Tema
do mês: AUTOCONHECIMENTO Data:
22 Março 14
Objetivo
Formativo: Reconhecer o
autoconhecimento como ferramenta para o desenvolvimento espiritual.
Objetivo Informativo: Identificar os limites e potencialidades presentes no comportamento humano.
Objetivo Informativo: Identificar os limites e potencialidades presentes no comportamento humano.
Tema da aula: O jovem e a sociedade
Objetivo da aula: ajudar os evangelizandos a perceberem a
importância das suas ações e decisões na sociedade em que vivem.
"O jovem, mais do
que todos os outros indivíduos, por se encontrar perante os desafios da
atualidade, em face da bagagem pretérita, pede o envolvimento da
responsabilidade dos mais vividos, que lhe possam balizar os rumos com a
dignidade tão profanada nestes dias de aturdimento e de ingentes lutas."
Raul Teixeira, Espírito Ivan de Albuquerque, no livro Cântico da Juventude, p. 26, Editora FRÁTER.
Raul Teixeira, Espírito Ivan de Albuquerque, no livro Cântico da Juventude, p. 26, Editora FRÁTER.
Na
entrevista com o médium Divaldo Pereira Franco, sob a inspiração do Espírito
Bezerra de Menezes, em homenagem aos 35 anos da Campanha Permanente de
Evangelização Espírita Infantojuvenil (2012), o preclaro mentor aponta uma
dessas graves questões: O jovem moderno vive uma rotina tecnológica muito
especial e perigosa. A comunicação virtual que se lhe encontra ao alcance no
lar, sem a orientação nem a vigilância dos pais, facilmente indu-lo à
convivência com portadores de transtornos de comportamento, pessoas viciosas,
grupos atormentados que o cativam e o arrastam para as suas malhas perigosas.
Esse trabalho de assistência é essencialmente da família, que tem o dever de
selecionar os sites que os filhos visitam, de tomar contato com os seus
relacionamentos dentro de uma convivência equilibrada e sem imposições
absurdas, facilitando o trabalho do evangelizador.
Lembrar Campanha do
Alimento deste mês => arroz
Prece inicial: 03´
Incentivo Inicial: Com que máscara eu
vou ? 10´
Distribuir papel
sulfite, lápis colorido, canetinha e pedir para cada jovem desenhar a máscara
que usaria hoje.
Minha proposta é de
prepara-los para a dinâmica da aula onde abordarei as diversas formas de agir
que temos e como nos comportamos
Desenvolvimento: Eu e a sociedade: qual meu papel mesmo ? 40´
Dividir a sala em
duplas e distribuir as notícias abaixo para que eles leiam e discutam entre
eles para refletirmos em plenária sobre o comportamento abordado que fala do
jovem e o lazer, relacionamentos, política, amizade, educação, religião
As reflexões propostas
serão: ao ler esta matéria:
ü
Eu me identifiquei com o tema ? Por que ?
ü
Já vivenciei algo semelhante ? Como me senti ?
ü
Concordo com este comportamento ? Por que ?
ü
Qual meu papel diante deste fato ?
Fixação: Eu posso ser
um agente transformador na sociedade ? – 10´
Diante dos temas discutidos, concluir com este
questionamento sobre o papel de agente transformador do Planeta que cada um de
nós tem neste momento.
Somos os responsáveis pelas nossas escolhas em
todos os ambientes que circulamos; colheremos exatamente aquilo que semearmos.
Não existe CERTO ou ERRADO, mas existe o LIVRE
ARBÍTRIO. Dependendo de qual caminho eu escolher, estarei seguindo os passos
para minha trajetória evolutiva de forma mais ou menos veloz.
Se eu cometer grandes erros que me prejudiquem,
novamente terei a misericórdia divina de reencarnar e ter uma chance de
aprender e me desenvolver.
Prece Final: dos
evangelizandos.
Notícias escolhidas
http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2014/01/20/jovens-so-querem-se-divertir-diz-revista-economist-sobre-rolezinhos.htm
"Jovens só querem se
divertir", diz revista "Economist" sobre rolezinhos
Em reportagem publicada em seu site nesta segunda-feira
(20), a revista britânica "The Economist" tenta explicar a seus
leitores os rolezinhos e o que querem os jovens que organizam os encontros em
shoppings de São Paulo.
Com o título "Kids just want to have fun"
(Jovens só querem se divertir), a reportagem conversou com o adolescente
Rodrigo Alexandre, 17, um dos organizadores do rolezinho programado para o
último sábado (18) no shopping Center Norte. Alexandre, que foi parado pela
polícia no estacionamento do shopping, disse que o objetivo do rolezinho era
"sair, relaxar e conhecer pessoas, especialmente meninas".
