Tema
do mês: MUNDO ESPÍRITA Data: 29 jun 13
Tema
da aula: Mediunidade
Objetivo
Formativo: Reconhecer a interdependência entre o mundo espiritual e
material.
Objetivo
Informativo: Identificar a natureza do corpo espiritual e as características
que as fundamentam.
Objetivo da aula: Resgatar conceitos sobre mediunidade,
como ocorre em nosso corpo e sua importância + impacto na vida.
Incentivo Inicial: Simulando um médium - 15’
Para começar, alguém sabe dizer o que é ser um médium?
- Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos
Espíritos é, por esse fato, médium.
Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um
privilégio exclusivo. (Livro dos Médiuns, Q 159)
3 pessoas são chamadas para fazer o exercício de simulação.
Simulando a psicografia: uma pessoa ficará sentada, a outra em
pé atrás ou ao lado da pessoa sentada e a terceira ficará posicionada do outro
lado.
Orientar a pessoa em pé posicionar suas mãos viradas para baixo,
acima da cabeça da pessoa sentada e começar a ditar uma frase para que a pessoa
sentada possa ouvi-la e escrevê-la. (psicografia intuitiva)
- Nesta simulação estamos observando o médium encarnado sentado,
o espírito desencarnado colocando as mãos sobre o perispírito do médium e o
mentor do médium que permanece ao seu lado a todo momento, exercendo o papel de
proteção (caso o espírito tenha alguma influência que não seja positiva para o
médium ou caso o médium precise de alguma ajuda neste momento).
Esse tipo de evento mediúnico também pode acontecer de outras
maneiras, como por exemplo: orientar a pessoa que representa o espírito
desencarnado a posicionar uma mão nas costas do médium e a outra acima da mão
do médium, para então ditar uma frase e ao mesmo tempo, exercer influência
energética sobre os nervos e musculatura do perispírito do médium, induzindo-o
à escrita. (psicografia semi-mecânica)
- Nesta situação, o mentor também continua ao lado do médium
atuando para sua orientação e proteção (ele sempre está ao nosso lado, nesta ou
em qualquer outra situação), e o espírito atua sobre o perispírito do médium,
aproveitando as forças naturais (energia dos nervos e centros de força) do
corpo do médium para realizar a escrita. Neste caso e no anterior, o médium tem
a consciência do que o espírito desencarnado diz antes de escrever, porém, na
segunda simulação, o médium tem a escrita influênciada pelo plano espiritual
(ele não decide, necessariamente, o que vai escrever). Existem ainda, médiuns
que fazem a psicografia mecânica, onde não têm a consciência prévia das
frases/palavras que o espírito desencarnado emite e tem a escrita completamente
mecânica, influenciada pelo espírito comunicante.
Agora, vamos fazer outra simulação com mais 3 pessoas
diferentes:
Simulando a vidência: o médium ficará sentado (apenas para
facilitar a simulação), o espírito desencarnado ao lado dele e o mentor do
outro lado. O médium fechará os olhos e o espírito desencarnado vai transmitir
uma imagem (neste caso, a pessoa precisará descrever – falando baixo no ouvido
do colega sentado - como se a imagem estivesse sendo passada ao médium. Ex: um
balde marrom com galhos verdes dentro e alguns pontos coloridos, como flores desabrochando.
Logo, o médium vai descrever essa imagem, de olhos fechados, da maneira como
ele vê esta descrição, podendo dizer que está vendo um vaso de flores...). O
médium deverá então, falar aos demais o que está vendo de olhos fechados.
Nesta simulação observem que o mentor continua ao lado do médium
cumprindo seu importante papel de proteção, neste momento. Para fazer o
exercício foi preciso que a pessoa representando o espírito desencarnado
falasse sobre qual é a imagem passada ao médium, porém, quando isso ocorre
verdadeiramente, o espírito desencarnado pode apenas influenciar transmitindo
diretamente uma imagem, sem que precise falar sobre ela ou ainda o médium pode
visualizar o próprio espírito que está próximo ou, ainda, as duas coisas ao
mesmo tempo. Percebam também que o médium descreveu a imagem que viu de olhos
fechados... Isso quer dizer que quando um médium vê ou ouve algo do plano
espiritual, ele não utiliza os olhos e os ouvidos para isso, na realidade, é o cérebro
que percebe essas informações.
Desenvolvimento: Entendendo os médiuns e a mediunidade – 30’
No
cérebro existe uma glândula que se chama pineal ou epífise, essa glândula
é a
responsável por captar, de maneira inconsciente, as informações vindas
do plano
espiritual.
Quando um médium está tendo a influência de um espírito,
por exemplo, essa glândula fica com um fluxo energético mais intenso, brilhando
bastante.
Mas como
tudo isso como começou?
- Passar
curta de Kardec estudando e os eventos mediúnicos acontecendo com os médiuns.
Explicar como isso aconteceu e os tipos de mediunidade observadas por ele.
