a Lei de Causa e Efeito e a Sintonia Mediúnica, que distinguem a Doutrina Espírita, serão reconhecidos como leis naturais.

4 –Não são meras idéias…
Exatamente. Assim com Newton não inventou a lei de gravitação universal, apenas a definiu, o Espiritismo apenas enuncia essas leis, que regem nossa evolução.

5 – Os princípios espíritas trilharão o mesmo caminho? Serão reconhecidos primeiro como leis naturais, pela Ciência, e depois assimilados pelas religiões?
Sim. Será algo semelhante ao que ocorreu com a questão envolvendo a Terra como centro do universo, dogma religioso que foi rompido pela ciência, a partir de Nicolau Copérnico e Galileu Galilei. Poderia ser mais fácil se não existisse o dogma, a fechar as portas à razão, no enunciado do pensamento religioso tradicional.

6 – Quais as conseqüências disso, em relação às religiões ortodoxas?
Haverá uma revolução teológica. Idéias como a unicidade da existência, o inferno, as penas eternas, os eleitos de Deus e o juízo final, cederão lugar a uma visão mais coerente com a bondade e a justiça de Deus, mostrando o homem como um passageiro da eternidade, a caminho de gloriosas realizações.

7 – E quanto ao Evangelho?
O Evangelho é o código universal. A moral ensinada e exemplificada por Jesus indica o melhor comportamento para que possamos cumprir a Vontade de Deus. Está para os princípios espíritas como código de ética médica está para o exercício da medicina.

8 – Qual a relação?
Um médico pode conhecer profundamente a técnica e a teoria inerente ao seu trabalho, mas será um mau profissional se não orientar-se pelo código de ética que rege a Medicina. Os princípios espíritas explicam os mecanismos da existência. O Evangelho ensina a ética da Vida. É importante conhecer as leis que nos regem. Indispensável nos ajustarmos a elas, algo que não pode ser realizado sem a vivência evangélica.