"Os rolezinhos vêm acontecendo de uma forma ou outra
em São Paulo desde outubro. Eles ganharam notoriedade no dia 11 de janeiro,
quando a polícia usou balas de borracha e gás lacrimogênio para dispersar uma
multidão barulhenta de vários milhares de jovens no shopping Metrô Itaquera, no
leste da cidade", explicou a revista.
Segundo a publicação, as autoridades brasileiras estão
assustadas com os rolezinhos. "A memória das manifestações em São Paulo
contra o aumento da tarifa de ônibus, que se transformou nos maiores protestos
nacionais em 20 anos permanece fresca."
Selena Gomez não
resiste às investidas de Justin Bieber, afirma fonte
Selena
Gomez não aguentou ficar longe de seu ex-namorado Justin Bieber e foi flagrada
trocando beijos com o teen,
como você já viu no ESTRELANDO. Mas
afinal, porque a cantora não consegue ficar longe de Justin e já foi vista com
o astro algumas vezes após o término do namoro em 2012? Uma fonte afirmou aPeople:
-Ele é muito
charmoso. Eu não sei o que está acontecendo com ele agora, mas ele é muito
inteligente e costuma ser muito divertido e engraçado.
Nem eles escapam! Veja os famosos jovens que já levaram
fora
Não
adianta ser rico e famoso, você ainda corre o risco de levar um pé. Os ricos e famosos levam uma vida sentimental bem
mais fácil? Quem foi que disse isso? Pode acreditar, os famosos também dão e
tomam foras e sofrem com isso, assim como a gente.
Sasha também já deu fora. Durante um show de Anitta, um
rapaz conhecido teria tentado ficar com ela, mas não obteve sucesso. Sasha
não quis e deu o "toco"
Neymar terminou com Bruna Marquezine por conta do ciúme da
teen, que o estaria impedindo de curtir festas na Espanha. Bruna ficou arrasada
e já foi flagrada chorando no
trabalho diversas vezes por culpa do jogador
Mundo ainda tem 168 milhões de crianças que
trabalham, diz estudo da OIT
Cerca de 11% do total da população infantil
no mundo realizam algum tipo de trabalho, alerta o relatório “Medir o progresso
na Luta contra o Trabalho Infantil”, divulgado nesta segunda-feira pela
Organização Internacional do Trabalho (OIT). São 168 milhões de crianças que
precisam trabalhar para complementar a renda da sua família, comprometendo o
seu futuro e o desenvolvimento econômico de suas nações. Em relação ao ano
2000, o número de crianças trabalhando caiu 33% no grupo entre 5 e 17 anos.
Política x sociedade
A militância é
social
A geração atual prefere realizar trabalho voluntário a fazer política
Os mais velhos gostam
de dizer que os adolescentes são alienados. Será que são mesmo? Em primeiro
lugar, tentemos entender a diferença entre o jovem de hoje e o de ontem. O
Brasil é uma democracia estável praticamente desde que o jovem nasceu.
No
entanto, enquanto o interesse por política declina, começa a crescer a procura
por trabalho voluntário. É algo ainda embrionário, mas já foi detectado na
pesquisa da MTV. Segundo o levantamento, 41% dos entrevistados já fizeram algum
tipo de doação a entidades carentes e 36% já participaram de campanhas
filantrópicas. Há os que dão aulas em favelas, os que já participaram de
atividades recreativas em creches ou asilos, os que promovem festas para
arrecadar fundos para entidades assistenciais e os que apenas doam parte da
mesada. "O jovem não
tem mais bandeira política, mas está cada vez mais engajado em atividades
promovidas por ONGs, igrejas e escolas", constata a publicitária Wilma
Rocca, estudiosa do assunto.
Apenas
uma minoria dos adolescentes brasileiros, 7%, faz algum tipo de trabalho
voluntário com regularidade, contra 62% dos jovens americanos. É o que diz
outra pesquisa, feita pela empresa de consultoria Kanitz e Associados. A
caridade, na maioria dos casos, é esporádica. O mesmo levantamento constata, no
entanto, que 54% dos jovens do país gostariam de participar de atividades
filantrópicas. Nesse contexto, o incentivo da escola pode ser decisivo. Hoje,
na maioria dos colégios, essas tarefas são opcionais no currículo. Consistem em
trabalhos coletivos em creches, asilos, hospitais da rede pública. Em alguns
casos, incluem até viagens para cidades próximas onde existam comunidades
carentes.
Amizade
http://www.saude.sp.gov.br/ses/noticias/2011/maio/bullying-incomoda-um-em-cada-cinco-adolescentes
Bullying
incomoda um em cada cinco adolescentes
Os adolescentes estão cada vez mais preocupados com
bullying. É o que aponta levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São
Paulo sobre as dúvidas dos jovens, recebidas por meio de ligações para o
Disque-Adolescente, serviço telefônico de orientação da pasta, entre janeiro de
2008 e dezembro de 2010.