O que é,
então, um médium? (leitura dos evangelizandos)
Trabalhar o trecho do Livro dos Médiuns, separando
conforme apresentação em power point para facilitar a compreensão:
Todo
aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse
fato, médium.
Essa
faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio
exclusivo. Por isso mesmo, raras
são as
pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos
são, mais ou
menos,
médiuns. Todavia, usualmente, assim
só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se
mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos
patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou
menos sensitiva. É de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela,
da mesma maneira, em todos. Geralmente,
os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta ou
daquela
ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de
manifestações.
As
principais formas de mediunidade são: a dos médiuns de efeitos físicos; a dos
médiuns sensitivos ou impressionáveis; a dos audientes; a dos videntes; a dos
sonambúlicos; a dos curadores; a dos pneumatógrafos; a dos escreventes ou
psicógrafos.
Explorar
os temas:
- Todos temos mediunidade?
- Então,
todos somos médiuns?
-
Diferenciar paranormalidade de mediunidade
-
Mediunidade na infância e adolescência
- Para
quê serve a mediunidade?
- Padrão de pensamentos e
importância da oração
Fixação: O quê fazer se
eu for um médium? – 10’
- Oração sempre, conectar com a equipe do irmão José
- Tomar os passes e fazer os tratamentos espirituais
- Estudar, pois o entendimento ajuda no controle do médium
(Livro dos Médiuns, Livro dos Espíritos, Aulas de Evangelização, etc)
- Manter pensamento elevado em Jesus, Deus, conectado com o bem
- Praticar o bem
Prece Final –
2’
Próxima aula: Livro – Brasil,
Coração do Mundo - A Patria do Evangelho
Lembrar Campanha “Fome Não, Amor
Sim”: Fubá
Bibliografia:
O que é
médium?
Todo
aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse
fato, médium.
Essa
faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio
exclusivo. Por isso mesmo, raras
são as
pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos
são, mais ou
menos,
médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a
faculdade mediúnica se
mostra
bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que
então depende de
uma
organização mais ou menos sensitiva. É de notar-se, além disso, que essa
faculdade não se revela, da
mesma
maneira, em todos. Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os
fenômenos desta ou
daquela
ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de
manifestações.
As
principais são: a dos médiuns de efeitos físicos; a dos médiuns sensitivos ou
impressionáveis; a dos
audientes;
a dos videntes; a dos sonambúlicos; a dos curadores; a dos pneumatógrafos; a
dos escreventes
ou psicógrafos.
O Livro
dos Médiuns – Q. 159
Médium
quer dizer medianeiro, intermediário. Mediunidade é a faculdade humana,
natural, pela qual
se
estabelecem as relações entre homens e espíritos.
Mediunidade
– J. Herculano Pires – cap. I
O médium
é exatamente aquele indivíduo que tem a possibilidade de propiciar a
comunicação dos
mortos
com os vivos. Não se trata de alguém dotado de poderes milagrosos, não! Nem de
alguém atuado
pelo
demônio! Tampouco alguém que sofra das faculdade mentais. Não, nada disto. Apenas
tem a condição
de
permitir o intercâmbio entre a Humanidade desencarnada e a encarnada.
Mediunidade, acima de tudo, é
uma
ferramenta de trabalho, para consolar os que sofrem, para esclarecer os que se
debatem nas trevas,
quer
sejam encarnados ou desencarnados.
Na
acepção mais ampla do termo, todos somos médiuns pois todos estamos sujeitos à
influência
dos
Espíritos. Uns mais, outros menos. No entanto, há pessoas que apresentam esta
faculdade em grau
mais
acentuado; nelas o fenômeno se faz mais patente, mais evidenciado. São aquelas
pessoas que vêem
os
Espíritos, ouvem as suas vozes, dando-nos os seus recados e mensagens...
A
Obsessão e seu Tratamento Espírita – Celso Martins – pág. 39
Os
médiuns, em sua generalidade, não são missionários na acepção comum do termo;
são almas
que
fracassaram desastradamente, que contrariaram, sobremaneira, o curso das leis
divinas, e que
resgatam,
sob o peso de severos compromissos e ilimitadas responsabilidades, o passado
obscuro e
delituoso.
O seu pretérito, muitas vezes, se encontra enodoado de graves deslizes e de
erros clamorosos.
Quase
sempre, são espíritos que tombaram dos cumes sociais, pelos abusos do poder, da
autoridade, da
fortuna
e da inteligência, e que regressam ao orbe terráqueo para se sacrificarem em
favor do grande
número
de almas que desviaram das sendas luminosas da fé, da caridade e da virtude.
São almas
arrependidas,
que procuram arrebanhar todas as felicidades que perderam, reorganizando, com
sacrifícios,
tudo
quanto esfacelaram nos seus instantes de criminosas arbitrariedades e de
condenável insânia.
Pérolas
do Além – Chico Xavier – pág. 155
Ser
médium não quer dizer que a alma esteja agraciada por privilégios ou conquistas
feitas. Muitas
vezes, é
possível encontrar pessoas altamente favorecidas com o dom da mediunidade, mas
dominadas,
subjugadas
por entidades sombrias ou delinqüentes, com as quais se afinam de modo
perfeito, servindo ao
escândalo
e à perturbação, em vez de cooperarem na extensão do bem. Por isso é que não
basta a mediunidade para a concretização dos serviços que nos competem.