O ESPIRITISMO E AS OUTRAS RELIGIÕES

A palavra ‘religião’ vem do latim, do verbo 'religare', que significa 'religar'. A partir de sua própria etimologia, a função de uma religião deve ser a de tentar levar seus seguidores a estabelecer ligação com o plano espiritual. Hoje religião se mostra tão somente como um conjunto de sistemas culturais e de crenças, além de visões de mundo, que estabelece os símbolos que relacionam os seus seguidores com a espiritualidade e seus próprios valores morais. Muitas religiões têm narrativas, símbolos, tradições e histórias sagradas que se destinam a dar sentido à vida ou explicar a sua origem e do universo. As religiões tendem a derivar a moralidade, a ética, as leis religiosas ou um estilo de vida preferido de suas ideias sobre o cosmos e a natureza humana, passando a ser tão somente um sistema regulador da moral daqueles que a professam, através de constantes ameaças de punição. É uma tentativa de agradar a um deus desconhecido que “precisa” ficar satisfeito para não se encolerizar e mandar castigos para aqueles que se rebelam contra sua suposta lei. Lembremo-nos que Deus É. Consequentemente, Ele não precisa de mim, nem de ninguém. Nós, na verdade, somos os necessitados. Toda religião ensina e tenta tornar seus seguidores em pessoas éticas. A ética da convivência pacífica e honesta. Ora, como se pode então conceber alguém que se diz católico, ou evangélico ou espírita e leva uma vida de desonestidades, de falta de respeito para consigo mesmo e, sobretudo, para com os seus semelhantes? Como se pode compreender alguém que professa uma ética religiosa e vive uma vida de orgulho, prepotência e arrogância? E muitos ainda ainda argumentam que assim são e os outros que os aceitem assim. Onde ficam, então, as propostas do Cristo a quem dizem ser seguidores que nos convocam a mudanças íntimas para que possamos alcançar a verdadeira felicidade? A palavra religião é muitas vezes usada como sinônimo de fé ou sistema de crença, mas a religião difere da crença privada na medida em que tem um aspecto público. A maioria das religiões tem comportamentos organizados, incluindo hierarquias clericais, uma definição do que constitui a adesão ou filiação, congregações de leigos, reuniões regulares ou serviços para fins de veneração ou adoração de uma divindade ou para a oração, lugares (naturais ou arquitetônicos) e/ou escrituras sagradas para seus praticantes. A prática de uma religião pode também incluir sermões, comemoração das atividades de um deus ou deuses, sacrifícios, festivais, festas, transe, iniciações, serviços funerários, serviços matrimoniais, meditação, música, arte, dança, ou outros aspectos religiosos da cultura humana. A pergunta feita atualmente e com certa frequência é “Religião salva?”. E a resposta é “NÃO”. Nem o Espiritismo ou qualquer outra religião salva. Primeiro, entendamos que ‘salvar’ é um verbo que inclui ‘de que’. Salva-se de um perigo, por exemplo. Se uma religião insiste em salvar é porque existe uma ameaça declarada ou velada para me levar a um determinado comportamento. ‘Salvar’ é tomar consciência da Verdade e o que faz o Espírito se salvar, nesse sentido, é o esforço da pessoa em praticar boas ações, instruir-se para vencer suas más inclinações, adquirir sabedoria e fazer todo o bem possível ao seu próximo. O que salva é a doutrina de Jesus, explicitada em seu Evangelho. Para os que ainda não sabem, Jesus é a entidade, ou espírito, responsável pelo nosso planeta Terra. Ele esteve aqui, no plano físico para revelar a Lei na sua maior clareza. Todo aquele que a compreende e a vivencia em espírito e verdade, entrará no Reino de Deus, ou seja, no mundo do entendimento da realidade. Antes de partir, depois de Sua experiência entre nós, Jesus Cristo nos prometeu o Consolador Prometido e o Consolador Prometido por Jesus é a Doutrina Espírita. Ela veio fazer renascer no mundo a doutrina do Cristo, o Cristianismo, que estava esquecida, abafada pela falta crença(ceticismo) do século XIX.. Trouxe as explicações necessárias às palavras de Jesus, que permaneceram envoltas em um véu desde o seu aparecimento. Alargou os horizontes do conhecimento humano falando ao homem de suas origens, de seu destino e de seu objetivo como Espírito imortal. O Espírito de Verdade é a expressão do pensamento divino manifesto nos Espíritos Superiores responsáveis pela Codificação kardequiana. É um grupo de Espíritos que trabalham em nome do Bem e para estabelecimento do Reino de Deus na face da Terra. O Espiritismo é, pois, uma doutrina cristã. O Espiritismo é muito mais do que uma religião. No Evangelho Segundo o Espiritismo, há um texto do Espírito de Verdade, no capítulo VI, item 5, que assim nos fala: "Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram são de origem humana...". E ainda um comentário de Alan Kardec, no capítulo XVII, item 4, que resume: "O Espiritismo não cria uma nova moral, mas facilita aos homens a compreensão e a prática da moral do Cristo ao dar uma fé sólida e esclarecimento aos que duvidam ou vacilam". Rejeitar o caráter cristão do Espiritismo é rejeitar toda a essência da doutrina, que é a mesma da doutrina de Jesus. Os intelectuais, de uma maneira geral, rejeitam secularmente a religião ou tudo o que se envolve com ela, pois julgam que tais instituições são castradoras da liberdade. Mas, no caso de intelectuais espíritas, tal atitude é incompreensível. Os ensinamentos dos Espíritos superiores resumem a questão, dizendo que o Espiritismo não só é cristão, como é o próprio Cristianismo que ressurge mais forte, trabalhando com a racionalidade, ampliando o conhecimento do homem e endereçando o mesmo ao entendimento de si mesmo.
O que mais é motivo de rejeição por parte dos adeptos de outras religiões, católicos e evangélicos, é a REENCARNAÇÃO. Exatamente o fato que fundamenta a justiça divina e dá mais lógica e sentido às nossas vidas. Para entender o Espiritismo, é preciso saber que a base de toda a religião está exposta nas cinco obras de Allan Kardec. O Espiritismo é uma fé e uma doutrina cujas manifestações – contato com espíritos, regressões a vidas passadas e textos psicografados – poderiam ser comprovadas através do método dedutivo herdado da ciência. Segundo o Espiritismo, todo homem é um médium, um canal de comunicação entre os vivos e os espíritos. Por isso, não existe um papa espírita nem qualquer tipo de hierarquia dentro da religião (a ausência de paramentos e cerimoniais também é uma característica “racionalista” dentro da fé espírita). Nos centros espíritas, por exemplo, a função de liderança geralmente está reservada ao médium mais experiente ou ao próprio fundador do centro. A simplicidade pregada pelo Espiritismo também estaria explicitada pela inexistência de grandes rituais de passagem como casamentos, batismos e enterros. Isso porque os espíritas acreditam ser desnecessário o vínculo com Deus – “a inteligência suprema”, como prega Allan Kardec. Céu, inferno e diabo virtualmente não existem no horizonte espírita. Isso porque o Bem e o Mal podem estar dentro de cada um, sem que haja a necessidade de uma localização para cada um. “Fora da caridade não há salvação”, prega a mais famosa frase de Allan Kardec. Pode-se discordar ou mesmo refutar desdenhosamente os princípios do Espiritismo. Porém, é virtualmente impossível fazer troça ou ignorar o legado de respeito ao próximo difundido por essa religião. Um princípio que, tranquilamente, pode ser seguido por qualquer um que habite o nosso planeta. Acredite em Deus ou não. A religião espírita não é a religião do maravilhoso, do sobrenatural, do mágico, do oculto, do mistério, pois “toda a sua extensão é alcançável através do conhecimento” (A. Grimm). Na visão espírita, a interpretação religiosa não está isolada de outros segmentos de entendimento humano, como a ciência e a filosofia. A ciência, a filosofia e a religião são interdependentes e se completam, resultando em um quadro muito mais amplo de entendimento do ser humano e da vida do que cada uma delas consideradas isoladamente. Para a Doutrina, a religião não necessita de templos, de cultos, de cerimônias, de rituais, de fórmulas, de prescrições, de sacrifícios, de promessas, de sacramentos. Ser religioso, para a Doutrina, não é pertencer a uma igreja, a uma instituição formal. Não há necessidade de sacerdotes; não há intermediários na ligação entre pessoa, criatura, e o seu Criador, Deus. O Espiritismo NÃO vincula a si, como as outras religiões fazem, os conceitos de salvação, de culpa, de castigo, de pecado, mas sim aos de consciência, responsabilidade, avaliação crítica dos atos praticados. A religião espírita é uma religião interior. É transformação individual e isso significa que ninguém poderá fazer algo por mim, para que eu me salve. O Espiritismo prega ,de maneira intensa e extensa, a modificação de comportamento da pessoa segundo valores que ampliam a consciência de sua unidade com o Criador. Modificar não para agradar a Deus, mas para que possa assim alcançar a felicidade que tanto deseja. O Espiritismo não é a doutrina da negação, da condenação, do não, mas a doutrina da responsabilidade e da transformação.


