Tema do mês: BOA NOVA
Tema: “Apóstolos e
Missionários” – 03/Nov/12
Objetivo Informativo: Reconhecer Jesus como
guia e modelo em todas as situações.
Objetivo Formativo: Perceber
que a conduta reta é o único caminho para a redenção.
Prece inicial (02 min)
Distribuir 1 papel para cada um e pedir para que
escrevam algo que consideram uma missão importante em 2 minutos.
Depois, sortear os papéis e pedir para aquele que
retirou o papel pensar numa resposta (dizer se é ou não possível cumprir a
missão, seu grau de dificuldade, recursos necessário (pessoas, materiais, $$),
tempo).
Desenvolvimento: Qual a emoção de
descobrir nossa REAL MISSÃO ? 25 minutos
Bora
filosofar um pouquinho ???
Alguém
aqui gosta de jogos ? Qual tipo ?
Qual
objetivo deles ? E quando não conhecemos o jogo ? o jeito de jogar, as funções
?
Quando
falamos de MISSÃO, o que vem à sua cabeça ?
ü MISSÃO significa obrigação,
compromisso, dever a cumprir, função, encargo, incumbência, ocupação para o
bem.
ð Sabe
o que o Livro dos Espíritos fala sobre missão ? Pedir para algum candidato ler
as perguntas 568, 569, 571, 572, 573.
O LIVRO
DOS ESPÍRITOS
568. Os Espíritos, que têm missões a cumprir, as cumprem na
erraticidade, ou encarnados?
“Podem tê-las num e noutro estado. Para certos Espíritos errantes, é
uma grande ocupação.”
569. Em que
consistem as missões de que podem ser encarregados os Espíritos errantes?
“São tão variadas que
impossível fora descrevê-las. Muitas há mesmo que não podeis compreender. Os
Espíritos executam as vontades de Deus e não vos é dado penetrar-lhe todos os
desígnios.”
As missões dos Espíritos têm sempre por objeto o bem. Quer como Espíritos, quer como
homens, são incumbidos de auxiliar o progresso da Humanidade, dos povos ou
dos indivíduos, dentro de um círculo de idéias mais ou menos amplas, mais ou
menos especiais e de velar pela execução de determinadas coisas.
Alguns desempenham missões mais restritas e, de certo modo, pessoais ou
inteiramente locais, como sejam assistir os enfermos, os agonizantes, os
aflitos, velar por aqueles de quem se constituíram guias e protetores,
dirigi-los, dando-lhes conselhos ou inspirando-lhes bons pensamentos. Pode
dizer-se que há tantos gêneros de missões quantas as espécies de interesses a
resguardar, assim no mundo físico, como no moral. O Espírito se adianta
conforme à maneira por que desempenha a sua tarefa.
570. Os Espíritos percebem sempre os desígnios que lhes compete
executar?
“Não. Muitos há que são instrumentos cegos. Outros, porém, sabem muito
bem com que fim atuam.”
571. Só os Espíritos elevados desempenham missões?
“A importância das missões corresponde às capacidades e à elevação do
Espírito. O estafeta que leva um telegrama ao seu destinatário também
desempenha uma perfeita missão, se bem que diversa da de um general.”
572. A missão de um Espírito lhe é imposta, ou depende da sua vontade?
“Ele a pede e ditoso se considera se a obtém.”
a) - Pode uma igual missão ser pedida por muitos Espíritos?
“Sim, é freqüente apresentarem-se muitos candidatos, mas nem todos são
aceitos.”
573. Em que consiste a missão
dos Espíritos encarnados?
“Em instruir
os homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes melhorar as instituições, por
meios diretos e materiais. As missões, porém, são mais ou menos gerais e
importantes. O que cultiva a terra desempenha tão nobre missão, como o
que governa, ou o que instrui.
ð E
Jesus, qual foi sua principal missão aqui na Terra ?
ð E
agora você consegue lembrar de algum exemplo de MISSIONÁRIOS ? Chico Xavier, Divaldo
Franco, Madre Teresa de Calcutá, Mahatma Gandhi, Bezerra de Menezes, Patch
Adams (doutores da Alegria), Irmã Dulce,
Francisco, Clara.
ð Trazer
à tona as nossas vidas. Afinal, pedimos para reencarnar, participamos da
escolha das nossas provas e missões e depois por misericórdia divina, nós
esquecemos de tudo. Como cumpri-la ?
o
Dica: seguir firme e forte o exemplo de Cristo;
caminho do BEM, AMOR, VERDADE, LUZ
Como
Jesus precisou de ajuda, ele convocou uma turma, os 12 APÓSTOLOS. Quem sabe o
que significa esta palavra ?
ü Apóstolo é uma palavra derivada do grego que significa enviado
ü Vocês
lembram quem foram os escolhidos ? Quem eram ? Quais suas características ?
Simão chamado Pedro
era pescador. Era determinado e sincero. Iletrado, inquieto, irritável,
imediatista.
André, o primeiro Pescador de Homens, irmão de Pedro
João, o apóstolo bem-amado, o mais jovem, prestativo e altruísta. Era sincero e intolerante, queria ser o melhor entre os discípulos.
Tiago, o Maior, irmão de João. Foi o primeiro evangelizador da Espanha. Era primo consangüíneo de Cristo.
André, o primeiro Pescador de Homens, irmão de Pedro
João, o apóstolo bem-amado, o mais jovem, prestativo e altruísta. Era sincero e intolerante, queria ser o melhor entre os discípulos.
Tiago, o Maior, irmão de João. Foi o primeiro evangelizador da Espanha. Era primo consangüíneo de Cristo.
Filipe,
o místico helenista
Bartolomeu, o viajante
Tomé, o ascético. Era inseguro, só acreditava naquilo que tocava. Era desconfiado.
Mateus ou Levi, o publicano, coletor de impostos. Era sociável e gostava de festas.