Precisamos da Doutrina do Espiritismo,
do
Cristianismo puro, a fim de controlar a energia medianímica, de maneira a
mobilizá-la em favor da
sublimação
espiritual na fé religiosa, tanto quanto disciplinamos a eletricidade, a
benefício do conforto na
Civilização.
Pérolas
do Além – Chico Xavier – pág. 157
Todos
nós somos médiuns?
A
mediunidade não é exclusiva dos chamados "médiuns". Todas as
criaturas a possuem, porquanto
significa
percepção espiritual, que deve ser incentivada em nós mesmos. Não bastará,
entretanto, perceber.
É
imprescindível santificar essa faculdade, convertendo-a no ministério ativo do
bem. A maioria dos
candidatos
ao desenvolvimento dessa natureza, contudo, não se dispõe aos serviços
preliminares de
limpeza
do vaso receptivo. Dividem, inexoravelmente, a matéria e o espírito,
localizando-os em campos
opostos,
quando nós, estudantes da verdade, ainda não conseguimos identificar
rigorosamente as fronteiras
entre
uma e outro, integrados na certeza de que toda a organização universal se
baseia em vibrações
puras.
Pérolas
do Além – Chico Xavier – pág. 149
- Sempre
se há dito que a mediunidade é um dom de Deus, uma graça, um favor. Por que,
então,
não
constitui privilégio dos homens de bem e por que se vêem pessoas indignas que a
possuem no mais
alto
grau e que dela usam mal?
- Todas
as faculdades são favores pelos quais deve a criatura render graças a Deus,
pois que
homens
há privados delas. Poderias igualmente perguntar por que concede Deus vista
magnífica a
malfeitores,
destreza a gatunos, eloquência aos que dela se servem para dizer coisas
nocivas. O mesmo se
dá com a
mediunidade. Se há pessoas indignas que a possuem, é que disso precisam mais do
que as
outras,
para se melhorarem. Pensas que Deus recusa meios de salvação aos culpados? Ao
contrário,
multiplica-os
no caminho que eles percorrem; põe-nos nas mãos deles. Cabe-lhes aproveitá-los.
Judas, o
traidor,
não fez milagres e não curou doentes, como apóstolo? Deus permitiu que ele
tivesse esse dom,
para
mais odiosa tornar aos seus próprios olhos a traição que praticou.
O Livro
dos Médiuns – Allan Kardec – cap. XX – Q. 226, 2ª
Há quem
se admire de que, por vezes, a mediunidade seja concedida a pessoas indignas,
capazes
de a
usarem mal. Parece, dizem, que tão preciosa faculdade deverá ser atributo
exclusivo dos de maior
merecimento.
Digamos,
antes de tudo, que a mediunidade é inerente a uma disposição orgânica, de que
qualquer
homem
pode ser dotado, como da de ver, de ouvir, de falar. Ora, nenhuma há de que o
homem, por efeito
do seu
livre-arbítrio, não possa abusar, e se Deus não houvesse concedido, por
exemplo, a palavra senão
aos
incapazes de proferirem coisas más, maior seria o número dos mudos do que o dos
que falam. Deus
outorgou
faculdades ao homem e lhe dá a liberdade de usá-las, mas não deixa de punir o
que delas abusa.
Se só
aos mais dignos fosse concedida a faculdade de comunicar com os Espíritos, quem
ousaria
pretendê-la?
Onde, ao demais, o limite entre a dignidade e a indignidade? A mediunidade é
conferida sem
distinção,
a fim de que os Espíritos possam trazer a luz a todas as camadas, a todas as
classes da
sociedade,
ao pobre como ao rico; aos retos, para os fortificar no bem, aos viciosos para
os corrigir. Não
são
estes últimos os doentes que necessitam de médico? Por que o privaria Deus, que
não quer a morte do
pecador,
do socorro que o pode arrancar ao lameiro? Os bons Espíritos lhe vêm em auxílio
e seus
conselhos,
dados diretamente, são de natureza a impressioná-lo de modo mais vivo, do que
se os
recebesse
indiretamente.
O
Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec – cap. XXIV – item 12
Nosso
Espírito residirá onde projetarmos nossos pensamentos, alicerces vivos do bem e
do mal.
Por isto
mesmo, dizia Paulo, sabiamente: - "Pensai nas coisas que são de
cima".
Palavras
de Emmanuel – Chico Xavier – pág. 148
Em todos
os tempos houve médiuns naturais e inconscientes que, pelo simples fato de
produzirem
fenômenos
insólitos e incompreendidos, foram qualificados de feiticeiros e acusados de pactuarem
com o
diabo;
foi o mesmo que se deu com a maioria dos sábios que dispunham de conhecimentos
acima do
vulgar.