Neste período, o serviço recebeu 1,7 mil telefonemas, de
jovens de 10 a 20 anos de idade. Das dúvidas classificadas como psicológicas,
20% eram sobre dificuldades de relacionamento na escola.
O termo bullying tem origem na língua inglesa e se refere
a todo e qualquer ato de violência psicológica ou física, cometido por um ou
mais indivíduos contra outra pessoa, sem possibilidade de defesa, com a
intenção de intimidá-la ou agredí-la.
“O bullying, principalmente no ambiente escolar, é
extremamente prejudicial para o desenvolvimento dos adolescentes, podendo
inclusive criar traumas e problemas psicológicos graves que necessitem de
acompanhamento médico”, diz Albertina Duarte, coordenadora do Programa Saúde do
Adolescente da Secretaria.
Educação
http://www.apublica.org/2012/10/educacao-trabalho-infantil-amazonia/
“EU QUERO ESTUDAR”, DIZ IARA, EMPREGADA DOMÉSTICA
DESDE OS 14 ANOS
Famílias do interior do Pará enviam filhas para estudar em Belém, onde
trabalham como empregadas domésticas. Mas o serviço vira cativeiro e elas mal
conseguem ir à escola
Iara*, 18 anos, e Cenira Sarmento, 66, viveram experiências parecidas
quando adolescentes. Elas não tiveram o luxo de levar bronca dos pais pela
bagunça do quarto, como acontece com as meninas dessa idade. Aos 14 anos, eram
elas que arrumavam a bagunça dos outros. Apesar da diferença de gerações, as
duas tiveram a mesma sina: foram enviadas por seus pais para trabalhar como
empregadas domésticas em Belém como continua a acontecer com muitas meninas do
interior do Pará.
Iara tinha 14 anos quando deixou a casa da família em Viseu (305
quilômetros da capital). Cenira tinha 10 quando saiu de São Caetano de Odivelas
(110 quilômetros de Belém). Embaladas pela expectativa de um futuro melhor
graças aos estudos na capital, desembarcaram assustadas na cidade onde não
conheciam ninguém. Foram direto para a casa onde trabalhariam, morariam e
aprenderiam lições mais duras do que a rotina diária de limpar a casa, lavar a
roupa, fazer o almoço, lustrar a prata.
O primeiro ensinamento foi sobre disciplina rígida. Iara não
gosta de lembrar dos gritos que a humilhavam quando esquecia de limpar um canto
da casa. Cenira levava cascudos, quando errava o lugar da louça.
Nas tardes em que Iara insistia em ir à escola, a patroa ralhava e
cinicamente ameaçava chamar o conselho tutelar. “Trabalho infantil é crime, tu
quer prejudicar seus pais?”. A menina se calava. Como ela, que não tinha nem
documento de identidade, poderia argumentar sobre a interpretação das leis? E
assim recebia o segundo ensinamento: a submissão.
Lição que
era reforçada no cotidiano, até nos “conselhos” que recebia dos patrões. Iara
ganhava 100 reais mensais para trabalhar das 6 horas da manhã até a meia noite,
de segunda a domingo. Quando falava sobre o desejo de cursar uma faculdade,
ouvia da patroa: “Para com isso, menina, pobre tem que se conformar com o seu
lugar”.
Nos tempos atuais,
em que se abre uma nova era, outros obreiros surgem para fazer parte das
fileiras convocadas por Jesus. São as gerações recentes, que possuem as
legítimas aspirações do coração e do espírito, e que retornam ao corpo de carne
com o propósito de fundar a era do progresso moral. Esses Espíritos se
distinguem por inteligência e razão, geralmente possuidores de sentimentos
inatos do bem e simpatizantes de crenças espiritualistas. Não são exatamente
seres superiores, mas possuem certo progresso moral e se acham predispostos a
assimilar concepções transformadoras, de cunho religioso, científico e
filosófico, que lhes permitam agir em prol da consolidação do movimento de
regeneração do orbe. Ao analisar a chegada dos tempos, quando grandes acontecimentos
ocorrerão para a melhoria da Humanidade,Allan Kardec observa:
A nova geração marchará, pois, para a realização de todas as ideias humanitárias compatíveis com o grau de adiantamento a que houver chegado.Avançando para o mesmo alvo e realizando seus objetivos, o Espiritismo se encontrará com ela no mesmo terreno.Aos homens progressistas se deparará nas ideias espíritas poderosa alavanca e o Espiritismo achará, nos novos homens,espíritos inteiramente dispostos a acolhê-lo. [...]1
A nova geração marchará, pois, para a realização de todas as ideias humanitárias compatíveis com o grau de adiantamento a que houver chegado.Avançando para o mesmo alvo e realizando seus objetivos, o Espiritismo se encontrará com ela no mesmo terreno.Aos homens progressistas se deparará nas ideias espíritas poderosa alavanca e o Espiritismo achará, nos novos homens,espíritos inteiramente dispostos a acolhê-lo. [...]1
Bibliografia:
"O jovem, mais do
que todos os outros indivíduos, por se encontrar perante os desafios da
atualidade, em face da bagagem pretérita, pede o envolvimento da
responsabilidade dos mais vividos, que lhe possam balizar os rumos com a
dignidade tão profanada nestes dias de aturdimento e de ingentes lutas."