Palestra (ainda não ouvi)


O Espiritismo e as religiões
Grupo Espírita Bezerra de Menezes
Só o Espiritismo salva?
Não é o Espiritismo ou qualquer outra religião que salva. O que faz o Espírito se salvar (tomar consciência da Verdade) é seu esforço em praticar boas ações, instruir-se para vencer suas más inclinações, adquirir sabedoria e fazer todo o bem possível ao seu próximo. O que salva é a doutrina de Jesus, entidade responsável pelo planeta, que esteve no plano físico para revelar a Lei na sua maior clareza. Todo aquele que a compreende e a vivencia em espírito e verdade, entrará no Reino de Deus, ou seja, no mundo do entendimento da realidade.
Porque o Espiritismo teve seu início na Europa e não se desenvolveu? O Brasil é a maior pátria espírita no mundo?
No princípio, quando surgiu a Doutrina Espírita, havia um espírito da época, onde se achava que os ensinamentos da Espiritualidade iriam transformar o mundo para melhor em alguns anos. Certos Espíritos que trabalharam na Codificação e o próprio Allan Kardec assim pensavam. Porém, a história tomou outro rumo. O planeta ainda iria ter de conviver com uma forma bem mais perniciosa de materialismo, ou seja, aquela que hoje predomina na sociedade, onde o ser humano é tratado como mero objeto de consumo. O positivismo da época relativa ao nascimento do Espiritismo desapareceu. Infelizmente o sistema planejado pelo Codificador para dar corpo ao movimento espírita nascente não foi criado. Sem método, sem organização racional e homens de coragem, a doutrina simplesmente desapareceu da Europa. Transferida para o Brasil por alguns intelectuais, a Doutrina continuou não encontrando espaço para se desenvolver conforme esperava Kardec. Transformou-se num movimento caracterizado pela total ausência da metodologia kardequiana, com tendências católicas e segmentos fanáticos que cultivam a idolatria de vivos. Um espírito chamado Ismael, ligado às teses do advogado francês Jean Baptiste Roustaing, usando de uma política católica chamada "unificação" (que mantém a unidade na Igreja), sufocou todos os esforços em se kardequizar o sistema. Pode-se dizer que o Brasil é o maior país espírita do mundo. Mas não é por nenhuma razão especial. Simplesmente é porque quase não há "Espiritismo" em outros lugares do mundo. Enquanto aqui existe cerca de oito mil casas espíritas, no resto do mundo elas não passam de alguns centenas.
Quem é o Consolador Prometido por Jesus: Espírito de Verdade? Jesus? A Doutrina?
O Consolador prometido por Jesus é a Doutrina Espírita. Ela veio fazer renascer no mundo a doutrina do Cristo (cristianismo) que estava esquecida, abafada pelo ceticismo do século XIX.. Trouxe as explicações necessárias às palavras de Jesus, que permaneceram envoltas em um véu desde o seu aparecimento. Alargou os horizontes do conhecimento humano falando ao homem de suas origens, de seu destino e de seu objetivo como Espírito imortal. O Espírito de Verdade é a expressão do pensamento divino manifesto nos Espíritos Superiores responsáveis pela Codificação kardequiana. É uma plêiade de Espíritos que trabalham em nome do Bem e para estabelecimento do Reino de Deus na face da Terra.
Algumas pessoas pretendem retirar o caráter religioso do Espiritismo. O que vocês acham? O Espiritismo é Cristão ou não?
Transcreveremos abaixo a opinião do Espírito de Verdade, encontrada no Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo VI, item 5: "Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram são de origem humana...". E ainda um comentário de Alan Kardec, no capítulo XVII, item 4, que resume esta polêmica a zero: "O Espiritismo não cria uma nova moral, mas facilita aos homens a compreensão e a prática da moral do Cristo ao dar uma fé sólida e esclarecimento aos que duvidam ou vacilam". Rejeitar o caráter cristão do Espiritismo é rejeitar toda a essência da doutrina, que é a mesma da doutrina de Jesus. Os intelectuais, de um maneira geral, rejeitam secularmente a religião ou tudo o que se envolve com ela, pois julgam que tais instituições são castradoras da liberdade. Mas, no caso de intelectuais espíritas, tal atitude é incompreensível. Os ensinamentos dos Espíritos superiores resume a questão, dizendo que o Espiritismo não só é cristão, como é o próprio Cristianismo que ressurge mais forte, trabalhando com a racionalidade, ampliando o conhecimento do homem e endereçando o mesmo ao entendimento de si mesmo.
Como é a hierarquia do movimento espírita? Como o movimento faz para se defender de seitas que se intitulam espíritas e que não seguem o kardecismo?
Não há hierarquia no Movimento Espírita. Todos são livres para praticarem o Espiritismo como bem entendem. Isso, por um lado tem vantagens, mas apresenta também seus problemas. A liberdade excessiva e a falta de compromisso com alguma coisa superior, levou ao enfraquecimento das práticas, dando origem a distorções, condutas e pensamentos que envolvem os adeptos da Doutrina Espírita. Os espíritas nada fazem para se defender daqueles que se intitulam "espíritas", sem o ser. Na maioria das vezes, esperam que o tempo resolva o problema ou freqüentemente nem se importam com isso.
A Religião deve temer a Ciência?
Ciência e Religião é igual a razão e fé. Toda fé deverá ser fundamentada na razão, caso contrário sucumbirá às evidências do progresso da ciência. Allan Kardec nos diz que "fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade". Com o progresso da humanidade, ciência e religião caminharão juntas. Assim é a Lei. Infelizmente, muitas religiões ainda têm a ciência como inimiga da fé.
Como os espíritas celebram o Natal (nascimento de Jesus Cristo) e a Páscoa (ressurreição de Jesus Cristo)?
Da mesma forma que qualquer cristão, com o respeito que as datas merecem. Entretanto, não se pode esquecer que essas datas estão inseridas em um contexto comercial, com forte apelo consumista, que deve deixar alerta qualquer pessoa sensata. Sabe-se que a data do Natal foi criada muito depois do nascimento de Jesus, no ano de 749, quando o imperador Bernardino, o Pequeno, por ocasião da inauguração da Nova Roma, aproveitou a data festiva (25 de dezembro) e instituiu como o dia do nascimento de Jesus. Embora a data comemorada não seja a real, pois na verdade não se sabe ao certo o dia em que nasceu o Mestre, ela tem seu valor por concentrar um número grande de bons pensamentos nessa época, onde as pessoas, por seus sentimentos inatos de religiosidade, ficam mais dóceis, amáveis e fraternas. A Páscoa é uma festa judaica que comemora a saída do povo hebreu do Egito. Como nesse dia foi realizada a crucificação de Jesus, os cristãos absorveram, desde aí, como comemoração de Sua imolação. Deve ser vista apenas como um festa cultural religiosa, sem maiores conseqüências.