Tiago, o Menor
Judas Tadeu, o primo de Jesus
Simão, o Zelota ou o Cananeu
Judas Iscariotes, o traidor. Judas Iscariotes: moderado, discreto, equilibrado e sensato. Sabia lidar com contabilidade e cuidava do dinheiro do grupo. Era o mais polido dos discípulos, muito eloqüente.
Bartolomeu, o viajante
Tomé, o ascético. Era inseguro, só acreditava naquilo que tocava. Era desconfiado.
Mateus ou Levi, o publicano, coletor de impostos. Era sociável e gostava de festas.
Tiago, o Menor
Judas Tadeu, o primo de Jesus
Simão, o Zelota ou o Cananeu
Judas Iscariotes, o traidor. Judas Iscariotes: moderado, discreto, equilibrado e sensato. Sabia lidar com contabilidade e cuidava do dinheiro do grupo. Era o mais polido dos discípulos, muito eloqüente.
E
para cumprir a missão bendita que Jesus lhes deu, eles precisaram de mais
ajuda. Então outros espíritos tocados pelas palavras e energias de amor
verdadeiro resolveram seguir os ensinamentos de Jesus. São considerados
discípulos.
ü
Discípulo é O que recebe disciplina ou instrução de outro; aluno.
Pessoa que adota uma doutrina. Aquele que segue as idéias ou imita os exemplos
de outro.
ü Alguns exemplos ilustres de DISCÍPULO:
ü Paulo de Tarso era um
homem inteligente, orgulhoso, cruel e perseguia os cristãos. Após uma viagem à
Damasco decidiu seguir Jesus e foi um dos maiores exemplos da humanidade de
REFORMA ÍNTIMA. Abraçou a causa da pregação do amor ao próximo até seu último
dia de encarnação.
ü Francisco de Assis e
Clara: Ele era um jovem militar, lindo, galanteador, rico e orgulhoso. Após
tantas visões, decidiu ouvi-las e seguir sua intuição; largou tudo para seguir
o Mestre que já havia partido deste Planeta. Um dos maiores exemplos de
perseverança, determinação e desprendimento material. Clara uma jovem linda,
inteligente, amorosa e corajosa que largou toda a fortuna familiar pra seguir
Francisco.
"Francisco sustenta a
palavra; Clara, o silêncio;
Francisco é o homem de ação;
Clara, a mulher da imaginação;
Francisco se confunde com sua
mensagem de paz; Clara é o ligamento
entre as irmãs;
Francisco é a transparência; Clara
é o brilho;
Francisco potencializa a alma;
Clara fecunda o Espírito imortal;
Francisco é o representante de
Deus; Clara, da caridade;
Dois personagens, duas vidas se
completam, dois Espíritos se unem para demonstrar que a utopia que pregaram era
possível: viver uma verdadeira história de Amor, separados pela distância e
pelo silêncio dos mosteiros”.
ü Irmão José: na época de
Cristo foi um farmacêutico da escola dos essênios, acompanhou os apóstolos e
conheceu Jesus. Era inteligente, persistente, ansioso, às vezes
inseguro/medroso. Coração bondoso e alegre.
Conclusão
(15 min): Ele escolheu os 12 apóstolos. Será que podemos ser um dos
seus missionários ?
Colocar
o vídeo(3:55´) de Jesus escolhendo os discípulos http://www.youtube.com/watch?v=OCbFnawbnmo
E
você, já pensou que também pode ser um dos escolhidos ?
Como
enquanto jovem pode ajudar na missão de AMOR de Cristo na sua comunidade ?
Qual
sua missão ?
Quais
ferramentas precisará usar ?
ð Sugerir
estudos, sentimentos, orações, pensamentos, atitudes.
Prece de Encerramento: Oração de São Francisco
Bibliografia:
ü
Evangelho segundo o Espiritismo CAP.
XVIII INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS - Dar-se-á àquele que tem, O livro dos
espíritos – missão dos espíritos
1
- Jesus é um Mestre - o melhor Mestre que já esteve na Terra. O que é um Mestre? Alguém com muita
sabedoria e que age conforme o que ensina. Falar de Jesus - transmitia paz,
calma, amor, carinho; ensinava por parábolas (histórias que envolviam situações
que o povo conhecia). Não é importante se ele era loiro, moreno, alto, baixo,
mas sim que ele é o espírito mais evoluído que já encarnou na Terra. É o
governador da Terra. Ele vivenciava aquilo que ensinava.
Apóstolo é
uma palavra derivada do grego que significa enviado. Inicialmente Jesus
escolheu doze apóstolos e os enviou para diversos lugares para pregarem a
chegada da Boa Nova ou do Evangelho.
Jesus
também tinha para ajudá-lo em vida, além dos doze apóstolos, cerca de 70
discípulos, palavra derivada do latim que significa aluno.
Nos seus doze homens, originalmente um era coletor de impostos, outro
carpinteiro e vários outros eram viajantes ou pescadores que exerciam sua
profissão nas águas da Galiléia. Quando foram chamados para servir, eles se
dedicaram a ser testemunhas para o mundo daquele que os chamara.
MISSÃO significa obrigação, compromisso, dever a
cumprir, função, encargo, incumbência, ocupação para o bem.
2
- Jesus tinha muitos seguidores. Ele atraia multidões. Alguns eram apenas
curiosos: ouviam e iam embora. Outros queriam apenas ser curados pelo Mestre ou
vê-lo praticando curas. Mas muitos eram tocados no coração pelo Mestre, com
suas palavras e seu jeito sincero de ser. Esses seguiam Jesus em suas viagens,
sedentos de saber mais, de se melhorarem como pessoas.
3 - Abaixo segue o nome dos discípulos principais ou apóstolos
escolhidos por Jesus Cristo
há cerca de dois milênios:
Simão chamado Pedro, o príncipe dos apóstolos era pescador. Era determinado e sincero. Iletrado, inquieto, irritável, imediatista.