Raul Teixeira, Espírito Ivan de Albuquerque, no livro Cântico da Juventude, p. 26, Editora FRÁTER.
Raul Teixeira, Espírito Ivan de Albuquerque, no livro Cântico da Juventude, p. 26, Editora FRÁTER.
Na
entrevista com o médium Divaldo Pereira Franco, sob a inspiração do Espírito
Bezerra de Menezes, em homenagem aos 35 anos da Campanha Permanente de
Evangelização Espírita Infantojuvenil (2012), o preclaro mentor aponta uma
dessas graves questões: O jovem moderno vive uma rotina tecnológica muito
especial e perigosa. A comunicação virtual que se lhe encontra ao alcance no
lar, sem a orientação nem a vigilância dos pais, facilmente indu-lo à
convivência com portadores de transtornos de comportamento, pessoas viciosas,
grupos atormentados que o cativam e o arrastam para as suas malhas perigosas.
Esse trabalho de assistência é essencialmente da família, que tem o dever de
selecionar os sites que os filhos visitam, de tomar contato com os seus
relacionamentos dentro de uma convivência equilibrada e sem imposições
absurdas, facilitando o trabalho do evangelizador.
Capítulo
9: O QUE O ADOLESCENTE ESPERA DA SOCIEDADE E O
QUE A
SOCIEDADE ESPERA DO ADOLESCENTE
Livro:
ADOLESCÊNCIA E VIDA DIVALDO P FRANCO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS
O
adolescente é um ser novo, utilizando-se do laboratório fisio-psíquico em
diferente expressão daquela a que se
acostumara.
Algumas
das suas glândulas de secreção endócrina, como a pituitária inicialmente,
encarregam-se de secretar hormônios que caracterizam as graves e profundas
alterações na sua organização física a fim de que nos homens, os testículos
possam fabricar testosterona, encarregada das definições sexuais masculinas.
Nas meninas, os ovários dão início ao labor de produzir e eliminar estrógeno
que depois se torna cíclico, assinalando as formas da puberdade e logo se
transformando em ciclo menstrual. Os meninos igualmente experimentam uma
produção de estrógeno, que provém das glândulas suprarrenais e contribuem para
o desenvolvimento dos pelos pubianos e demais alterações externas do conjunto
genital que se unem para anunciar a chegada da puberdade.
Os
hormônios do crescimento secretados pela tireóide e pela pituitária no período
da puberdade passam por significativa transformação e respondem pelo
alongamento e peso do corpo — também denominado estirão de crescimento, que
dura em média quatro anos — e definem sua nova estrutura e forma.
Esse
período turbilhonado no jovem leva-o a verdadeiras crises existenciais de
identidade, de contestação de valores, decorrentes das mudanças físicas,
sexuais, psicológicas e cognitivas ao mesmo tempo.
Em razão da imaturidade, o
adolescente espera compreensão e auxílio da sociedade, que lhe deve
facultar campo para todos os conflitos, não os refreando nem os corrigindo, de
forma que o mundo se lhe torne favorável área para as suas experimentações, nem
sempre corretas, dando surgimento a novos conceitos e novas propostas de vida.
Essa
aspiração é justa, no entanto o ônus é muito alto quando os resultados se
apresentam funestos ou danosos, o que normalmente ocorre, tendo-se em vista que
a inadequação do jovem ao existente impede-o de entender o que sucede, não
possuindo recursos para solucionar os desafios que surgem e a todos aguardam.
Em se
tratando de Espírito amadurecido por outras vivências, o adolescente compreende que a sociedade cumpre
com deveres estabelecidos em programas vitais para o equilíbrio geral,
não podendo alterá-los a bel prazer, a fim de atender às variadas exigências
das mudanças constantes que têm lugar no comportamento dos seus membros. Esses
códigos, quando agredidos, produzem reações que geram desconforto e maior soma
de conflitos, facilmente evitáveis, se ocorre um engajamento que lhes modifique
as estruturas, favorecendo com novos programas de aplicação exeqüível. Em caso contrário, essa transformação
se opera mediante violências que desorganizam os grupos sociais e os
reconstroem sobre os escombros, assinalando a nova mentalidade com os
inevitáveis traumas decorrentes dos 30 métodos aplicados para sanear o que era
considerado ultrapassado e sem sentido.
