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terça-feira, 26 de julho de 2011

Aula: Atributos da Divindade - juventude - 14/06/2008

Tema: Deus - Atributos da Divindade

Objetivos:

Informativos: Informar aos jovens sobre Deus, onde podemos vê-lo, seus atributos.

Formativos: Desenvolver o amor, respeito e gratidão a Deus

Incentivação Inicial: (20’)

Cada jovem receberá algumas folhas de post-it. Em cada folhinha eles deverão escrever palavras ou frases que lembrem Deus. Montar uma espinha de peixe na lousa:




Cada participante deverá colar o seu post-it na espinha de peixe acima. Depois discorrer sobre o tema, através dos post-it.

Desenvolvimento: (20’)

Começar o desenvolvimento da aula através dos post-its. Depois direcionar para:

1. Que é Deus?

“Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”

2. Que se deve entender por infinito?

“O que não tem começo nem fim: o desconhecido; tudo que é desconhecido é

infinito.”

3. Poder-se-ia dizer que Deus é o infinito?

“Definição incompleta. Pobreza da linguagem humana, insuficiente para definir o

que está acima da linguagem dos homens.”

Deus é infinito em Suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus

é o infinito é tomar o atributo de uma coisa pela coisa mesma, é definir uma coisa que não

está conhecida por uma outra que não está mais do que a primeira.

Provas da existência de Deus

4. Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?

“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a

causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”

Para crer-se em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da Criação. O Universo

existe, logo tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma

causa e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.

5. Que dedução se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem

em si, da existência de Deus?

“A de que Deus existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma

base? É ainda uma conseqüência do princípio - não há efeito sem causa.”

6. O sentimento íntimo que temos da existência de Deus não poderia ser fruto da

educação, resultado de idéias adquiridas?

“Se assim fosse, por que existiria nos vossos selvagens esse sentimento?”

Se o sentimento da existência de um ser supremo fosse tão-somente produto de um

ensino, não seria universal e não existiria senão nos que houvessem podido receber esse

ensino, conforme se dá com as noções científicas.

7. Poder-se-ia achar nas propriedades íntimas da matéria a causa primária da

formação das coisas?

“Mas, então, qual seria a causa dessas propriedades? É indispensável sempre uma

causa primária.”

DE DEUS

Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria

tomar o efeito pela causa, porquanto essas propriedades são, também elas, um efeito que há

de ter uma causa.

8. Que se deve pensar da opinião dos que atribuem a formação primária a uma

combinação fortuita da matéria, ou, por outra, ao acaso?

“Outro absurdo! Que homem de bom-senso pode considerar o acaso um ser

inteligente? E, demais, que é o acaso? Nada.”

A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios

determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária

ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a

inteligência produz. Um acaso inteligente já não seria acaso.

9. Em que é que, na causa primária, se revela uma inteligência suprema e superior

a todas as inteligências?

“Tendes um provérbio que diz: Pela obra se reconhece o autor. Pois bem! Vede a

obra e procurai o autor. O orgulho é que gera a incredulidade. O homem orgulhoso nada

admite acima de si. Por isso é que ele se denomina a si mesmo de espírito forte. Pobre ser,

que um sopro de Deus pode abater!”

Do poder de uma inteligência se julga pelas obras. Não podendo nenhum ser

humano criar o que a Natureza produz, a causa primária é, conseguintemente, uma

inteligência superior à Humanidade.

Quaisquer que sejam os prodígios que a inteligência humana tenha operado, ela

própria tem uma causa e, quanto maior for o que opere, tanto maior há de ser a causa

primária. Aquela inteligência superior é que é a causa primária de todas as coisas, seja qual

for o nome que lhe dêem.

Atributos da divindade

10. Pode o homem compreender a natureza íntima de Deus?

“Não; falta-lhe para isso o sentido.”

11. Será dado um dia ao homem compreender o mistério da Divindade?

“Quando não mais tiver o espírito obscurecido pela matéria. Quando, pela sua

perfeição, se houver aproximado de Deus, ele o verá e compreenderá.”

A inferioridade das faculdades do homem não lhe permite compreender a natureza

íntima de Deus. Na infância da Humanidade, o homem O confunde muitas vezes com a

criatura, cujas imperfeições lhe atribui; mas, à medida que nele se desenvolve o senso

moral, seu pensamento penetra melhor no âmago das coisas; então, faz idéia mais justa da

Divindade e, ainda que sempre incompleta, mais conforme à sã razão.

12. Embora não possamos compreender a natureza íntima de Deus, podemos

formar idéia de algumas de Suas perfeições?

“De algumas, sim. O homem as compreende melhor à proporção que se eleva acima

da matéria. Entrevê-as pelo pensamento.”

13. Quando dizemos que Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único,

onipotente, soberanamente justo e bom, temos idéia completa de Seus atributos?