André, o primeiro Pescador de Homens, irmão de Pedro
João, o apóstolo bem-amado, o mais jovem, prestativo e altruísta. Era sincero e intolerante, queria ser o melhor entre os discípulos.
Tiago, o Maior, irmão de João. Foi o primeiro evangelizador da Espanha. Era primo consangüíneo de Cristo.
Simão chamado Pedro, o príncipe dos apóstolos era pescador. Era determinado e sincero. Iletrado, inquieto, irritável, imediatista.
André, o primeiro Pescador de Homens, irmão de Pedro
João, o apóstolo bem-amado, o mais jovem, prestativo e altruísta. Era sincero e intolerante, queria ser o melhor entre os discípulos.
Tiago, o Maior, irmão de João. Foi o primeiro evangelizador da Espanha. Era primo consangüíneo de Cristo.
Filipe,
o místico helenista
Bartolomeu, o viajante
Tomé, o ascético. Era inseguro, só acreditava naquilo que tocava. Era desconfiado.
Mateus ou Levi, o publicano, coletor de impostos. Era sociável e gostava de festas.
Tiago, o Menor
Judas Tadeu, o primo de Jesus
Simão, o Zelota ou o Cananeu
Judas Iscariotes, o traidor. Judas Iscariotes: moderado, discreto, equilibrado e sensato. Sabia lidar com contabilidade e cuidava do dinheiro do grupo. Era o mais polido dos discípulos, muito eloqüente.
Após a traição de Iscariotes, Matias foi escolhido pelos demais para ocupar seu lugar no colégio apostólico. Mais rigorosamente seria o 13º apóstolo. Outro famoso apóstolo, Paulo de Tarso, o apóstolo dos gentios, não foi testemunha ocular de Jesus Cristo, mas convertido através de visões do Jesus ressuscitado, tornou-se um dos mais ardentes apóstolos do cristianismo.
Os primeiros quatro livros são sobre a vida, os ensinos e a morte de Jesus Cristo,
e são designados de Os Evangelhos,
que significa A Boa Nova. Eles
foram escritos por Mateus,
Marcos,
Lucas e João,
sendo que Mateus
e João
foram apóstolos do Mestre e
escreveram como testemunhas oculares. Marcos,
que era médico e denominado também como João
Marcos, escreveu depois da crucificação de Jesus,
baseado nas lembranças do Apóstolo
Pedro.
Já Lucas,
discípulo de Paulo de Tarso,
que também não foi testemunha ocular de Cristo, fez uma pesquisa criteriosa
para ordenar os fatos e os ensinos do Mestre,
baseando-se boa parte dela nas lembranças de Maria, mãe
de Jesus. O Atos dos Apóstolos, que vem logo depois do Evangelho de João,
fala das atitudes dos apóstolos após a crucificação de Jesus, começando com o
evento chamado de Pentecostes,
e continuando mais atento à vida e às viagens do apóstolo Paulo,
abrangendo um período de mais de trinta anos após a morte de Jesus.
As Epístolas são escritos
doutrinários em forma de cartas, que se dividem em dois conjuntos: as Paulinas e as Universais. As Paulinas
são as cartas que o apóstolo
Paulo mandava às igrejas recém fundadas
e aos discípulos. As Universais
são as cartas de vários apóstolos para os cristãos em geral, compreendendo: uma
carta de Tiago,
uma de Judas Tadeu,
duas de Pedro
e três de João Evangelista.
O Apocalipse é um livro em
linguagem cifrada, cheia de símbolos e visões proféticas relativas ao final dos
tempos, escrito já na velhice de João Evangelista,
quando este estava recluso na ilha de Patmos.Bartolomeu, o viajante
Tomé, o ascético. Era inseguro, só acreditava naquilo que tocava. Era desconfiado.
Mateus ou Levi, o publicano, coletor de impostos. Era sociável e gostava de festas.
Tiago, o Menor
Judas Tadeu, o primo de Jesus
Simão, o Zelota ou o Cananeu
Judas Iscariotes, o traidor. Judas Iscariotes: moderado, discreto, equilibrado e sensato. Sabia lidar com contabilidade e cuidava do dinheiro do grupo. Era o mais polido dos discípulos, muito eloqüente.
Após a traição de Iscariotes, Matias foi escolhido pelos demais para ocupar seu lugar no colégio apostólico. Mais rigorosamente seria o 13º apóstolo. Outro famoso apóstolo, Paulo de Tarso, o apóstolo dos gentios, não foi testemunha ocular de Jesus Cristo, mas convertido através de visões do Jesus ressuscitado, tornou-se um dos mais ardentes apóstolos do cristianismo.
4
- Alguns desses seguidores eram mulheres:
Maria de Betânia (irmã de Marta e Lázaro)
Maria de Magdala (Jesus a curou de uma obsessão)
Maria (esposa de Alfeu e mãe do apóstolo Tiago Menor)
Salomé (esposa de Zebedeu e mãe de Tiago Maior e de João)
Joana (esposa de Cuza, procurador de Herodes).
Maria de Betânia (irmã de Marta e Lázaro)
Maria de Magdala (Jesus a curou de uma obsessão)
Maria (esposa de Alfeu e mãe do apóstolo Tiago Menor)
Salomé (esposa de Zebedeu e mãe de Tiago Maior e de João)
Joana (esposa de Cuza, procurador de Herodes).
5-
Os evangelistas - as pessoas que escreveram os quatro Evangelhos: Mateus,
Marcos, João e Lucas. Mateus, Marcos e João conviveram com Jesus e escreveram
os evangelhos muitos anos depois da morte de Jesus. Lucas era médico e não
conviveu com Jesus. Nesses Evangelhos, eles contam várias passagens da vida de
Jesus. Relatam também sobre seus ensinamentos e as parábolas que ele contava.