A ignorância exagerou seu poder e, muitas vezes, eles mesmos abusaram da
credulidade pública,
explorando-a.
O Que é
o Espiritismo – Allan Kardec – pág. 104
As
crianças podem revelar traços mediúnicos.
Não
devem porém, ser conduzidas ao intercâmbio.
Em
geral, pela sua imaturidade, não saberão fazer uso de sua faculdade e poderão,
em decorrência
de sua
comunicação precoce com o invisível, tornarem-se presas fáceis de Espíritos
malévolos, inimigos
seus do
passado, ou de Espíritos levianos que as terão por instrumentos de sua
irresponsabilidade.
Ressalvemos,
contudo, a espontaneidade.
Poderá
eclodir o fenômeno espontâneo através de uma criança, independente de sessões
organizadas
ou mesmo distante de qualquer prévio estudo doutrinário. Nesse caso, raro na
proporção de
um por
bilhões de criaturas, a naturalidade do fenômeno revela-nos que aquele espírito
está efetivamente
preparado
e comporta a prática normal do intercâmbio.
Mas, não
olvidemos o quadro de perturbações momentâneas a que a criança está sujeita a
sofrer
em
decorrência do clima espiritual desequilibrado de seu lar. Essas perturbações,
muito freqüentes,
poderão
ser confundidas com a mediunidade espontânea, mas cessarão tão logo o lar se
reequilibre,
porque
eram efeitos e não a causa da ocorrência.
Findos
os efeitos, pela extinção da causa, a criança retornará aos seus brinquedos e
às suas
ocupações
habituais, próprias da infância, vivendo o período indispensável ao seu
aprimoramento interior e
ao
cumprimento dos planos reencarnatórios estabelecidos a seu benefício pela
Espiritualidade Maior.
Em regra
geral as crianças não devem sequer, freqüentar reuniões mediúnicas de nenhuma
natureza,
nem como acompanhantes e menos ainda como participantes. Elas são permeáveis
demais às
influenciações
e aos miasmas mentais acumulados pelo agrupamento de Espíritos enfermos numa
reunião
mediúnica,
sofrendo-lhes as pressões e contágio na forma de doenças orgânicas e
perispirituais.
Só mesmo
podem, e devem, freqüentar reuniões públicas não mediúnicas que tenham por
escopo
central
o conhecimento dos princípios Espíritas e as aulas de Moral Espírita-Cristã,
que lhes fornecerão o
roteiro
de seu futuro no comportamento sadio do presente.
No tempo
próprio serão chamadas a outros setores.
Afastando
as crianças do contato com as reuniões mediúnicas - assim como afastamos nossos
filhos
dos laboratórios de química e outros semelhantes -, procuremos sanar as origens
de suas
perturbações
espirituais transitórias, renovando os lares em que crescem com a instalação do
"Culto do
Evangelho",
com a doutrinação de nossa língua, com o fenecimento dos comentários picantes e
nervosos
às horas
das refeições, com o domínio de nossos ímpetos agressivos, com a reforma de
nosso
comportamento.
Desenvolvimento
Mediúnico – Roque Jacintho – pág. 25
- Haverá
inconveniente em desenvolver-se a mediunidade nas crianças?
-
Certamente e sustento mesmo que é muito perigoso, pois que esses organismos
débeis e
delicados
sofreriam por essa forma grandes abalos, e as respectivas imaginações excessiva
sobreexcitação.
Assim, os pais prudentes devem afastá-las dessa idéias, ou, quando nada, não
lhes falar
do
assunto, senão do ponto de vista das conseqüências morais.
- Há, no
entanto, crianças que são médiuns naturalmente, quer de efeitos físicos, quer
de escrita e
de
visões. Apresenta isto o mesmo inconveniente?
- Não;
quando numa criança a faculdade se mostra espontânea, é que está na sua
natureza e que a
sua
constituição se presta a isso. O mesmo não acontece, quando é provocada e
sobreexcitada. Nota que a
criança,
que tem visões, geralmente não se impressiona com estas, que lhe parecem coisa
naturalíssima, a
que dá
muito pouca atenção e quase sempre esquece. Mais tarde, o fato lhe volta à
memória e ela o explica
facilmente,
se conhece o Espiritismo.
- Em que
idade pode a criança ocupar-se de mediunidade?
- Não há
idade precisa, tudo dependendo inteiramente do desenvolvimento físico e, ainda
mais, do
desenvolvimento
moral. Há crianças de doze anos a quem tal coisa afetará menos do que a algumas
pessoas
já feitas.
O Livro
dos Médiuns – Allan Kardec – cap. XVIII – item 6, 7 e 8
Allan
Kardec desaconselha o exercício da mediunidade pelas crianças, atento aos
vários
inconvenientes
que possam advir.
* * *
No exame
do assunto, há que se observar o problema do desenvolvimento sob duplo sentido:
físico
e
mental.
Há
crianças bem desenvolvidas fisicamente, mas de recursos mentais e intelectuais
deficientes, o
que
reforça a sábia orientação do eminente Codificador.