Graças
ao avanço do conhecimento e às conquistas tecnológicas, o período de adolescência tem sido antecipado,
particularmente nas meninas, o que ocorre em razão da precocidade mental e da
contribuição dos veículos de comunicação de massa, propondo-lhes uma variedade
constante de projetos e necessidades, que se decepcionam com a sociedade, que
não está preparada para aceitar as imposições conflitivas do seu período de transição.
Nesse
esfervilhar de emoções e de sensações desconhecidas, o adolescente pretende que a sociedade compartilhe
das suas experiências e deixe-o à vontade para atender a todos os impulsos, e,
quando isso não ocorre, apresentam-se os choques de geração e as agressões de
parte a parte.
Passada
a turbulência orgânica, equilibrando-se
os hormônios, o indivíduo passa a reconsiderar os acontecimentos juvenis e faz
uma nova leitura dos seus atos, reprogramando-se, a fim de acompanhar o
processo cultural e social no qual se encontra situado.
O adolescente sempre espera da
sociedade a oportunidade de desfrutar dos prazeres em indefinição nele mesmo.
Estando em crise de identidade, não sabe realmente o que deseja, podendo mudar de um para outro
momento e isto não pode ser seguido pelo grupo social, que teria o dever de
abandonar os comportamentos aceitos a fim de incorporar insustentáveis
condutas, que logo cedem lugar a novas experiências.
Irreflexão, angústia, descontrole nas
atitudes são naturais no adolescente, que irá definindo rumos até encontrar um método de adaptação dos seus
sentimentos aos padrões vigentes e aceitos, ajustando-se, por fim, ao contexto que
antes combatia.
A chegada da maturidade e da razão
oferece diferente visão da sociedade, todavia os atos praticados já
produziram os seus efeitos e, se foram agressivos, os danos aguardam remoção,
ou pelo menos necessária reparação.
Por sua
vez, a sociedade espera
que o adolescente se submeta aos seus quadros de comportamento estabelecido,
muitas vezes necessitados de renovação, de mudança, face aos imperativos da lei
do progresso.
O adulto, representando o contexto
social, acredita que, oferecendo ao adolescente os recursos para uma existência
equilibrada, educação, trabalho, religião, esportes, etc., ter-se-á
desincumbido totalmente do compromisso, não se devendo preocupar com
mais nada e aguardando a resposta do entendimento juvenil mediante apoio
irrestrito, cooperação constante, continuidade dos seus empreendimentos.
Seria tediosa,
a vida social, e retrógrada, se fosse continuada sem as inevitáveis mudanças
impostas pelo progresso e trabalhadas pelas gerações novas, às vezes inspiradas
pelo pensamento filosófico ou científico, pelo idealismo da beleza e da arte,
da religião e da tecnologia, que encontram nos jovens a sua força motriz.
Todos os grandes empreendimentos e
movimentos da História,
surgidos nas almas luminosas dos eminentes missionários, repercutiram na juventude
e obtiveram a resposta em forma de desafio para a sua implantação, do que decorreram as admiráveis
transformações sociais e humanas que se impuseram na sucessão dos
tempos.
É
inevitável, portanto, que o
conflito de gerações, que é resultado da imposição caprichosa de parte a parte, seja resolvido pelo intercâmbio
de idéias e compreensão de necessidades reais do grupo social e do adolescente,
estabelecendo-se pontes de entendimento e cooperação, para que os dois extremos
se acerquem do objetivo, que é o auxílio recíproco.
A sociedade, na condição de bloco de identificação de valores,
espera que o adolescente
venha partilhar das suas definições sem as testar, sem experimentar a
sua fragilidade e resistências, o que seria uma acomodação, senão também uma
forma de submissão passiva, inviável para o ser em formação. A própria identidade do
adolescente, que está buscando rumos, reage contra tudo que se encontra feito,
terminado, e não passou pelo seu crivo, não experimentou a sua participação.
O adulto de hoje esquece-se do seu
superado período de adolescência — se é que já ocorreu — quando também
anelou muito e não conseguiu tudo quanto gostaria de realizar, foi aguardado e
não correspondeu à expectativa dos seus ancestrais.
Não
obstante, isto não implica
em aceitar toda imposição descabida ou qualquer indiferença mórbida pelo
processo social. Somente
uma aproximação natural do adolescente, com o grupo social em tranqüila
integração, resolve o questionamento que não se justifica, lima as arestas
das dificuldades existentes, trabalha as diferenças de comportamento e, juntos,
avançam em favor de um futuro melhor, onde todos estarão presentes construindo
o bem.