6 - Os que acreditam e procuram vivenciar os ensinamentos de Jesus são chamados cristãos. O Espiritismo nos diz que Jesus é nosso modelo e guia, o ser mais perfeito que já encarnou na Terra
6 - Os que acreditam e procuram vivenciar os ensinamentos de Jesus são chamados cristãos. O Espiritismo nos diz que Jesus é nosso modelo e guia, o ser mais perfeito que já encarnou na Terra
MISSÃO
DOS DOZE APÓSTOLOS
BASE
EVANGÉLICA:
MATEUS CAP. 10 - MISSÃO DOS DOZE APÓSTOLOS
1 E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os
espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo
o mal.
2 Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão,
chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;
3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho
de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu;
4 Simão o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.
5 Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis
pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos;
6 Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel;
7 E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus.
8 Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos,
expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.
9 Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos,
10 Nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem alparcas,
nem bordão; porque digno é o operário do seu alimento.
11 E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai
saber quem nela seja digno, e hospedai-vos aí, até que vos retireis.
12 E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a;
13 E, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se
não for digna, torne para vós a vossa paz.
14 E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras,
saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés.
15 Em verdade vos digo que, no dia do juízo, haverá menos rigor
para o país de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade.
16 Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto,
sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas.
17 Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos entregarão
aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas;
18 E sereis até conduzidos à presença dos governadores, e dos
reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho a eles, e aos gentios.
19 Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que
haveis de falar, porque naquela mesma hora vos será ministrado o que haveis de
dizer.
20 Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai
é que fala em vós.
21 E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai o filho; e os
filhos se levantarão contra os pais, e os matarão.
22 E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele
que perseverar até ao fim será salvo.
23 Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra;
porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel
sem que venha o Filho do homem.
24 Não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo mais do
que o seu senhor.
25 Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu
senhor. Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?
26 Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não
haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se.
27 O que vos digo em trevas dizei-o em luz; e o que escutais ao
ouvido pregai-o sobre os telhados.
28 E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma;
temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.
29 Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? e nenhum deles
cairá em terra sem a vontade de vosso Pai.
30 E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados.
31 Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos.
32 Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o
confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.
33 Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei
também diante de meu Pai, que está nos céus.
34 Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz,
mas espada;
35 Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a
filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra;
36 E assim os inimigos do homem serão os seus familiares.
37 Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim;
e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.
38 E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno
de mim.
39 Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida,
por amor de mim, achá-la-á.
40 Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a mim,
recebe aquele que me enviou.
41 Quem recebe um profeta em qualidade de profeta, receberá
galardão de profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá
galardão de justo.
42 E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a
um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum
perderá o seu galardão.
BASE DOUTRINÁRIA:
O LIVRO DOS ESPÍRITOS
568. Os Espíritos, que têm missões a cumprir, as cumprem na
erraticidade, ou encarnados?
“Podem tê-las num e noutro estado. Para certos Espíritos
errantes, é uma grande ocupação.”
569. Em que consistem as missões de
que podem ser encarregados os Espíritos errantes?
“São tão variadas que impossível fora
descrevê-las. Muitas há mesmo que não podeis compreender. Os Espíritos executam
as vontades de Deus e não vos é dado penetrar-lhe todos os desígnios.”
As missões dos Espíritos têm sempre por objeto o bem. Quer como
Espíritos, quer como homens, são incumbidos de auxiliar o progresso da
Humanidade, dos povos ou dos indivíduos, dentro de um círculo de idéias mais ou
menos amplas, mais ou menos especiais e de velar pela execução de determinadas
coisas. Alguns desempenham missões mais restritas e, de certo modo,
pessoais ou inteiramente locais, como sejam assistir os enfermos, os
agonizantes, os aflitos, velar por aqueles de quem se constituíram guias e
protetores, dirigi-los, dando-lhes conselhos ou inspirando-lhes bons
pensamentos. Pode dizer-se que há tantos gêneros de missões quantas as espécies
de interesses a resguardar, assim no mundo físico, como no moral. O Espírito se
adianta conforme à maneira por que desempenha a sua tarefa.
570. Os Espíritos percebem sempre os desígnios que lhes compete
executar?
“Não. Muitos há que são instrumentos cegos. Outros, porém, sabem
muito bem com que fim atuam.”
571. Só os Espíritos elevados desempenham missões?
“A importância das missões corresponde às capacidades e à
elevação do Espírito. O estafeta que leva um telegrama ao seu destinatário
também desempenha uma perfeita missão, se bem que diversa da de um general.”
572. A missão de um Espírito lhe é imposta, ou depende da sua
vontade?
“Ele a pede e ditoso se considera se a obtém.”
a) - Pode uma igual missão ser pedida por muitos Espíritos?
“Sim, é freqüente apresentarem-se muitos candidatos, mas nem
todos são aceitos.”
573. Em que consiste a
missão dos Espíritos encarnados?
“Em instruir os
homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes melhorar as instituições, por
meios diretos e materiais. As missões, porém, são mais ou menos gerais e
importantes. O que cultiva a terra desempenha tão nobre missão, como o
que governa, ou o que instrui. Tudo em
a Natureza se encadeia. Ao mesmo tempo que o Espírito se depura pela
encarnação, concorre, dessa forma, para a execução dos desígnios da
Providência. Cada um tem neste mundo a sua missão, porque todos podem ter
alguma utilidade.”
580. O Espírito, que encarna para desempenhar determinada
missão, tem apreensões idênticas às de outro que o faz por provação?
“Não, porque traz a experiência adquirida.”
581. Certamente desempenha missão os homens que servem de faróis
ao gênero humano, que o iluminam com a luz do gênio. Entre eles, porém, alguns
há que se enganam, que, de par com grandes verdades, propagam grandes erros.
Como se deve considerar a missão desses homens?