Como os espíritas avaliam as diversas religiões orientais espiritualistas, que desenvolvem, também, um trabalho voltado para a evolução do ser humano tendo o altruísmo como ensinamento básico?
O Espiritismo é a doutrina de Jesus e, como tal, oferece aos homens a possibilidade de libertar-se da situação de ignorância espiritual, através de Seus ensinamentos, que se sustenta basicamente no exercício do amor ao próximo. Portanto, todas as doutrinas que professem o mesmo sentimento podem levar o homem a compreender melhor sua essência divina. Entretanto, as religiões orientais por desconhecerem os ensinos libertadores de Jesus, embora tenham conhecimento da imortalidade do Espírito, permanecem presas ao atraso material e intelectual reinante nas regiões onde se localizam. Certamente, são religiões que foram criadas para atender um fim específico, ligado ao desenvolvimento de Espíritos encarnados em determinadas áreas do planeta. Mas, de um modo geral, não se coadunam com a modernidade do mundo ocidental, nem com as necessidades dos seus habitantes. A doutrina de Jesus é superior a elas em todos os sentidos, pois não se atrela a ritualismos, exterioridades, nem fanatismos.
É normal que nos Centros Espíritas haja imagens de "preto-velho" ou qualquer tipo de imagens e quadros?
A Doutrina Espírita direciona o homem em busca do entendimento de si mesmo, libertando-o da ignorância das coisas essenciais. As imagens de qualquer natureza denotam o apego do homem à idolatria e aos costumes de suas antigas crenças. Não faz sentido existir imagens em centros espíritas, quer sejam de pretos-velhos, Nossa Senhora ou Jesus, quer sejam quadros de Espíritos benfeitores como comumente se vê. A casa que acolhe esse costume com naturalidade, certamente está ainda sob o jugo do atraso. Falta-lhe o hábito do estudo libertador. Como o costume católico está impregnado na consciência dos espíritas, comumente se vê nos centros quadros dos grandes luminares do Movimento Espírita, alguns ainda encarnados, o que denota uma condição de fanatismo e idolatria.
O que o Espiritismo entende a respeito do que é o Espírito de Verdade?
O Espírito de Verdade é um corpo de idéias trazidas para nós por iluminados missionários de Deus, sob a égide de Jesus Cristo. Não é uma única entidade como a igreja fez crer por longos anos (e ainda acredita até hoje), mas uma plêiade de Espíritos que trabalham em nome do Bem. O Espírito de Verdade e o Espírito Santo são a mesma coisa, ou seja, esse conjunto de idéias que move o mundo em direção à Verdade, à Justiça e à Paz.
Por que a Doutrina Espírita não aceita o Antigo Testamento, como um livro confiável, sendo que Jesus testifica todos eles como inspirados por Deus?
A Doutrina Espírita aceita a Bíblia como um livro de muita sabedoria, pois é lá que estão todos os fundamentos da mensagem de Deus aos homens. Allan Kardec e os Espíritos superiores tratam das Escrituras Sagradas com muito respeito e com o devido valor. O Velho Testamento se ocupa da Lei antiga e o Novo Testamento, da Boa Nova que Jesus, o Cristo, trouxe à humanidade, para todos os tempos. Não sabemos onde você ouviu esta informação, mas saiba que ela não é verdade. Os espíritas que acham que a Bíblia não é confiável estão equivocados e muito longe da compreensão da profundidade da Doutrina Espírita.
Qual a importância de Moisés? Podemos, como espíritas, nos ocupar de seus escritos?
Moisés foi o homem escolhido por Deus para semear entre os primitivos a lei de todos os tempos e de todos os povos. Estruturou-a em Dez Mandamentos, resumindo os deveres que fariam das criaturas, homens de bem. Ao lado disso, porém, estabeleceu leis disciplinares que pudessem deter uma comunidade de homens primitivos dentro de um sentido mínimo de convivência. Há, portanto, que se separar o que é divino (Lei de Deus) do que é humano (lei disciplinar) na obra desse legislador hebreu. A grande missão dele foi preparar o terreno para que mais tarde Jesus pudesse semear a mensagem da fraternidade universal. Recebeu, portanto, a Primeira Revelação de Deus aos homens. A Lei disciplinar de Moisés está contida nos cinco livros atribuídos a ele: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. A Lei divina são os Dez Mandamentos. Como espíritas temos o dever de saber a gênese de nossa doutrina que não é outra senão a do Cristo, que por sua vez, veio desdobrar os Dez Mandamentos da Lei de Deus.
Porque diz-se que o Espiritismo é a Terceira Revelação?
O Espiritismo é a Terceira Revelação de Deus aos homens. Antes dela vieram a Primeira, com Moisés e a Segunda, como Jesus Cristo. É uma Revelação porque mostra a existência e natureza do mundo espiritual e suas relações com o mundo material; desenvolve, completa e explica o que foi dito de forma alegórica por Jesus; dá um sentido à vida e explicação lógica ao sofrimento e dificuldades vivenciadas pelas criaturas e abre um vasto campo de possibilidades de crescimento e dá ao homem a definitiva certeza de sua imortalidade e universalidade. Allan Kardec diz: “Ele (o Espiritismo) é portanto obra do Cristo, que o preside, assim como preside ao que igualmente anunciou: a regeneração que se opera e que prepara o Reino de Deus sobre a terra” – (Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 1, 7).
O que é niilismo. O que se entende por postura niilista da vida?
O niilismo é a doutrina do nada. A postura niilista da vida é a maneira imediatista do homem ver a vida, sem a salutar confiança no futuro. A idéia de que a vida se resume entre o nascer e o morrer tem sido a grande razão pela qual a humanidade se mantém no atraso moral. A dúvida sobre o futuro faz com o que o homem concentre seus pensamentos apenas na vida terrena. Sem idéia do porvir, dedica-se inteiramente ao presente, depositando sobre ele todas as suas esperanças de felicidade. Considera os bens terrenos muito preciosos e sua perda causa-lhe pungente dor e sofrimento.