Existem
crianças fisicamente pouco desenvolvidas, porém, mental e intelectualmente bem
dotadas.
Em ambos
os casos a prudência aconselha seja evitado, junto à criança, o trabalho
mediúnico.
* * *
Desenvolver
a mediunidade, ou seja, educá-la, significa colocar-nos em relação e
dependência
magnética,
mental e moral com entidades dos mais variados tipos evolutivos - evoluídas ou
involuídas.
O frágil
organismo infantil e sua inexperiência podem sofrer os efeitos de uma
aproximação
obsediante.
* * *
A
imaginação da criança é, sobremodo, excitável, o que pode ocasionar
conseqüências perigosas
sob o
ponto de vista do equilíbrio, da estabilidade espiritual.
A
criança é facilmente impressionável.
* * *
Em
decorrência das próprias leis da natureza, vive a criança em mundo diferente,
muito pessoal.
Restrito
às diversões infantis.
Por
influência dos próprios companheiros da mesma faixa etária, pode a criança
querer "brincar de
mediunidade",
o que não seria de todo estranhável, porque há muita gente adulta
"brincando de
mediunidade",
tornando-se veículo da satisfação de sua curiosidade e de seus interesses
pessoais.
* * *
Espíritos
perversos ou brincalhões podem aproveitar a fragilidade e inocência infantis
para
exercerem
assédio sobre os ainda pequeninos intermediários do Mundo Espiritual.
* * *
São
negativos todos os aspectos do desenvolvimento mediúnico das crianças.
O
Codificador, missionário escolhido, estava certo ao desaconselhar tal proceder.
* * *
Há
recursos de amparo às crianças que revelam mediunidade.
Prece em
seu favor e dos Espíritos que delas tentam acercar-se.
Passes
ministrados por companheiros responsáveis.
Freqüência
às aulas espíritas de Evangelho, a fim de que possam, a pouco e pouco, ir
assimilando
noções
doutrinárias compatibilizadas com sua idade.
* * *
Assim
como os pais da Terra "esperam, compassivos, pelo crescimento dos
filhos", esperemos,
também,
que o crescimento da criança enseje a oportunidade de sua integração na
paisagem mediúnica.
Mediunidade
e Evolução – Martins Peralva – pág. 137
Mediunidade
na adolescência
É
geralmente na adolescência, a partir dos doze ou treze anos, que se inicia o
segundo ciclo. No
primeiro
ciclo só se deve intervir no processo mediúnico com preces e passes, para
abrandar as excitações
naturais
da criança, quase sempre carregadas de reminiscências estranhas do passado
carnal ou espiritual.
Na
adolescência o seu corpo já amadureceu o suficiente para que as manifestações
mediúnicas se tornem
mais
intensas e positivas. É tempo de encaminhá-la com informações mais precisas
sobre o problema
mediúnico.
Não se deve tentar o seu desenvolvimento em sessões, a não ser que se trate de
um caso
obsessivo.
Mas mesmo nesse caso é necessário cuidado para orientar o adolescente sem
excitar a sua
imaginação,
acostumando-o ao processo natural regido pelas leis do crescimento.
O passe,
a prece, as reuniões para estudo doutrinário são os meios de auxiliar o
processo sem
forçá-lo,
dando-lhe a orientação necessária.
Certos
adolescentes integram-se rápida e naturalmente na nova situação e se preparam a
sério
para a
atividade mediúnica. Outros rejeitam a mediunidade e procuram voltar-se apenas
para os sonhos
juvenis.
É a hora das atividades lúdicas, dos jogos e esportes, do estudo e aquisição de
conhecimentos
gerais,
da integração mais completa na realidade terrena. Não se deve forçá-los, mas
apenas estimulá-los
no
tocante aos ensinos espíritas. Sua mente se abre para o contato mais profundo e
constante com a vida
do
mundo. Mas ele já traz na consciência as diretrizes próprias da sua vida, que
se manifestarão mais ou
menos
nítidas em suas tendências e em seus anseios. Forçá-lo a seguir um rumo que
repele é cometer
uma
violência de graves conseqüências futuras. Os exemplos dos familiares influem
mais em suas opções
do que
os ensinos e as exortações orais. Ele toma conta de si mesmo e firma a sua
personalidade. É
preciso
respeitá-lo e ajudá-lo com amor e compreensão.
O
terceiro ciclo ocorre geralmente na passagem da adolescência para a juventude,
entre os dezoito
e vinte
e cinco anos. É o tempo, nessa fase, dos estudos sérios do Espiritismo e da
Mediunidade, bem
como da
prática mediúnica livre, nos centros e grupos espíritas. Se a mediunidade não
se definiu
devidamente,
não se deve ter preocupações. Há processos que demoram até a proximidade dos 30
anos,
da
maturidade corporal, para a verdadeira eclosão da mediunidade. Basta mantê-lo
em ligação com as
atividades
espíritas, sem forçá-lo. Se ele não revela nenhuma tendência mediúnica, o
melhor é dar-lhe
apenas
acesso a atividades sociais ou assistenciais. As sessões de educação mediúnica
(impropriamente
chamadas
de desenvolvimento) destinam-se apenas a médiuns já caracterizados por
manifestações
espontâneas,
portanto já desenvolvidos.