“Como falseadas por eles próprios. Estão abaixo da tarefa que
tomaram sobre os ombros. Contudo, mister se faz levar em conta as
circunstâncias. Os homens de gênio têm que falar de acordo com as épocas em que
vivem e assim, um ensinamento que pareceu errôneo ou pueril, numa época
adiantada, pode ter sido o que convinha no século em que foi divulgado.”
O
EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO CAP. XVIII INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS - Dar-se-á
àquele que tem
13. Aproximando-se dele, seus discípulos lhe disseram: Por que
lhes falas por parábolas? Respondendo, disse-lhes ele: É porque, a vós outros,
vos foi dado conhecer os mistérios do reino dos céus, ao passo que a eles isso
não foi dado. - Porque, àquele que já tem, mais se lhe dará e ele ficará na
abundância; àquele, entretanto, que não tem, mesmo o que tem se lhe tirará. -
Por isso é que lhes falo por parábolas: porque, vendo, nada vêem e, ouvindo,
nada entendem, nem compreendem. - Neles se cumpre a profecia de Isaías, quando
diz: Ouvireis com os vossos ouvidos e nada entendereis, olhareis com os vossos
olhos e nada vereis. (S. MATEUS, cap. XIII, vv. 10 a 14.)
14. Tende muito cuidado com o que ouvis, porquanto usarão para
convosco da mesma medida de que vos houverdes servido para medir os outros, e
ainda se vos acrescentará; - pois, ao que já tem, dar-se-á, e, ao que não tem,
até o que tem se lhe tirará. (S. MARCOS, cap. IV. vv. 24 e 25.)
15. "Dá-se
ao que já tem e tira-se ao que não tem." Meditai esses grandes ensinamentos que se vos hão por vezes
afigurado paradoxais.
Aquele que recebeu é o que possui o
sentido da palavra divina; recebeu unicamente porque tentou tornar-se digno
dela e porque o Senhor, em seu amor misericordioso, anima os esforços que
tendem para o bem. Aturados, perseverantes, esses esforços atraem as graças do
Senhor; são um ímã que chama a si o que é progressivamente melhor, as graças
copiosas que vos fazem fortes para galgar a montanha santa, em cujo cume está o
repouso após o labor. "Tira-se ao que
não tem, ou tem pouco." Tomai isso como uma antítese figurada. Deus não
retira das suas criaturas o bem que se haja dignado de fazer-lhes. Homens cegos
e surdos! abri as vossas inteligências e os vossos corações; vede pelo vosso
espírito; ouvi pela vossa alma e não interpreteis de modo tão grosseiramente
injusto as palavras daquele que fez resplandecesse aos vossos olhos a justiça
do Senhor. Não é Deus quem retira daquele que pouco recebera: é o próprio
Espírito que, por pródigo e descuidado, não sabe conservar o que tem e
aumentar, fecundando-o, o óbolo que lhe caiu no coração.
Aquele que não cultiva o campo que o trabalho de seu pai lhe
granjeou, e que lhe coube em herança, o vê cobrir-se de ervas parasitas. E seu
pai quem lhe tira as colheitas que ele não quis preparar? Se, â falta de
cuidado, deixou fenecessem as sementes destinadas a produzir nesse campo, é a
seu pai que lhe cabe acusar por nada produzirem elas? Não e não. Em vez de
acusar aquele que tudo lhe preparara, de criticar as doações que recebera,
queixe-se do verdadeiro autor de suas misérias e, arrependido e operoso, meta,
corajoso, mãos à obra; arroteie o solo ingrato com o esforço de sua vontade;
lavre-o fundo com auxílio do arrependimento e da esperança; lance nele,
confiante, a semente que haja separado, por boa, dentre as más; regue-o com o
seu amor e a sua caridade, e Deus, o Deus de amor e de caridade, dará àquele
que já recebera. Verá ele, então, coroados de êxito os seus esforços e um grão
produzir cem e outro mil. Ânimo, trabalhadores! Tomai dos vossos arados e das
vossas charruas; lavrai os vossos corações; arrancai deles a cizânia; semeai a
boa semente que o Senhor vos confia e o orvalho do amor lhe fará produzir
frutos de caridade. - Um Espírito amigo. (Bordéus, 1862.)
Pelas suas obras é que se reconhece o cristão
16. "Nem
todos os que me dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus, mas somente
aqueles que fazem a vontade de meu Pai que está nos céus." Escutai essa palavra do Mestre, todos vós que repelis a
Doutrina Espírita como obra do demônio. Abri os ouvidos, que é chegado o
momento de ouvir. Será bastante trazer a libré do Senhor, para ser-se fiel
servidor seu? Bastará dizer:
"Sou cristão", para que
alguém seja um seguidor do Cristo? Procurai
os verdadeiros cristãos e os reconhecereis pelas suas obras. "Uma
árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má pode dar frutos
bons." - "Toda árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao
fogo." São do Mestre essas palavras.
Discípulos do Cristo, compreendei-as bem! Que frutos deve dar a árvore do
Cristianismo, árvore possante, cujos ramos frondosos cobrem com sua sombra uma
parte do mundo, mas que ainda não abrigam todos os que se hão de grupar em
torno dela? Os
da árvore da vida são frutos de vida, de esperança e de fé. O Cristianismo, qual o fizeram há muitos séculos, continua a pregar essas virtudes
divinas; esforça-se por espalhar seus frutos, mas quão poucos os colhem! A árvore
é boa sempre, porém maus são os jardineiros. Entenderam de moldá-la
pelas suas idéias; de talhá-la de acordo com as suas necessidades; cortaram-na,
diminuíram-na, mutilaram-na; tomados estéreis, seus ramos não dão maus frutos,
porque nenhuns mais produzem. O viajor sedento, que se detém sob seus galhos à procura do fruto da
esperança, capaz de lhe restabelecer a força e a coragem, somente vê uma
ramaria árida, prenunciando tempestade. Em vão pede ele o fruto de vida à
árvore da vida; caem-lhe secas as folhas; tanto as remexeu a mão do homem, que
as crestou. Abri, pois, os ouvidos e os corações, meus bem-amados! Cultivai
essa árvore da vida, cujos frutos dão a vida eterna. Aquele que a
plantou vos concita a tratá-la com amor, que ainda a vereis dar com abundância seus
frutos divinos. Conservai-a tal como o Cristo vo-la entregou: não a mutileis;
ela quer estender a sua sombra imensa sobre o Universo: não lhe corteis os
galhos. Seus frutos benfazejos caem abundantes para alimentar o viajor faminto
que deseja chegar ao termo da jornada; não amontoeis esses frutos, para os
armazenar e deixar apodrecer, a fim de que a ninguém sirvam. "Muitos são os chamados e poucos
os escolhidos."