A idéia da nulidade é o mais grave engano da humanidade, o que leva o homem a posturas de extremo egoísmo que tem caracterizado o comportamento em todos os tempos. Com esse pensamento, o homem elaborou seu alicerce em valores transitórios, dando à vida uma importância calcada unicamente na aquisição de riquezas materiais, único bem a que se dispõe adquirir. Tivesse a idéia da conseqüência danosa desse pensamento para a sociedade e para a edificação de seu Espírito imortal, trataria de rever urgentemente seu ponto de vista. Sem perspectivas de futuro (para o Espírito) todas as suas lutas resumem-se em superar o outro, em contraponto com o verdadeiro objetivo da vida, que é a superação de si mesmo. Como a idéia da vida futura lhe é vaga, e às vezes resume-se apenas a frágeis concepções religiosas ou filosóficas, trata de suprir apenas o presente, esbaldando-se em esforços nas conquistas da matéria, única coisa real e justificável em sua ótica niilista.
Qual o papel do Espiritismo no mundo de regeneração?
O Espiritismo tem preponderante papel nesse processo. Deverá oferecer aos homens as ferramentas para a compreensão das leis de Deus. Ou seja, dar aos homens as condições de entendimento a fim de que possa promover a paz pessoal e coletiva. Os centros espíritas poderão ser estruturados de forma a ensinar a conduta cristã aos homens, que a absorverão com facilidade e rapidez. Serão, no mundo de regeneração, o que deveriam ser hoje, ou seja, núcleos equilibrados onde o homem possa abastecer-se da mensagem de Deus, sem os fanatismos, sem fantasias e idolatrias de vivos, próprios de mundos atrasados. Templo e escola, oferecendo os saberes humano e divino. O Espiritismo oferece um vasto horizonte de crescimento, explicando ao homem sua origem e a origem de seus males. Através da compreensão de seus princípios de reencarnação e da lei de causa de efeito, a humanidade poderá mudar seu ponto de vista e assim melhorar suas condições de vida terrena.
Como proceder para realizar o Culto do Evangelho no lar?
O culto do Evangelho no lar é muito simples e traz grandes ensinamentos e equilíbrio para a família. Deveria ser um hábito de todos as pessoas que se dizem cristãs. Não existe uma fórmula, mas pode-se dar alguns conselhos nesse sentido. Faz-se uma prece no início, pedindo a proteção de Jesus. Lê-se um trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo, do Novo Testamento ou de livros e mensagens de procedência idônea. Faz-se breves comentários, de maneira que todos exponham seus pensamentos sobre a lição. Depois, o mais experiente fecha o comentário, se houver necessidade. A seguir realiza-se a prece de encerramento e está feito. Dura, no máximo, 30minutos (de 15 a 30). Numa reunião dessa natureza não comporta manifestações de Espíritos, mesmo que sejam supostos guias familiares. Se houver insistência dos Espíritos para essa prática deve-se ter cautela e observar duas coisas: ou o grupo está sob influência de Espíritos pouco esclarecidos ou conta com a presença de alguma pessoa em desequilíbrio de sua mediunidade. O lugar de manifestações de Espíritos é nas reuniões criadas para esse fim, nas casas espíritas.
Tenho um colega, que já foi espírita e hoje é presbiteriano, que afirma ter evoluído ao abraçar a nova doutrina espiritual. Diz, ainda, o referido rapaz, que as lembranças de vidas passadas, tão bem documentada pela Doutrina Espírita, não passam de recordações provenientes do inconsciente coletivo, fato cientificamente comprovada. Sempre ouvi dizer que a nossa doutrina caminha lado a lado com a ciência e isso foi o que me trouxe a ela. Como argumentar?
Em primeiro, dizemo-lhe que não adianta argumentar as teorias da Doutrina Espírita com os irmãos protestantes. Embora seja uma crença séria e muito ligada aos valores do Espírito (exceção feita às pentecostais, que mercadejam com as coisas de Deus), eles se apegam demais à letra das Escrituras e não adentram no espírito dela. E como diz nosso mestre Paulo de Tarso, a letra mata e o espírito (da letra) vivifica.
Não nos causa surpresa a afirmativa dele de que tenha evoluído ao deixar a Doutrina e entrar no presbiterianismo, que é de muita seriedade. Deve ter tido contato com algo que nada tem a ver com o Espiritismo, como estamos cansadas de ver por esse país a fora. Pois, digo-lhe que quem compreende de fato a Doutrina dos Espíritos dela não quer mais se afastar. Mas nem sempre é assim.
A certeza da reencarnação é única e exclusivamente a crença na justiça divina. Se Deus é bom, justo e perfeito, jamais criaria um mundo de desigualdades, sem que suas criaturas tivessem novas chances de se redimir de seus erros. Seria injusto e incompreensível. A tese do inconsciente coletivo é usada largamente pelas ciências psíquicas, que sem acreditar em nada além desta vida, acharam este gancho para explicar os tantos fatos inexplicados de loucura, desajustes, acessos de ódio, violência etc. Essa tese anula a individualidade após a morte e me admira que doutrinas tão belas como o protestantismo, defenda isto que nada mais é que o materialismo escondido por trás da ciência, que lhe dá o aval de seriedade. É a condição de atraso da humanidade. Sugiro que não procure argumentar, mas leia o capítulo IV do Evangelho Segundo o Espiritismo e o Livro dos Espíritos, no capítulo VI também, perguntas 166 a 221.
Qual a visão espírita com respeito a centenas de pessoas que morrem em acidentes naturais como o que ocorreu no terremoto da Turquia há pouco tempo? Como explicar um acidente de avião onde outras centenas de pessoas morrem? Será que todas tinham que morrer daquela maneira? E o que dizer de um motorista que dorme ao volante de um ônibus levando todos os passageiros à morte? Esse motorista foi um instrumento, quer dizer ele estava fadado a cometer esse ato, causando a morte dessas pessoas que tinham que morrer? Ou será que o descuido do motorista levou todas aquelas pessoas à morte sem necessidade?
Para bem compreender o tema sugerimos a leitura do capítulo VI de O Livro dos Espíritos, sobre guerras, destruição e flagelos. As mortes nem sempre estão programadas, pois muitas vezes são conseqüências do descuido e irresponsabilidade de alguns. Mas, nos grandes acidentes, muitos expiam seus débitos. De todo modo, no mundo atual, devido à situação de dificuldade moral que se vive, muitas pessoas retornam prematuramente por conta dos excessos de toda ordem. Os acidentes por negligência não estão programados e seria injusto se o fossem, mas nessas situações alguns se encontram em situação de resgate, outros já terminaram mesmo sua jornada e outros vão antes da hora. Em tudo , a Lei de Deus, mesmo que nos escape ao entendimento. Sugerimos o estudo de todo o capítulo IV de O Livro dos Espíritos.