MOCIDADE - 13 de
novembro, o Dia do Jovem Espírita
Não pretendemos com esse artigo falar sobre o histórico do movimento de
Mocidades Espíritas, nem tão pouco da sua importância para a Casa e o Movimento
Espírita. Gostaríamos apenas de contribuir para o conhecimento do porque dessa
data.
Em 1949, após a assinatura do Pacto Áureo que criou o CFN/FEB (Conselho
Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira), os dois únicos
organismos do Movimento Espírita Juvenil do país resolveram aderir de pronto ao
Pacto e, em 13 de novembro, consumava-se, enfim, o ATO DE UNIFICAÇÃO DAS MOCIDADES E JUVENTUDES ESPÍRITAS, dando início ao Departamento de
Juventude da Federação Espírita Brasileira.
Esta data surge como um marco
para a história das Mocidades Espíritas, representando o idealismo acima do
personalismo, da confraternização acima do fracionamento, da mensagem
esclarecedora acima do melindre do estudo e do trabalho acima dos obstáculos
pessoais.
DIA
13 DE NOVEMBRO brilha para a HUMANIDADE como sendo o DIA DO JOVEM ESPÍRITA.
Para mais detalhes e informações, transcrevemos, no final deste, o Artigo Mocidade Espírita publicado
no Anuário Espírita de 1971. Porém a pergunta que fica é: O QUE É SER JOVEM ESPÍRITA?
Se buscarmos no dicionário Aurélio:
jo.vem - Adjetivo
de dois gêneros. 1.Que está na juventude; juvenil. 2.Juvenil (1). Substantivo
de dois gêneros.
es.pí.ri.ta - Adjetivo de dois gêneros.
1.Relativo ao espiritismo. Substantivo de dois gêneros. 2.Partidário dele.
[Sin. ger.: espiritista.]
Apesar de muito lógica, a definição que o Aurélio nos dá é pouco esclarecedora
ao que, na essência, venha a ser um Jovem e Espírita.
Antes de prosseguirmos,
gostaria de lembrar dois pequenos trechos do Livro O Evangelho Segundo o
Espiritismo, de Allan Kardec:
“Reconhece-se o verdadeiro espírita por sua transformação moral e
pelos esforços que faz para domar suas más tendências.”
(OS BONS ESPÍRITAS - Cap. 17, It. 4)
(OS BONS ESPÍRITAS - Cap. 17, It. 4)
“É chegado a hora em que deveis sacrificar, em favor da sua
divulgação (Doutrina Espírita), hábitos, trabalhos, ocupações fúteis.”
(MISSÃO DOS ESPÍRITAS - Cap. 20, It. 4)
(MISSÃO DOS ESPÍRITAS - Cap. 20, It. 4)
Olhando à nossa volta vemos
diversos exemplos de juventude. Seja onde for, de que jeito for, o jovem é
fácil de reconhecer e de se perceber sua presença. E, com o Jovem Espírita, não
é diferente. Pegamos alguns casos só para contextualizar:
“Uma jovem de 24 anos recusa o convite dos amigos para ir num show
de sua cantora preferida, que ocorrerá em sua cidade, só para estar presente
numa reunião de estudos preparatórios de um Encontro de Mocidades.”
“Jovens das mais variadas idades se reúnem aos finais de semana
para elaborar metodologias de como facilitar a assimilação da Doutrina por
outros jovens.”
“Um rapaz economiza os trocados, deixa de ir ao cinema, de comprar
uma camiseta da moda, só para conseguir estar presente numa reunião e
representar seu grupo de Mocidade.”
“Uma jovem dirigente de mocidade abre o Centro todo sábado no
mesmo horário, prepara a sala, arruma o material, e espera os participantes que
por vezes a deixaram esperando.”
“Mesmo sem apoio dos pais, um jovem vai às reuniões de mocidade,
pois gosta do estudo e das pessoas que lá estão. E, às vezes, deixa de ir a
festas de aniversário, casamentos, churrascos em família, para estar com os
amigos e estudar Espiritismo.
Pois bem, pela vivência que temos, é possível afirmar que ser Jovem Espírita é
isso e muito mais.
Ser Jovem Espírita é lutar contra as “tentações do mundo”. É se indispor às
vezes com a família só para estar na Mocidade. É se sacrificar em prol de algo
que acredita. É confiar em Deus e na espiritualidade.
Ser Jovem Espírita é a busca
pelo conhecimento das verdades eternas, pelo esclarecimento sobre as questões
mais íntimas como a perda de entes queridos e as divergências familiares.