Mediunidade
– J. Herculano Pires – pág. 12
http://medicinaespiritual.blogspot.com.br/2008/08/animismo-e-mediunidade-em-crianas-dr.html
Animismo e
Mediunidade em Crianças - Dr. Ricardo Di Bernardi
CONCEITO
Mediunidade em crianças, significa, que a criança tem percepção extra-sensorial
isto é , capta, sente, e se inter-relaciona com outras dimensões; dimensões
estas conhecidas pela designação de “mundo espiritual”.
Muitos consideram estas relações como meras fantasias infantis, mas, apesar
destas fantasias existirem ( e são situações importantes para a criança e devem
ser objeto de estudo do psicólogo e do pediatra), há também percepções
espirituais claras, definidas, com diálogoslúcidos contendo informações
comprovadamente desconhecidas pela criança, a serem confirmadas pelo estudioso.
LEMBRANÇAS DE VIDAS PASSADAS
Há crianças que se recordam, inclusive, de vidas passadas, conforme os milhares
de casos documentados em inúmeras universidades. Em Virgínia, USA, por exemplo,
Yan Stevenson, neuropsiquiatra, em seus arquivos, tem 2.000 crianças fichadas,
com relatos bem detalhados. Tratam-se de crianças que informam muitas minúcias
de vidas pretéritas, as quais são exaustivamente pesquisadas e, por fim,
comprovadas. Tais informações compreendem a chamada Memória Extra-Cerebral
(MEC), que não pertence ao cérebro, mas, sim, a uma outra estrutura energética
(espiritual), da criança. São vivências que o espírito experienciou em vidas
anteriores, gravadas nos seus corpos sutis, cujas vibrações extravazam para o
consciente do infante.
FORMAS PENSAMENTO
Voltando às visões da criança, e excluindo-se as chamadas fantasias infantis,
há situações em que a criança plasma determinada imagem (ideoplastia ou
forma-pensamento), a qual é vitalizada com bioenergia (energia vital, fluido
vital, prana). Exemplificativamente, se a criança crê, firmemente, no
bicho-papão, e alguém sempre o descreve em detalhes, ela mentalmente criará a
figura e alimentará esta forma-pensamento com sua energia dando-lhe vida
aparente (transitória). Um médium vidente pode, facilmente, enxergar esta
ideoplastia criada pela criança, decorrente de uma educação mal-orientada.
PERCEPÇÃO DE ESPÍRITOS
No entanto, existem muitas situações em que a criança, realmente, vê espíritos.
Nesta fase, isto é, até os 7 anos de idade (e, principalmente, até os 4), o
infante tem seu corpo energético (espiritual) ainda não totalmente fixado ao
corpo biológico. As “sobras” do corpo energético se constituem em janelas
psíquicas, ou seja, aberturas para a percepção do campo espiritual. Algumas
crianças, com a mielinização cerebral (amadurecimento dos neurônios), em idade
um pouco mais avançada, “fecham” estas janelas psíquicas, fixando mais
intensamente o perispírito e perdem esta facilidade de contato. Assim, não se
deve falar, ainda, em mediunidade no sentido de mediunidade-tarefa propriamente
dita.
SUGESTÕES DE CONDUTA
A mediunidade, bem explicada e bem conduzida, é idêntica à
inteligência. Não é perigosa, a não ser se utilizada equivocadamente,
incompreendida ou negada, etc. Em geral, diante de crianças que estejam
enxergando espíritos, é recomendável:
1) Não negar ou afirmar que a criança NÃO ESTÁ VENDO. Ela (no caso) está vendo
mesmo. Se negarmos, a criança acreditará que não é normal, ou está “pirada”;
2) Procurar identificar o nível ético da entidade extrafísica, por meio de
perguntas (feitas à criança) sobre a conversa do espírito e avaliar as
respostas;
3) Em se tratando de um ser de padrão ou grau evolutivo superior (“anjinho da
guarda”), procurar estabelecer um diálogo fraterno, respeitoso porém atento com
a entidade;
4) Em se tratando de um espírito sem a menor responsabilidade, mas sem
intenções nocivas, procurar entrar em contato com o protetor espiritual do
mesmo pedindo o seu afastamento, sem agressividade, com amor, e mentalmente
solicitando o amparo dos nossos mentores espirituais;
5) Em se tratando de espíritos em situação de desequilíbrio mental, ou com
intenções negativas, recomenda-se procurar um centro espírita, evitando-se, do
contrário, certos trabalhos espirituais “pagos”, pois tais não são amparados
por espíritos de luz;
6) Finalmente, ler e estudar o assunto, para inteirar-se das questões
espirituais, a fim de fornecer explicações corretas às crianças.
Com isto, os resultados são muito bons, e estas crianças, cada vez mais
sensitivas, acham-se mais abertas ao conhecimento e à espiritualidade superior.