Atualmente, temos visto muitos problemas com comunidades carentes e formamos uma Instituição cujo objetivo principal é a filantropia. Estamos atendendo semanalmente 40 (quarenta famílias), sendo estas de diferentes religiões. Seria prudente entrarmos com a divulgação de nossa doutrina?
Existe um equívoco quanto ao que se faz em todo o Brasil em termos de Espiritismo. Por toda parte se pratica apenas assistencialismo. A Doutrina Espírita não veio à humanidade para assistir o homem em suas necessidades materiais. Sua missão principal é a de esclarecer a respeito da verdade em todas as suas conseqüências. Isso, pouca gente sabe fazer de maneira produtiva.
A assistência social deve ser praticada pelos grupos espíritas, mas como conseqüência do entendimento de que é preciso fazer alguma coisa para ajudar quem tem fome. Mas, se não ensinarmos aos homens o caminho do Evangelho, quando desencarnarem, permanecerão em trevas. Concluí-se daí, que o verdadeiro alimento é o conhecimento. O verdadeiro espírita não faz apenas filantropia sem ensinar a Doutrina que liberta o Espírito.
Como interpretar o culto do Candomblé?
O Candomblé é um culto africano. Os negros africanos, ao chegarem ao Brasil, trouxeram um culto primitivo, oriundo de sua pátria, conhecido como Candomblé. Cultuavam alguns deuses chamados por eles de "orixás". Essas divindades seriam, por um lado, ligadas à natureza e por outro aos homens. Praticantes seculares do mediunismo, os negros adeptos do Candomblé, não aceitavam e não aceitam até hoje, a "incorporação" em seus médiuns de Espíritos de "mortos". No Candomblé um Espírito errante é chamado de "egum". Nos terreiros de Candomblé, só se manifestam mediunicamente as divindades chamadas de "orixás".
O Panteão Africano constitui-se basicamente por sete Orixás Maiores e ainda por muitos Orixás Menores. Os primeiros, são voltados para o lado mais divino da obra de Deus. Os últimos, são mais ligados à própria criatura humana.
Os "orixás", ao presidirem a própria natureza através de seus agentes, trariam em si características de personalidade que os ligariam a determinados estados evolutivos da espécie humana. A vibração provocada pelo tipo de personalidade de um certo indivíduo, vai colocá-lo sob a influência de determinado "Orixá". Diz-se, então, que ele é oriundo daquela faixa psíquica, ou como fazem no Candomblé, que ele é "filho de Santo". Nada tem a ver com Espiritismo.
Gostaria de saber se em um centro espírita, onde tudo foge da Doutrina de Allan Kardec como: não tem hora para começar e nem terminar, assuntos supérfluos, moral do dirigente inadequada, consultas nos trabalhos mediúnicos, etc., um médium pode se afastar da tarefa por não concordar com o trabalho? Haverá influência negativa em sua vida? A mediunidade ficaria desequilibrada? Seria falta de caridade?
A respeito de suas perguntas, e levando em consideração seu relato, temos a dizer que estará melhor longe desse grupo, pois está sob jugo de Espíritos atrasados. Procure um grupo sério onde você possa estudar a Doutrina com dedicação e discernimento. Se não encontrar, estude em casa e visite os sites sérios sobre o Espiritismo, lendo os trabalhos escritos sobre as atividades doutrinárias. Estará melhor assistida e terá mais proveito, sem dúvida. Se puder esclarecer outras pessoas de lá sobre essas coisas, tanto melhor. Alguns não sabem que estão se prejudicando nesse tipo de núcleo em completo desequilíbrio. Existem muitos assim, sem dúvida.
Os Adventistas do Sétimo dia e os Judeus têm o dia do Sábado como dia escolhido por Deus para a louvação. Faz parte dos Dez Mandamentos das Antigas Escrituras. Gostaria de saber mais a respeito disso, pois tenho parentes adventistas e amigos judeus, que combatem o Catolicismo por "guardarem" o Domingo.
Guardar o sábado ou o domingo é apenas uma questão de forma. Quando as Leis vieram através de Moisés, o sábado já era um dia reservado à adoração pelos povos antigos. Santificar o dia de Sábado, na verdade quer dizer que pelo menos um dia da semana o homem teria que se dedicar às coisas de Deus. Mas tanto pode ser sábado, como domingo, como qualquer outro dia. É apenas uma questão de forma. Na verdade o homem de bem teria que se dedicar a observar a Lei todos os dias. Mas ainda somos atrasados para compreender isso. Que seja pelo menos em um dia. Não faz sentido achar que é neste ou naquele. Pensar assim é grande sinal de atraso espiritual ainda.
Porque o Espiritismo não aceita banhos, velas, sal, talismãs e outras coisas e usa água fluidificada e passes? Onde Kardec falou desse procedimento?
Importante se definir sob qual orientação espiritual queremos nos manter. O Espiritismo é uma doutrina codificada por um missionário chamado Allan Kardec. Em todos os seus ensinamentos, ele e os Espíritos superiores que trabalhavam com ele, nunca prescreveram qualquer tipo de talismã ou objetos que pudessem servir para ajudar uma pessoa na solução dos seus problemas. Ora, quando examinamos os ensinamentos do Cristo, também encontramos o mesmo espírito. Kardec afirma que certas pessoas utilizam de objetos materiais para despertar a sua fé. Mas deixa claro que isso é uma estreiteza de visão desses Espíritos. Claro, uma doutrina não pode nivelar seus conceitos por princípios ligado à transitoriedade e relatividade das coisas. Quem precisa de objetos para despertar sua fé está mais atrás na senda do progresso e não deve, em hipótese alguma, ser tomado como exemplo a ser seguido.
O passe nada mais é que a imposição das mãos, ensinada por Jesus e muito utilizada na época do Codificador para magnetizar enfermos e obsediados. Quanto à água fluidificada, ela fundamenta-se no princípio de que os objetos materiais podem ser magnetizados. No caso da água, supõe-se que ela seja o elemento mais fácil de receber energias, por causa de sua natureza etérea. Daí nasceu a idéia de se magnetizar esse elemento, para os enfermos pudesse utilizá-los no tratamento de suas doenças. Nas Obras Básicas e na Revista Espírita, Allan Kardec fez longos e sérios estudos sobre o magnetismo e natureza e utilização dos fluidos humanos e espirituais.
A Bíblia condena o Espiritismo?
A Bíblia não condena o Espiritismo, pois o termo Espiritismo surgiu em 1857 com Kardec. O que a Bíblia proíbe, e com justiça, é a pratica da mediunidade de forma incorreta. E a mediunidade não é exclusividade do Espiritismo. Este comentário existe porque Moisés proibiu a evocação dos mortos, pois essa prática havia se tornado um abuso entre os judeus, com videntes sendo consultadas a todo instante, por motivos fúteis, causando grande confusão na coletividade.