“Do vosso ponto de vista, sim, porque credes abranger tudo. Sabei, porém, que há

coisas que estão acima da inteligência do homem mais inteligente, as quais a vossa

linguagem, restrita às vossas idéias e sensações, não tem meios de exprimir. A razão, com

efeito, vos diz que Deus deve possuir em grau supremo essas perfeições, porquanto, se uma

Lhe faltasse, ou não fosse infinita, já Ele não seria superior a tudo, não seria, por

conseguinte, Deus. Para estar acima de todas as coisas, Deus tem que se achar isento de

qualquer vicissitude e de qualquer das imperfeições que a imaginação possa conceber.”

DE DEUS

Deus é eterno. Se tivesse tido princípio, teria saído do nada, ou, então, também teria

sido criado, por um ser anterior. É assim que, de degrau em degrau, remontamos ao infinito

e à eternidade.

É imutável. Se estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o Universo nenhuma

estabilidade teriam.

É imaterial. Quer isto dizer que a sua natureza difere de tudo o que chamamos

matéria. De outro modo, ele não seria imutável, porque estaria sujeito às transformações da

matéria.

É único. Se muitos Deuses houvesse, não haveria unidade de vistas, nem unidade de

poder na ordenação do Universo.

É onipotente. Ele o é, porque é único. Se não dispusesse do soberano poder, algo

haveria mais poderoso ou tão poderoso quanto ele, que então não teria feito todas as coisas.

As que não houvesse feito seriam obra de outro Deus.

É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela,

assim nas mais pequeninas coisas, como nas maiores, e essa sabedoria não permite se

duvide nem da justiça nem da bondade de Deus.

Panteísmo

14. Deus é um ser distinto, ou será, como opinam alguns, a resultante de todas as

forças e de todas as inteligências do Universo reunidas?

“Se fosse assim, Deus não existiria, porquanto seria efeito e não causa. Ele não pode

ser ao mesmo tempo uma e outra coisa.

“Deus existe; disso não podeis duvidar e é o essencial. Crede-me, não vades além.

Não vos percais num labirinto donde não lograríeis sair. Isso não vos tornaria melhores,

antes um pouco mais orgulhosos, pois que acreditaríeis saber, quando na realidade nada

saberíeis. Deixai, consequentemente, de lado todos esses sistemas; tendes bastantes coisas

que vos tocam mais de perto, a começar por vós mesmos. Estudai as vossas próprias

imperfeições, a fim de vos libertardes delas, o que será mais útil do que pretenderdes

penetrar no que é impenetrável.”

15. Que se deve pensar da opinião segundo a qual todos os corpos da Natureza,

todos os seres, todos os globos do Universo seriam partes da Divindade e constituiriam, em

conjunto, a própria Divindade, ou, por outra, que se deve pensar da doutrina panteísta?

“Não podendo fazer-se Deus, o homem quer ao menos ser uma parte de Deus.”

16. Pretendem os que professam esta doutrina achar nela a demonstração de

alguns dos atributos de Deus: Sendo infinitos os mundos, Deus é, por isso mesmo, infinito;

não havendo o vazio, ou o nada em parte alguma, Deus está por toda parte; estando Deus

em toda parte, pois que tudo é parte integrante de Deus, Ele dá a todos os fenômenos da

Natureza uma razão de ser inteligente. Que se pode opor a este raciocínio?

“A razão. Refleti maduramente e não vos será difícil reconhecer-lhe o absurdo.”

Esta doutrina faz de Deus um ser material que, embora dotado de suprema

inteligência, seria em ponto grande o que somos em ponto pequeno. Ora, transformando-se

a matéria incessantemente, Deus, se fosse assim, nenhuma estabilidade teria; achar-se-ia

sujeito a todas as vicissitudes, mesmo a todas as necessidades da Humanidade; faltar-lhe-ia

um dos atributos essenciais da Divindade: a imutabilidade. Não se podem aliar as

propriedades da matéria à idéia de Deus, sem que Ele fique rebaixado ante a nossa

compreensão e não haverá sutilezas de sofismas que cheguem a resolver o problema da Sua

natureza íntima. Não sabemos tudo o que Ele é, mas sabemos o que Ele não pode deixar de

ser e o sistema de que tratamos está em contradição com as suas mais essenciais

propriedades. Ele confunde o Criador com a criatura, exatamente como o faria quem

pretendesse que engenhosa máquina fosse parte integrante do mecânico que a imaginou.

A inteligência de Deus se revela em Suas obras como a de um pintor no seu quadro;

mas, as obras de Deus não são o próprio Deus, como o quadro não é o pintor que o

concebeu e executou.

Fixação:

Através de argila, manifestar as obras da criação.

Se der tempo, contar-lhes a estória do sábio árabe.

Avaliação:

Durante o desenvolvimento.


Prof.a Cristiani Martins

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