Ser Jovem Espírita é
compreender as dores da alma, a fome e a pobreza. Entender o mundo dos
espíritos e ter na mediunidade uma ferramenta de caridade, e na alegria do
trabalho voluntário, a prática do Cristianismo. É querer trabalhar com os mais
velhos, mesmo sendo rotulado como irresponsável e imaturo.
Temos a oportunidade de ser
jovem e trabalhar com jovem. Mais do que um estado físico, a juventude é sim um
estado de espírito.
Por definição Mocidade Espírita
é: Um Grupo de jovens
que se reúnem com o objetivo de estudar a Doutrina Espírita, codificada por
Allan Kardec, e temas atuais à luz do Espiritismo, contribuindo, assim, para a
informação e formação moral do jovem. Este Grupo denominado MOCIDADE, é um
departamento do Centro Espírita, no qual realiza suas reuniões de Estudo e
desenvolve tarefas. Praticando os preceitos de Jesus, a Mocidade interage no
meio-social. Estrutura atividades que atendam aos interesses e necessidades do
jovem que dela participa. Através do Movimento de Unificação busca seu
aperfeiçoamento.
A Mocidade deve ser vista como um Departamento da Casa Espírita,
assim como é a Evangelização, a Assistência Social, a Orientação Doutrinária,
Mediunidade, etc. Todos fazemos parte de um mesmo grupo de trabalho, não
podemos e nem devemos trabalhar como uma caixa dentro de outra caixa.
É nesse grupo chamado Mocidade Espírita que se fornece
oportunidades de ser jovem em qualquer lugar e ambiente da sociedade. Por isso
não nos equivocamos em dizer que a MOCIDADE ESPÍRITA
É LUGAR DE SER JOVEM.
Parabéns aos Jovens Espíritas que construíram esse movimento. Bom
trabalho para os Jovens Espíritas que seguem confiantes na promessa do jovem Rabi da Galiléia.
ASPECTO HISTÓRICO DAS MOCIDADES E JUVENTUDES ESPÍRITAS
Não há documentos que atestem ser a década de 1930 a data para o
surgimento dos grupos de jovens com o objetivo do estudo da
Doutrina Espírita; nem quem foi o receptor intuitivo desse plano de trabalho,
que certamente foi elaborado pela Espiritualidade.
Pela espiritualidade, sim! De outra sorte, careceria de explicação
plausível a singular multiplicação, o estranho fenômeno de crescimento dos
núcleos juvenis espíritas.
Ramiro Gama fala em 1933, na cidade de Araçatuba a primeira
Mocidade Espírita; Alberto Nogueira da Gama registra a fundação da União das
Juventude Espírita, em 22 de maio de 1932, na sede do Centro Espírita Maria de
Nazaré, em Santana, São Paulo – Capital, como marco... Segundo pesquisas a
primeira Mocidade Espírita seria fundada na cidade de Bebedouro/SP,
em 1930.
Por todo o país, jovens idealistas, sob a inspiração da
Espiritualidade, projetam e concretizam locais de estudo, onde pudessem
cultivar o pensamento e trabalhar pelos ideais do coração.
Desse movimento desencadeado e intensamente desenvolvido, na
Guanabara (hoje Rio de Janeiro) nasce a 31 de agosto de 1947 a União das
Juventudes Espíritas do Distrito Federal, fundada por uma assembléia das
Mocidades Espíritas da Guanabara e em 25 de julho de 1948, por deliberação do
1º Congresso de Mocidades Espíritas do Brasil, nasce o Conselho Consultivo de
Mocidades Espíritas do Brasil. Figuravam como os dois únicos organismos
federativos do Movimento Espírita Juvenil...
As Mocidades Espíritas se viam na obrigatoriedade de se definir
para um outro lado, fracionando o espírito de solidariedade e trabalho.
Em 05 de outubro de 1949 surge o Pacto Áureo, definindo a
Federação Espírita Brasileira. Os dois organismos federativos, de pronto,
entenderam a situação e aderiram incondicionalmente e há 13 de NOVEMBRO DE 1949
em radiosa manhã de Domingo, nos estúdios da Rádio Clube do Brasil, na
Hora Espiritualista , João Pinto de Souza e com a intercessão conciliadora de
Geraldo de Aquino, diretor do programa, consumava-se, enfim, o ATO DE UNIFICAÇÃO DAS MOCIDADES E JUVENTUDES ESPÍRITAS,
das quais aqueles dois órgãos eram a mais alta expressão representativa.
Surge , então o Departamento de Juventude da Federação Espírita
Brasileira.
Esta data surge para a história das Mocidades Espíritas como
representando o idealismo acima do personalismo, da confraternização acima do
fracionismo, da mensagem esclarecedora acima do melindre do estudo e do
trabalho acima dos obstáculos pessoais...
DIA 13 DE NOVEMBRO brilha para a HUMANIDADE como sendo o DIA DO
JOVEM ESPÍRITA.