 Prof. Wilma


Justiça Divina - aula juventude - 19/04/2014

Aula Justiça Divina

Tema do mês: MUNDO ESPÍRITA                                                          Data: 19 Abr 2014

Tema Central: Deus

Objetivo Formativo: Desenvolver sentimento de gratidão e reverência a Deus.
Objetivo Informativo: Reconhecer que a essência divina está presente em todo o universo.
Objetivo da aula: Diferenciar fé da sorte e mostrar como a justiça divina atua em todos os acontecimentos de nossas vidas.


Prece inicial: 03´

Incentivo Inicial: Identificando Nossos Valores - 15’

Evangelizador distribui a cada evangelizando um cartão com um valor descrito, por exemplo: humildade, sinceridade, generosidade, sabedoria, paciência, etc.
Após cada um receber o cartão, permite-se que um momento para reflexão pessoal (aguns minutos rápidos).
Em seguida, pede-se que cada um diga se considera possuir o mesmo o valor que está em seu cartão ou não e, também, se reconhece no grupo alguém que tenha o mesmo valor (preferencialmente, todos deverão reconhecer esse valor/virtude em alguém presente na sala).
Encerrar a dinâmica com as perguntas:
- Podemos dizer que todas essas e mais virtudes / valores fazem parte do ser humano?
- Se não, como elas foram parar em nós? Nós aprendemos isso?
- Quem não expressa / tem essas virtudes é um azarado?
- E Deus, tem algo a ver com essas virtude / valores?

Desenvolvimento: O Hóspede – 30’

Evangelizador reúne todos formando um pequeno círculo e inicia a leitura de uma história, pedindo que prestem atenção no que vai acontecer com os personagens da história.

O Hóspede

       Quem mora em cidades praianas raramente sente falta de visitantes, principalmente durante a temporada de férias. Na maioria das vezes este fato é uma experiência agradável para os donos da casa. Há pouco, porém, recebemos uma visita que foi o fim.
       Ele apareceu com uma comitiva não inferior a três pessoas, cuja missão na vida era atender a todas as suas necessidades. Fomos informados que teríamos que acomodar toda essa gente. Assim o fizemos.
       Ele chegou trazendo (imagina só!) a sua própria coleção de ferramentas e, nos momentos de folga, começava a desmontar quase tudo o que havia na casa.
       Gostamos de levar as pessoas que nos visitam pela primeira vez para almoçar num belo restaurante na parte mais alta da cidade, onde se tem uma vista maravilhosa. A paisagem geralmente deixa as pessoas fascinadas. Pois o cara nem ligou: chegava a bocejar de sono.
       Como se não bastasse,  fez uma cena na hora do almoço, recusando comer o que fora pedido para ele, jogando o prato longe. Além disso, antes de sairmos do local, peguei-o beijando a garçonete.
       Revelou-se  um verdadeiro desmancha prazeres. Enquanto ele dormia, a sua comitiva para que o seu sono não fosse interrompido, obrigando todos a andarem na ponta dos pés e a falar baixinho. Quando acordava, por volta das cinco horas da manhã, era propenso a fazer com que todos acordassem também, monopolizando a conversa em tom de voz bastante elevado.
       Enfim, todos tinham que estar totalmente à sua disposição, atendê-lo em todas as necessidades e do jeito que ele queria.