Ricardo Di Bernardi é médico
homeopata e presidente do ICEF- Instituto de Cultura Espírita de Florianópolis –
SC
Todo
médium é sensitivo – apresenta fenômeno anímico de telepatia, por exemplo, e ao
mesmo tempo, percebe o espírito que está em contato com ele, por meio da visão,
audição, sensação, sendo este um fenômeno mediúnico. Porém, nem todos os
sensitivos são médiums, por exemplo: a pessoa pode ter a telepatia e não ver
espíritos.
O que
diferencia um fenômeno anímico de mediúnico é a presença ou ausência de um
espírito atuando para que determinado fenômeno ocorra. Os fenômenos anímicos
acontecem conforme as propriedades naturais do corpo/espírito.
O que é
mediunidade: “É a faculdade que algumas pessoas possuem de servir de
intermediário entre o mundo físico e o mundo espiritual (Livro dos Médiums).”
Para agir sobre a matéria o espírito só tem 2 formas: ou ele encarna ou ele age
por intermédio de um espírito encarnado.
Mediunidade
tem um significado e médium tem outro: “mediunidade é a faculdade de trazer
coisas do mundo espiritual para o físico”, já a palavra médium, segundo o Livro
dos Médiuns, é aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos espíritos.
No Livro dos Espíritos, o espírito responde à pergunta de Kardec sobre “todos
serem influenciados pelos espíritos” e no Livro dos Médiuns diz que “Raros são
aqueles que não possuem dela (mediunidade) algum rudimento. Pode-se até dizer
que todos são médiuns, mas médiuns somente os são aqueles que possuem a
faculdade ostensiva” Observe que no Livro dos Médiuns diz que médium é aquele
que SENTE (percebe fisicamente: sente a presença, vê, ouve, arrepia, etc) a
influência e o Livro dos Espíritos diz que todos SÃO influenciados pelos
espíritos. Isso é diferente de dizer que todos são médiuns. Então, observe que
podemos ser influênciados, mas sem que percebamos fisicamente esta influência,
embora possamos ter respostas intelectuais, emoções como resposta à esta
influência, e não necessariamente perceberemos fisicamente esta influência.
Somente os médiuns têm a percepção física com essa influência, seja lá qual for
o grau de percepção desta influência.
Significado
da palavra INFLUÊNCIA
In – mudança
Flu –
fluir (movimento e direção: o sangue flui, o trânsito flui.. Infliur é mudar a
direção de algo)
Ência -
qualidade
Agora,
sobre a frase “raros são aqueles que não possuem dela algum rudimento”, siginifica
que quase não se encontra pessoas que não têm, pelo menos, vestígio da
mediunidade. Isso não quer dizer que todas as pessoas que têm mediunidade sejam
médiuns. Na continuação da resposta, o espírito diz médium é somente aquele que
tem a faculdade ostensiva, ou seja, a mediunidade (faculdade) é ostensiva (todo
mundo vê, aparece para todos). O médium é aquele que sente sempre muito ou
pouca influência física dos espíritos.
Diferença
entre pessoas que têm rudimentos de mediunidade e pessoas que são médiuns: a
pessoa que tem rudimentos pode, por exemplo, em algum momento da vida ver seu
pai que desencarnou aparecer em uma noite e passar uma mensagem, sendo que
antes e depois deste momento ela nunca perecebeu fisicamente a influência dos
espíritos (arrepios, sensação de “presenças” invisíveis, visão, audiência,
etc). Essa pessoa teve um efeito paranormal mediúnico que só foi possível por
ela ter mediunidade, mas não significa que é médium. O mesmo ocorre com algumas
pessoas que sobre efeito do álcool ou drogas e, entram em um estado de trânse
que passam a perceber a presença dos espíritos. Já o médium tem essas
percepções físicas sempre, em qualquer lugar ou estado de consciência, sem a
necessidade de fármacos/químicos para que aconteça a percepção. Então, possuir
mediunidade não significa ser médium. O médium não tem controle desta
percepção, mas ele pode educar a mediunidade.
Tipos de
mediunidade:
- De
efeitos físicos, sensitivos ou impressionáveis: materialização (o rosto de um
espírito pode ser materializado através do ectoplasma que é gasoso, doado pelo
médium para que o espírito se materialize); levitação ou movimentação de
objetos; corporificação completa onde é possível sentir a pele do espírito
corporificado, retirar seu sangue, pesar seu peso (esse tipo de mediunidade é
muito raro), transfiguração (a pessoa encarnada se “transforma” na forma física
do espírito que está influenciando)
-
Efeitos auditivos (o médium escuta vozes, o espírito falando)
- Efeito
de vidência (o médium vê espíritos, lugares/ambientes)
- Efeito
de cura (o médium é capaz de promover curas através da influência dos
espíritos)
- Efeito
psicógrafico (o médium escreve mensagens por influência dos espíritos)
No Livro
dos Espíritos existem 36 orientações para as pessoas que não são médiuns. A
tarefa de preferência em uma reunião mediúnica, para quem não é médium é a
doutrinação. Isso faz com que a pessoa não entre na frequência do espítiro,
mantendo a isenção suficiente e possa manter a imparcialidade relacionada à
influência do espírito. Se entrar no livro “Nos domínios da mediunidade” tem
mais recomendações ainda.