É que há açambarcadores do pão da vida, como os há do pão material. Não sejais
do número deles; a árvore que dá bons frutos tem que os dar para todos. Ide,
pois, procurar os que estão famintos; levai-os para debaixo da fronde da árvore
e partilhai com eles do abrigo que ela oferece. - "Não se colhem uvas nos
espinheiros." Meus irmãos, afastai-vos dos que vos chamam para vos
apresentar as sarças do caminho, segui os que vos conduzem à sombra da árvore
da vida.
O divino Salvador, o justo por excelência, disse, e suas
palavras não passarão: "Nem todos os que dizem: Senhor! Senhor! entrarão
no reino dos céus; entrarão somente os que fazem a vontade de meu Pai que está
nos céus."
Que o Senhor de bênçãos vos abençoe; que o Deus de luz vos
ilumine; que a árvore da vida vos ofereça abundantemente seus frutos! Crede e
orai. - Simeão. (Bordéus, 1863.)
OBRAS SUBSIDIÁRIAS:
PELOS
FRUTOS LIVRO FONTE VIVA – EMMANUEL Por seus
frutos os conhecereis. - Jesus. MATEUS, 7:16
Nem pelo
tamanho.
Nem pela
configuração.
Nem pelas
ramagens.
Nem pela
imponência da copa.
Nem pelos
rebentos verdes.
Nem pelas
pontas ressequidas.
Nem pelo
aspecto brilhante.
Nem pela
apresentação desagradável.
Nem pela
antiguidade do tronco.
Nem pela
fragilidade das folhas.
Nem pela
casca rústica ou delicada.
Nem pelas
flores perfumadas ou inodoras.
Nem pelo
aroma atraente.
Nem pelas
emanações repulsivas.
Árvore
alguma será conhecida ou amada pelas aparências exteriores, mas sim pelos
frutos, peja utilidade, pela produção.
Assim
também nosso espírito em plena jornada...
Ninguém
que se consagre realmente à verdade dará testemunho de nós pelo que parecemos,
pela superficialidade de nossa vida, pela epiderme de nossas atitudes ou
expressões individuais percebidas ou apreciadas de passagem, mas sim pela
substância de nossa colaboração no progresso comum, pela importância de nosso
concurso no bem geral.
-
"Pelos frutos os conhecereis" - disse o Mestre.
-
"Pelas nossas ações seremos conhecidos" - repetiremos nós.
LIVRO
SEARA DOS MÉDIUNS – EMMANUEL
83
- OBREIROS E INSTRUMENTOS Reunião pública de 14/11/60 Questão nº 226 -
Parágrafo 12º
Afirmas,
a cada passo, plena confiança nos instrutores espirituais que a todos nos
assistem.
Neles
reconheces os timoneiros da evolução.
Entretanto,
não te confies à inércia, atribuindo-lhes no mundo o dever que te cabe.
A usina,
conquanto poderosa, não realiza a tarefa da lâmpada.
O oceano,
apesar de gigantesco, não atende ao ministério da fonte humilde.
*
Eles, os obreiros da luz, oferecem planos admiráveis; contudo,
aguardam mãos prestimosas para que as boas obras se consolidem.
Auxiliam a enxergar a realidade, mas não dispensam olhos
compassivos que adocem a revelação da verdade, para que a verdade não se faça
fogo destruidor.
Ajudam a conhecer as pessoas e os problemas, mas pedem ouvidos
caridosos que saibam discernir, a fim de que o mal não se levante por flagelo
da vida alheia.
Inspiram idéias edificantes, mas rogam corações generosos que
lhes detenham a luz.
Apresentam as áreas destinadas à produção do melhor; no
entanto, solicitam pés que as procurem na direção do serviço.
*
Não te digas sem mediunidade para a edificação a fazer,
porqüanto, se estivéssemos apenas em função de meros fenômenos endereçados à
inteligência, não passariamos de agentes menos responsáveis, sustentando um
parque de diversões.
Através da onda de nossos pensamentos, podemos estar em contacto
incessante com a onda dos pensamentos superiores que vertem dos mensageiros do
Cristo, sabendo, assim, conscientemente, a extensão do trabalho que nos
compete.
Seja onde for, onde estiveres, és instrumento do bem, chamado à
prestação de serviço segundo as necessidades dos que te cercam.
Não te faças, desse modo, indiferente ou desavisado, pois,
conforme a antiga sabedoria, “tudo o que fizermos sem fé ou sem boa-vontade,
sem esforço ou sem sacrifício, não tem qualquer valor ou merecimento, nem
neste mundo, nem no outro”.
LIVRO JESUS NO LAR: 22 - O TALISMÃ DIVINO
Entabularam os familiares interessante palestra, acerca das
faculdades sublimes de que o Mestre dava testemunho amplo, curando loucos e
cegos, quando Isabel, a zelosa genitora de João e Tiago, indagou, sem
preâmbulos:
— Senhor,
terás contigo algum talismã de cuja virtude possamos desfrutar? Algum objeto
mágico que nos possa favorecer?