Após a breve leitura, perguntar aos participantes: “Que tipo de pessoa é essa?”

Dar alguns minutos para que o grupo responda e por fim, revelar: é um bebê!

Ir anotando no quadro as respostas que forem surgindo e tentar separá-las por categoria, ex: julgamentos, críticas, elogios...

A partir da revelação, a forma de perceber a história muda e passa-se à discussão da necessidade de compreender o próximo, de perceber como Deus criou a natureza do homem, focar nas Leis Divinas, em diferenciar nossa visão/julgamento sobre as coisas das coisas como realmente são, a bondade de Deus, a vida como escola e meio para evolução, etc. Correlacionar os comentários sobre que tipo de pessoa era o protagonista da história com estes temas a serem discutidos, mostando como percebemos o mundo, a vida e Deus de acordo com nossos próprios olhos/experiências individuais...

Reforçar que Deus está acima de nossas percepções, pois foi ele a causa, o criador de tudo e de toda perfeição que somos capazes de conceber....

Fixação:  Momento reflexão – 10’

Então, se Deus faz tudo perfeito, se Deus é amor e criou as Leis Divinas e Eternas, se temos as virtudes que identificamos no início da aula e podemos aprender a desenvolvê-las em nós, não sendo caso de sorte de uns e azar de outros, porque certas coisas acontecem na vida?

- Porque crianças boas e cheias de virtudes sofrem? (exemplos: crianças que nascem com doentes, que desenvolvem um câncer, cegas, com doença incurável tipo HIV...)
- Porque pessoas inocentes morrem tragicamente? (ex: pessoas assinadas brutalmente, queda do avião da TAM...)
- Porque pessoas inocentes sofrem tanto? (Ex: jovens que sofrem abuso sexual em casa, pessoas inocentes que são condenadas à anos de prisão...)

A justiça divina está sempre atuando, em todas as circunstâncias!

Quanto mais longe das Leis de Deus, mais sofrimento o homem passará, mais dor, mais maldade... Lembram-se do filme da aula da tia Cris, onde Eistein dizia que a maldade não é criação divina, mas é a ausência do amor no coração dos homens... O amor faz parte da justiça divina, pois Deus é amor...
As ocorrências em nossas vidas (tragédias, doenças, “coisas que achamos injustas”, dores...) acontecem da maneira como são devido às nossas escolhas (livre arbítrio) e distanciamento de Deus, por ex: quando tratamos um gatinho / cachorro / pássaro / peixinho com carinho, significa que escolhemos respeitar essa vida e dar amor à ela. Assim ocorre quando tratamos uma outra pessoa desta mesma maneira. O contrário é verdadeiro, se o tratamos com revolta, indiferença e/ou brutalidade, significa que escolhemos desrespeitar essa vida e, com isso, nos distanciamos do Deus e damos abertura à maldade, energias negativas e atração de espíritos que caminham nessa vibração...

Nas duas situações teremos uma consequência, na primeira teremos juntos de nós mais amor, respeito, felicidade... na segunda situação teremos junto de nós mais sofrimento, dor e maldade... Assim, algumas das tragédias que vemos estão relacionadas à estas escolhas que fazemos nesta ou em outras vidas...

Além disso, outras situações de doenças e mortes trágicas também acontecem com o objetivo de ensinar, evoluir... ex: uma criança que desenvolve um câncer raro e incurável no cerébro pode ter escolhido passar por isso, nesta vida, para ajudar os pais a compreenderem que mais vale a vida do que os bens materiais que eles podem oferecer aos seus filhos, ensinando assim, o valor da vida e não da matéria... Por isso, não faz sentido acreditar que a família foi azarada ou que a criança não teve sorte na vida. Muito menos pensar que as crianças que crescem saudáveis e as famílias que não têm estes tipos de problemas são sortudas, como se as coisas ocorressem ao acaso.... Deus escreve certo por linhas retas... nada acontece ao acaso... tudo tem uma razão de ser como é!

Algumas pessoas que nesta vida nos parece sofredores inocentes, como no caso de crianças que são assassinadas pelos pais, podem ter causado, em vida anterior, o mesmo tipo de morte às pessoas que hoje são seus pais... isso não quer dizer que eles tenham vindo juntos nesta vida, novamente, para se pagar com a mesma moeda, mas tiveram a chance divina de poderem refazer esta história de maneira diferente, com o perdão e evolução do amor entre eles...

Deus, em sua perfeição, magnitude e amor, jamais colocará na vida das pessoas a maldade. Nós é que ainda estamos pequenos, imperfeitos e pouco iluminados para compreender como Deus nos ama e nos abençoa todos os dias, com a dádiva da vida, nos permitindo a cada instante da nossa existência a chance de acertamos, de fazermos o que quisermos novamente, mas desta vez, com amor, respeito, compreensão, tolerância, fé, atraindo luz e bondade, e aumentando a luz que nos é própria! 

Prece Final – 2’

Bibliografia:        



Livro – O Céu e o Inferno (Francisco Cândido Xavier)



 Prof. Isis