A PRIMEIRA MOCIDADE ESPÍRITA NO MUNDO
Os espíritas podem agora começar, como reais pensadores e
filantropos, a trabalhar nas verdadeiras raízes da sociedade.
Estas palavras foram pronunciadas há 100 anos, quando o movimento
de jovens espíritas foi iniciado em New York, no dia 25 de janeiro de 1863.
São, todavia, tão atuais como se tivessem sido pronunciadas hoje pela
manhã. Com elas Andrew Jackson Davis iniciou o movimento de jovens espíritas no
mundo. Davis foi um extraordinário médium americano nascido em 11 de agosto de
1826, em Blooming Grove, Orange County, Estado de New York. Desencarnou em
1910.
Propagandista espírita e sensitivo de extraordinária faculdades,
Davis foi levado, em transporte, a uma colônia espiritual que lhe disseram
chamar-se Summerland. Ali deparou com uma organização social maravilhosa,
destacando-se grupos de jovens em labor espiritual. Em confronto com o que viu,
as escolas dominicais das diversas religiões na Terra pareceram-lhe verdadeiras
aberrações onde as crianças encarnadas aprendiam toda uma série de idéias
errôneas e perniciosas, capazes de torná-las limitadas e intolerantes,
arruinando-lhes a vida.
Numa palestra realizada no Dodsworth Hall, nº 806, Broadway, New
York, no dia 25 de janeiro de 1863, narrou o que viu e fez comparações com o
que existia na Terra. Ao conjunto de seus pensamentos foi dado o nome de
Harmonial Philosophy.
No mesmo dia foi iniciado o novo movimento, abrangendo jovens de
todas as idades, dando começo ao que no Brasil denominamos “Curso de Moral
Evangélica” e Mocidades ou Juventudes Espíritas. A isto Davis denominou
Children’s Progressive Lyceum, flagrantemente homenageado a antiga escola
ateniense onde Sócrates ministrava ensino aos seus discípulos. Assim nasceu o
Movimento Liceumista no seio do Espiritismo. Dai para a frente, propunha-se que
a criança e o jovem deveriam aprender as verdades do mundo espiritual mediante
uma compreensão racional e não mais em conformidade com as rançosas prescrições
da teologia ortodoxa.
As reuniões eram dominicais e nelas faziam-se promoções em torno
da verdade, do amor, da beleza, da arte, da saúde, da ciência e da filosofia.
Essa instrução, entretanto, deveria ser ministrada de quatro maneiras
diferentes. Fisicamente por exercícios e diversões sadias; intelectualmente,
pela leitura e o estudo; moralmente, pelo estudo da mente e o encorajamento ao
aprofundamento de raciocínios; e com mais ênfase, espiritualmente, pelo exame
das verdades que constituem o eixo da vida.
Um dos lemas do movimento era: Vivemos para aprender e aprendemos
para viver. A Inglaterra foi o segundo país a acolher o movimento de jovens
espíritas, levado à ilha por James Burns, editor do Medium and Daybreak. O
avanço na Grã-Bretanha foi feito pelas cidades de Nothinghan, em junho de 1866
e Keyghley, no Yorkshire, onde, em 1853, com seus amigos owenistas(discípulos
do líder socialista Robert Owen), David Richmond havia fundado o primeiro
templo espírita da Inglaterra. Com o progresso do núcleo de Keyghley, fundado
em julho de 1870, em outubro de 1884 fundava-se o terceiro em Sowerby Bridge.
Andrew Jackson Davis, o fundador do movimento de mocidades
espíritas, foi uma espécie de João Batista , preparando o caminho para a
Terceira Revelação já bem antes das Irmãs Fox e Allan Kardec.
O movimento liceumista floresceu extraordinariamente, até 1930,
quando entrou em declínio. Os freqüentadores se tornaram mais raros e os
núcleos se foram extinguindo. E é muito curioso notar que, ao mesmo
tempo, a idéia como que se transferiu para o Brasil. A 22 de maio de 1932
moços espíritas se reuniam em São Paulo e ali, no Centro Maria de Nazaré,
constituíam o primeiro núcleo de que se tem notícia em terras do Cruzeiro. Tal
qual sucedeu com o movimento esboçado por Davis, a idéia se propagou. O segundo
núcleo brasileiro parece ter sido em Santos, Estado de São Paulo, fundado a 14
de junho de 1934. O Andrew J. Davis brasileiro chamou-se Luís Gomes da Silva.
Tendo por modelo o grupo paulista, em 1936 outras entidades de
jovens começaram a surgir no Rio de Janeiro.
ARTIGO: Mocidade
Espírita
FONTE: Anuário Espírita de 1971
FONTE: Anuário Espírita de 1971
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