Para ter
uma reunião mediúnica é necessário jejum moral. Não é a mediunidade que faz
mal, é comportamento do médium que pode fazer isso.
http://www.ieja.org/portugues/Estudos/Artigos/p_psicografia.htm
Na
questão 402, Kardec trata de uma "espécie de clarividência" que
acontece durante os sonhos, onde a alma tem a faculdade de perceber eventos que
acontecem em outros lugares. Neste ponto, portanto, ele emprega o termo como
uma faculdade de ver à distância sem o emprego dos olhos. Os sonâmbulos seriam
capazes deste fenômeno devido à faculdade de afastamento da alma de seu
respectivo corpo seguida da possibilidade de locomoção da mesma. (q. 432)
Pouco
depois, na questão 428, ele indaga aos espíritos sobre a "clarividência
sonambúlica". Ele certamente se refere à faculdade já bastante descrita na
literatura que trata do sonambulismo magnético, que, na questão 426, os
espíritos consideraram equivalente ao sonambulismo natural, com a diferença de
ter sido provocado. Os espíritos lhe respondem que as duas faculdades possuem
uma mesma causa: a percepção visual é realizada diretamente pela alma do
clarividente. Logo a seguir, Kardec pergunta sobre os outros fenômenos da
clarividência sonambúlica (q. 429) como a visão através dos corpos opacos e a
transposição dos sentidos. Os espíritos reafirmam que os clarividentes vêem
afastados de seus corpos, e que a impressão que afirmam de estarem
"vendo" por alguma parte do corpo, reside na crença que possuem que
precisam deste para perceberem os objetos. A existência da faculdade
sonambúlica não assegura a veracidade de todas as informações obtidas neste
estado, com o que concordam os espíritos (q. 430).
Dando
continuidade à linha de indagações sobre o sonambulismo, Kardec pergunta de
onde se originam os conhecimentos apresentados pelos sonâmbulos que eles não
possuem em estado de vigília e que não se explicam diretamente pela percepção
sonambúlica. Os espíritos argumentam que em estado de emancipação, os
sonâmbulos podem acessar conhecimentos que lhes são próprios, originários de
existências anteriores, ou de outros espíritos com quem comunicam-se (q. 431).
Faz sentido, então, questionar se todos os sonâmbulos são médiuns sonambúlicos,
distinção esta que Kardec aprofundará em "O Livro dos Médiuns". Ainda
em "O Livro dos Espíritos", afirma-se que a maioria dos sonâmbulos vê
os espíritos, mas que muitos deles podem crer que se trate de pessoas
encarnadas, por lhes ser estranha a idéia de seres espirituais.
3.
Êxtase e Clarividência
Kardec
distingue os fenômenos sonambúlicos do êxtase e da dupla vista. O êxtase seria
um sonambulismo profundo. Neste estado ocorreria o contato com espíritos
etéreos, o que causa as impressões geralmente registradas pelos santos. Na
questão 455 encontra-se a seguinte descrição:
"Cerca-o
então resplendente e desusado fulgor, inebriam-no harmonias que na Terra se
desconhecem, indefinível bem-estar o invade: goza antecipadamente da beatitude
celeste e bem se pode dizer que pousa um pé no limiar da eternidade. No estado
de êxtase, o aniquilamento do corpo é quase completo. Fica-lhe somente, pode-se
dizer, a vida orgânica. Sente-se que a alma se lhe acha presa unicamente por um
fio, que mais um pequenino esforço quebraria sem remissão. Nesse estado, desaparecem
todos os pensamentos terrestres, cedendo lugar ao sentimento apurado, que
constitui a essência mesma do nosso ser imaterial "
Kardec,
entretanto, admite que muitas vezes o extático é vítima da sua própria
excitação, fazendo descrições pouco exatas e pouco verossímeis, podendo chegar
a ser dominados por espíritos inferiores que se aproveitam da sua condição.
Êxtase,
portanto, é um estado sonambúlico profundo caracterizado pela perda ou extrema
redução da consciência dos eventos que acontecem ao redor do extático,
alterações emocionais e um certo sentimento de "sagrado", onde o
mecanismo básico é a emancipação da alma.
4.
Lucidez e Clarividência
No livro
"Definições Espíritas", Kardec define a clarividência como a
"faculdade de ver sem o concurso da visão" e logo depois como
"percepção sem o concurso dos sentidos". Posteriormente Kardec
distingue clarividência de lucidez, da seguinte forma:
"A
palavra clarividência é mais genérica; lucidez se diz mais particularmente da
clarividência sonambúlica." (KARDEC, 1997. p. 85)
Filmes
para passar na aula:
Trecho
Ghost: final do filme -
Prof. Isis