Jesus pousou na matrona
os olhos penetrantes e falou, risonho:
— Realmente, conheço um
talismã de maravilhoso poder. Usando-lhe os milagrosos recursos, é possível
iniciar a aquisição de todos os dons de Nosso Pai. Oferece a descoberta dos
tesouros do amor que resplandecem ao redor de nós, sem que lhes vejamos, de
pronto, a grandeza. Descortina o entendimento, onde a desarmonia castiga os
corações. Abre a porta às revelações da arte e da ciência. Estende
possibilidades de luminosa comunhão com as fontes divinas da vida. Convida à
bênção da meditação nas coisas sagradas. Reata relações de companheiros em
discordância. Descerra passagens de luz aos espíritos que se demoram nas
sombras. Permite abençoadas sementeiras de alegria. Reveste-se de mil
oportunidades de paz com todos. Indica vasta rede de trilhos para o trabalho
salutar. Revela mil modos de enriquecer a vida que vivemos. Facilita o acesso
da alma ao pensamento dos grandes mestres. Dá comunicações com os mananciais
celestes da intuição.
— Que mais? — disse o
Senhor, imprimindo ênfase à pergunta.
E após sorrir,
complacente, continuou:
— Sem esse divino
talismã, é impossível começar qualquer obra de luz e paz na Terra.
Os olhos dos ouvintes
permutavam expressões de assombro, quando a esposa de Zebedeu inquiriu,
espantada:
— Mestre, onde poderemos
adquirir semelhante bênção? Dize-nos. Precisamos desse acumulador de felicidade.
O Cristo, então,
acrescentou, bem-humorado:
— Esse bendito talismã,
Isabel, é propriedade comum a todos. É “a hora que estamos atravessando”...
Cada minuto de nossa alma permanece revestido de prodigioso poder oculto,
quando sabemos usá-lo no Infinito Bem, porque toda grandeza e toda decadência,
toda vitória e toda ruína são iniciadas com a colaboração do dia.
E diante da perplexidade
de todos, rematou:
— O tempo é o divino
talismã que devemos aproveitar.
23 -OS MENSAGEIROS DISTRAÍDOS
Os ouvintes do culto da Boa Nova discorriam sobre as polêmicas
que se travavam incessantemente em torno da fé, nos círculos do farisaísmo de
várias escolas, quando o Cristo, dentro da profunda simplicidade que lhe era
característica, narrou, tolerante:
— Um grande senhor recebeu alarmantes notícias de vasto
agrupamento de servos, em zona distante da sede do seu governo, que se viam
fustigados por febre maligna, e, desejoso de socorrer os tutelados que sofriam
na região remota de seus domínios, enviou-lhes mensageiros de confiança,
conduzindo remédios adequados à situação e providências alusivas ao
reajustamento geral.
Os emissários saíram do palácio com grandes promessas de
trabalho, segurança e eficiência na missão; todavia, assim que se viram fora
das portas do senhor, começaram a rixar pela escolha dos caminhos.
Uns reclamavam o atalho, outros a planície sem espinheiros e
outros, ainda, pediam a passagem através dos montes.
Longos dias perderam na disputa, até que o grupo se desuniu,
cada falange atendendo aos próprios caprichos, com absoluto esquecimento do
objetivo fundamental.
As dificuldades, porém, não foram solucionadas com decisão.
Criados os roteiros diferentes, como que se dilataram os conflitos. Reduzidas
agora, numericamente, as expedições sofreram, com mais rigor, os golpes
esterilizantes das opiniões pessoais. Os viajantes não cuidavam senão de
inventar novos motivos para o atrito inútil. Entre os que marchavam pelo trilho
mais curto, pela vargem e pela serra lavraram discussões improdutivas,
contundentes e intermináveis. Dias e noites preciosos eram desprendidos em
comentários ruidosos quanto à febre, quanto à condição dos enfermos ou quanto
às paisagens em torno. Horas difíceis de amargura e desarmonia, de momento a
momento, interrompiam a viagem, sendo a muito custo evitadas as cenas de
pugilato e homicídio.
Surgiram as contendas, a propósito de mínimas questões, com
pleno desperdício da oportunidade, e, em razão disso, tanto se atrasaram os
viajores do atalho, quanto os da planície e do monte, de vez que se encontraram
no vale da peste a um só tempo, com enorme e irremediável desapontamento para
todos, porquanto, à míngua do prometido recurso, não sobrara nenhum doente vivo
na carne.
A morte devorara-os, um a um, enquanto os mensageiros
discutidores matavam o tempo, através da viagem.
O Mestre fixou nos aprendizes o olhar muito lúcido e aduziu:
— Neste símbolo, temos o mundo atacado pela peste da maldade e
da descrença e vemos o retrato dos portadores da medicação celeste, que são os
religiosos de todos os matizes, que falam na Terra, em nome do Pai. Os homens
iluminados pela sabedoria da fé, entretanto, apesar de haverem recebido
valiosos recursos do Céu para os que sofrem e choram, em conseqüência da
ignorância e da aflição dominantes no mundo, olvidam as obrigações que lhes
assinalam a vida e, sobrepondo os próprios caprichos aos propósitos do Supremo
Senhor, se desmandam em desvarios verbais de toda espécie. Enquanto alimentam o
distúrbio, levianos e distraídos, os necessitados de luz e socorro desfalecem à
falta de assistência e dedicação.
E afagando uma das crianças presentes, qual se concentrasse
todas as esperanças no sublime futuro, finalizou, sorridente e calmo:
— A discussão, por mais proveitosa, nunca deve distrair-nos do
serviço que o Senhor nos deu a fazer.
41 - O INCENTIVO SANTO
Aberta a sessão de fraternidade em casa de Pedro, Tadeu clamou,
irritado, contra as próprias fraquezas, asseverando perante o Mestre:
— Como ensinar a verdade se ainda me sinto inclinado à mentira?
Com que títulos transmitir o bem, quando ainda me reconheço arraigado ao mal?
Como exaltar a espiritualidade divina, se a animalidade grita mais alto em
minha própria natureza?
O companheiro não formulava semelhantes perguntas por espírito
de desespero ou desânimo, mas sim pela enorme paixão do bem que lhe tomava o
íntimo, a observar pela inflexão de amargura com que sublinhava as palavras.
Entendendo-lhe a mágoa, Jesus falou, condescendente:
— Um santo aprendiz da Lei, desses que se consagram fielmente à
Verdade, chamado pelo Senhor aos trabalhos da profecia entre os homens,
mantinha-se na profissão de mercador de remédios, transportando ervas e xaropes
curativos, da cidade para os campos, utilizando-se para isso de um jumento
caprichoso e inconstante, quando, refletindo sobre os defeitos de que se via
portador, passou a entristecer-se profundamente. Concluiu que não lhe cabia
colaborar nas revelações do Céu, pelo estado de impureza íntima, e fez-se mudo.
Atendia às obrigações de protetor dos doentes, mas recusava-se a instruir as criaturas,
na Divina Palavra, não obstante as requisições do povo que já lhe conhecia os
dotes de inteligência e inspiração.
Sentido, porém, que a Celeste Vontade o constrangia ao
desempenho da tarefa e reparando que os seus conflitos mentais se tornavam cada
vez mais esmagadores, certa noite, depois de abundantes lágrimas, suplicou
esclarecimento ao Todo-Poderoso.
Sonhou, então, que um anjo vinha encontrá-lo em suas lides de
mercador. Viu-se cavalgando o voluntarioso jumento, vergado ao peso de preciosa
carga, em verdejante caminho, quando o emissário divino o interpelou, com
bondade, em seguida às saudações habituais:
— Meu amigo, sabes quantos coices desferiu hoje este animal?
— Muitíssimos — respondeu sem vacilação.
— Quantas vezes terá mordido os companheiros de estrebaria? —
prosseguiu o enviado, sorridente — quantas vezes terá insultado o asseio de tua
casa e orneado despropositadamente?
E porque o discípulo aturdido não conseguisse responder, de
pronto, o anjo considerou:
— Entretanto, ele é um auxiliar precioso e deve ser conservado.
Transporta medicamentos que salvam muitos enfermos, distribuindo esperança,
saúde e alegria.
E fitando os olhos lúcidos no pregador desalentado, rematou:
— Se este jumento, a pretexto de ser rude e imperfeito, se
negasse a cooperar contigo, que seria dos enfermos a esperarem confiantes em
ti? Volta à missão luminosa que abandonaste, e, se te não é possível, por
agora, servir a Nosso Pai Supremo na condição de um homem purificado, atende
aos teus deveres, espalhando reconforto e bom ânimo, na posição do animal
valioso e útil. nas bênçãos do serviço, serás mais facilmente encontrado pelos
mensageiros de Deus, os quais, reconhecendo-te a boa-vontade nas realizações do
amor, se compadecerão de ti, amparando-te a natureza e aprimorando-a, tanto
quanto domesticas e valorizas o teu rústico, mas prestimoso auxiliar! Nesse
instante, o pregador viu-se novamente no corpo, acordado, e agora feliz em
razão da resposta do Alto, que lhe reajustaria a errada conduta.
Surgindo o silêncio, o discípulo agradeceu ao Mestre com um
olhar. E Jesus, transcorridos alguns minutos de manifesta consolação no
semblante de todos, concluiu:
— O trabalho no bem é o incentivo santo da perfeição. Através
dele, a alma de um criminoso pode emergir para o Céu, à maneira do lírio que
desabrocha para a Luz, de raízes ainda presas no charco.
Em seguida, o Mestre pôs-se a contemplar as estrelas que
faiscavam, dentro da noite, enquanto Tadeu, comovido, se aproximava, de manso,
para beijar-lhe as mãos com doçura reverente.
LIVRO: A
VIDA ESCREVE, 2ª PARTE
28 - O ENSINO DA LUZ
- Senhor - disse Tadeu a Jesus, após o dia de trabalho estafante
-, qual é o nosso dever maior, na execução do Evangelho para a redenção das
criaturas?
O Mestre fitou o céu azul em que nuvens pequeninas semelhavam
estrigas de linho alvo.
E falou em seguida:
- Em meio de grande tempestade, inúmeros viajantes se recolheram
a enorme casarão que se assemelhava a um labirinto. Porque sentissem medo uns
dos outros, cada qual se escondeu nos quartos mais internos e, vindo a noite,
em vão procuraram o lugar de saída.
Começou, então, enorme conflito. Lamentos. Pragas.Assaltos.
Correrias. Pancadas. Crimes nas trevas.
Um homem, que por ali passava, ouviu os rogos de socorro que
partiam do infortunado reduto e, longe de gritar ou discutir, acendeu a sua
candeia e passou entre os amotinados, em profundo silêncio. Bastou a luz dele
para que todos percebessem os disparates que vinham fazendo, ao mesmo tempo que
encontravam, por si mesmos, a porta libertadora.
O Mestre fez grande intervalo e voltou a dizer:
- Se a luz do bom exemplo estiver entre nós, os outros
perceberão, com facilidade, o caminho.
- E que fazer, Senhor, para semelhante conquista?
Jesus, continuando em sua contemplação do céu, como exilado
buscando alguma visão da pátria longínqua, aclarou docemente:
- Procuremos o Reino de Deus e a sua justiça, isto é, vivamos no
amor puro e na consciência tranqüila... E tudo o mais ser-nos-á acrescentado
MISSÃO significa obrigação,
compromisso, dever a cumprir, função, encargo, incumbência, ocupação para o
bem.
Wilma Roberto
Muito bom esse estudo, fiquei impressionada com informações que ainda desconhecia.
ResponderExcluirMuito obrigada!